Os moradores da Vila Serra de Capoeira estão revoltados e insatisfeitos com a forma como tem sido tratada a tradicional Festa de São Sebastião, em Serra de Capoeira. São décadas de uma festa que era respeitada e apreciada, pela participação efetiva de toda a Comunidade que recebia com muito entusiasmo visitantes de toda região. Geralmente, era celebrada no último fim de semana de Janeiro. As vezes no sábado, as vezes, no domingo. Além da celebração religiosa, acompanhada de Banda de Música na luminosa procição , havia Missa Campal, jantar para todos os juizes e alguns visitantes, além de festejos culturais, com parque de diversão, e Bandas de renomes que alegravam o povo até a madrugada. Não se sabe por qual motivo essa festa bonita que renuia uma multidão, foi sabotada, resumindo-se apenas a procição, uma missa que de costume, já temos a todos os domingos e este ano de 2025, foi um fracasso total. Eram dez horas da noite quando tudo acabou. Uma festa na segunda-feira num local pequeno não poderia ser diferente.
E tome culpa no Padre! Será que a culpa é do padre mesmo ou dos organizadores que não sabem dialogar e entrar num acordo com meu querido padre bravo?
O Padre Aluisio é uma criatura única. De todos os párocos que passaram por Orobó o mais caridoso, o mais disponível a ajudar os carentes, o mais conselheiro para que sejamos imitadores de Cristo. Não acho que o padre seja uma criatura avessa ao diálogo. Nas ruas , becos , onde há aglomeração de pessoas, a toada é uma só: O padre acabou com a festa, o padre não deixa colocar banda cultural em nenhuma noite, tá bom de fazer abaixo assinado para tirar o padre... etc, etc. Mas quando o padre chega, todo mundo se cala. Não acho justo atacar o padre e menos ainda, a falsidade de se calar para tudo que o padre manda fazer. Não sou beata e nem ateu. Sou adepta da verdade, do diálogo e de expressar minha opinião, mesmo que essa doa em quem doer. Nem só de pão viverá o homem, disse Jesus. Não adianta rezar terço, missa , rosário, carregar medalhas no pescoço e ser hipócrita. Se a comunidade não está satisfeita e isso é real, chama o padre, senta e conversa. Na minha opinião, se todo pecado que Serra de Capoeira tivesse, fosse colocar as crianças nos parques, comer bolo, pastel, coxinha, cachorro quente, guaraná, confeito, tomar uma cerveja com moderação e juntar as famílias, a comunidade para um rala bucho, depois da parte religiosa, com divertimento saudável e convívio social , encontro, risadas e bate papo entre amigos, a gente daqui alguns anos, nos encontraríamos TODOS no CÉU! Divertir-se de forma saudável faz bem para o corpo , para mente e para alma. Reza de boca para fora, é que de nada vale. Pior ainda; é malhar o padre às escondidas. Nem mesmo o padre é dono da Comunidade. Ele manda na Igreja, orienta os dogmas da fé. Depois da missa , o padre vai para Casa Paroquial, a parte cultural ,é feita pelo povo. Por isso, o Poder Público, tem muita culpa de acabar com a festa de rua, se beneficiando com as birras do padre. Isso prejudica o pequeno comerciante que vai botar sua barraquinha para vender seus espetinhos, sua pipoca, acaba com a alegria da comunidade que aos poucos vai sucumbindo e se tornando um lugar fantasma onde o povo só come e dorme. O pior lugar para se morar em termos de diversão, é Serra de Capoeira. Não tem nada para fazer o povo sorrir. Viver é diferente de está vivo. Infelizmente a comunidade de Serra de Capoeira está morrendo. Acredite quem quiser nessa história que o Padre acabou com a Festa. Eu discordo totalmente dessa versão. Talvez esteja faltando diálogo. Que saudades dos balanços, dos bregas da festa de quando Jerson tomava conta dessa festa a 30 anos atrás!
Observe a imagem: A festa se tornou em meia dúzia de gatos pingados, pisando em cima de um chão sujo, abandonado e que Eles ousam chamar de Academia da Saúde. Por trás dos governantes, dá para ver uns bancos de cimento com partes quebradas , pinturas destacadas, e um povo estagnado e com cara de Zé Mané. Até a bandinha religiosa , era de uma lentidão que provocava sonolência. Deus que me perdoe, mas deu preguiça de escutar!
Se fosse Biu Abreu e Lia , teria vergonha de fazer um evento, mesmo que minúsculo, num lugar com cara de lixão abandonado. Há quem diga, que não tem nem quem varra, por falta de pagamento, o antigo funcionário saiu e o próximo, deve estar a caminho, que ninguém é escravo para trabalhar de graça.
Peguntar não ofende: Se a culpa é do padre, porque Chã do Rocha, não aceitou a festa na Segunda-feira? Por que lá, teve banda cultural no novenário?
O padre só proibiu em Serra de Capoeira ? Ou é os Governantes que só gostam de Serra de Capoeira nas vésperas das eleições?
Eu prefiro acreditar que o padre não é tão ruim assim. Eu amo o padre Aluisio, mas vou interceder para que ele seja menos rigoroso com a Serra nos anos que se seguem, se isso for mesmo verdade e não falácia desse povo desocupado. Prefiro crer, que isso é conversa fiada dos governantes para não investirem na parte cultural da festa.
Por Madalena França
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