Meditar 25 minutos por dia já ajuda a reduzir o stress
Segundo nova pesquisa, praticar esse tempo de meditação por três dias consecutivos é suficiente para produzir um efeito calmante
Meditação: Benefícios podem vir com prática de 25 minutos ao dia, diz estudo (Thinkstock/VEJA)
Pesquisas recentes vêm comprovando o efeito da meditação na redução do stress. Enquanto a maior parte desses estudos reforça que o benefício ocorre após semanas de prática, um novo trabalho sugere que o efeito calmante pode ser mais imediato do que isso. Segundo especialistas americanos, meditar durante 25 minutos por três dias seguidos é suficiente para aliviar o stress.
CONHEÇA A PESQUISA
Título original: Brief mindfulness meditation training alters psychological and neuroendocrine responses to social evaluative stress.
Onde foi divulgada:
periódico Psychoneuroendocrinology
Quem fez: David Creswell, Laura Pacilio, Emily Lindsay e Kirk Warren Brown
Instituição: Universidade Carnegie Mellon, nos Estados Unidos
Resultado: Meditar por 25 minutos ao dia ajuda a diminuir o stress em situações em que existe tensão.
Título original: Brief mindfulness meditation training alters psychological and neuroendocrine responses to social evaluative stress.
Onde foi divulgada:
periódico Psychoneuroendocrinology
Quem fez: David Creswell, Laura Pacilio, Emily Lindsay e Kirk Warren Brown
Instituição: Universidade Carnegie Mellon, nos Estados Unidos
Resultado: Meditar por 25 minutos ao dia ajuda a diminuir o stress em situações em que existe tensão.
O estudo, feito na Universidade Carnegie Mellon, nos Estados Unidos, contou com a participação de 66 pessoas saudáveis de 18 a 30 anos. Parte delas realizou, por três dias consecutivos, um programa de meditação que trabalhava respiração e concentração durante 25 minutos. O restante dos participantes foi submetido a um programa cognitivo, também ao longo de três dias, no qual eram orientados a analisar poesias.
Depois disso, todos os voluntários realizaram tarefas estressantes, como fazer um discurso na frente de uma plateia e resolver exercícios de matemática na presença de um grupo de avaliadores. Os participantes, então, descreveram como se sentiram ao concluir essas atividades e tiveram amostras de saliva recolhidas para que os pesquisadores medissem seus níveis de hormônios associados ao stress.
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De acordo com as conclusões, as pessoas submetidas às aulas de meditação relataram ter se sentido menos estressadas ao realizarem o discurso e os exercícios matemáticos do as que passaram pelo treinamento cognitivo. Elas também apresentaram menores níveis de hormônios do stress.
"Cada vez mais pessoas relatam que a meditação as ajuda a reduzir o stress, mas pouco se sabe sobre quanto você precisa praticar para ter esse benefício", diz David Creswell, professor da Universidade Carnegie Mellon e coordenador do estudo, que foi publicado neste mês no periódicoPsychoneuroendocrinology. O pesquisador afirmou que seu grupo agora vai estudar os impactos da meditação a longo prazo sobre a saúde.
Os benefícios da meditação
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Este efeito positivo não dura apenas enquanto a pessoa está meditando. Um estudo conduzido pelo Wake Forest Baptist Medical Center, na Carolina do Norte, colocou 15 voluntários para aprender a meditar em quatro aulas de 20 minutos cada. A atividade cerebral foi examinada antes e depois das sessões. Em todos os pesquisados, foi observada uma redução na atividade da amígdala, região do cérebro responsável por regular as emoções. E os níveis de ansiedade caíram 39%.
Para quem já está estressado, a meditação funciona como um remédio. Foi o que os Institutos Nacionais de Saúde dos Estados Unidos descobriram ao analisar 28 enfermeiras do hospital da Universidade do Novo México, 22 delas com sintomas de stress pós-traumático. A metade que realizou duas sessões por semana de alongamento e meditação viram os níveis de cortisol baixar 67%. A outra metade continuou com os mesmos níveis.
Resultados parecidos foram observados entre refugiados do Congo, que tiveram que deixar suas terras para escapar da guerra. O grupo que meditou ao longo de um mês viu os sintomas de stress pós-traumático reduzir três vezes mais do que as pessoas que não meditaram – índices parecidos aos já observados entre veteranos americanos das guerras do Vietnã e do Iraque.
Redução do stress
Meditar é mais repousante do que dormir. Uma pessoa em estado de meditação consome seis vezes menos oxigênio do que quando está dormindo. Mas os efeitos para o cérebro vão mais longe: pessoas que meditam todos os dias há mais de dez anos têm uma diminuição na produção de adrenalina e cortisol, hormônios associados a distúrbios como ansiedade, déficit de atenção e hiperatividade e stress. E experimentam um aumento na produção de endorfinas, ligadas à sensação de felicidade. A mudança na produção de hormônios foi observada por pesquisadores do Davis Center for Mind and Brain da Universidade da Califórnia. Eles analisaram o nível de adrenalina, cortisol e endorfinas antes e depois de um grupo de voluntários meditar. E comprovaram que, quanto mais profundo o estado de relaxamento, menor a produção de hormônios do stress.
Este efeito positivo não dura apenas enquanto a pessoa está meditando. Um estudo conduzido pelo Wake Forest Baptist Medical Center, na Carolina do Norte, colocou 15 voluntários para aprender a meditar em quatro aulas de 20 minutos cada. A atividade cerebral foi examinada antes e depois das sessões. Em todos os pesquisados, foi observada uma redução na atividade da amígdala, região do cérebro responsável por regular as emoções. E os níveis de ansiedade caíram 39%.
Para quem já está estressado, a meditação funciona como um remédio. Foi o que os Institutos Nacionais de Saúde dos Estados Unidos descobriram ao analisar 28 enfermeiras do hospital da Universidade do Novo México, 22 delas com sintomas de stress pós-traumático. A metade que realizou duas sessões por semana de alongamento e meditação viram os níveis de cortisol baixar 67%. A outra metade continuou com os mesmos níveis.
Resultados parecidos foram observados entre refugiados do Congo, que tiveram que deixar suas terras para escapar da guerra. O grupo que meditou ao longo de um mês viu os sintomas de stress pós-traumático reduzir três vezes mais do que as pessoas que não meditaram – índices parecidos aos já observados entre veteranos americanos das guerras do Vietnã e do Iraque.