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quinta-feira, 1 de março de 2018

Em entrevista a Folha disse Lula:" estão me transformando numa vítima desnecessária"

Lula à Folha: “estão me transformando numa vítima desnecessária”

lulacentral
Parece incrível que não se a tenha feito, até agora, mas a entrevista de Mônica Bergamo, na Folha de S. Paulo,  com o ex-presidente Lula é, afinal, um roteiro para entender o que sente, pensa e tem diante de si o franco favorito nas pesquisas de intenção de voto para a eleição presidencial de daqui a apenas sete meses.
Seja ou não candidato – e ele é e será até (e se) o tornarem impossível – Lula deixa claro seu entendimento de que PT e PSDB farão, outra vez, o duelo final das eleições, até mesmo se for indiretamente: “pela direita, ninguém será presidente sem o apoio dos tucanos; pela esquerda, ninguém será presidente sem o PT”.
Lula diz ainda que, sob a batuta do ex-procurador-geral da República, Rodrigo Janot, a Globo tentou o “golpe do golpe” sobre Michel Temer e este o enfrentou e ganhou nas votações na Câmara, duas vezes, ” não se sabe a que preço.”
Sem demonstrar qualquer abatimento, ele afirma que vai para o enfrentamento, do jeito que puder ir: “Eu não tenho essa perspectiva nem de me matar nem de fugir do Brasil. E vou ficar aqui. Aqui eu nasci, aqui é o meu lugar. Eu não tenho medo de nada. Só de trair o povo desse país. É por isso que eu estou aqui, fazendo a minha guerra.”
Leia a íntegra da entrevista, a seguir:

‘NÃO VOU ME MATAR NEM FUGIR
DO BRASIL. VOU BRIGAR ATÉ O FIM’, DIZ LULA

Entrevista a Mônica Bergamo, na Folha
Folha – O ex-ministro Ciro Gomes (PDT-CE) fala em voz alta o que muita gente murmura e pensa: ninguém no Brasil acredita que o senhor poderá ser candidato a presidente. Quando chegará a hora de discutir o lançamento ou o apoio a um outro nome?
Lula – Se eu não acreditasse na possibilidade de a Justiça rever o crime cometido contra mim pelo [juiz Sergio] Moro, [que o condenou à prisão] e pelo TRF-4 [Tribunal Regional Federal da 4ª Região, que confirmou a sentença], eu não precisaria fazer política.
Quem sabe eu virasse um moleque de 16 anos e fosse dizer que só tem solução na luta armada. Não. Eu acredito na democracia, eu acredito na Justiça. E acredito que essas pessoas [Moro e desembargadores] mereciam ser exoneradas a bem do serviço público.
Porque houve mentira na denúncia [feita pela] imprensa [que revelou a existência do tríplex], no inquérito da Polícia Federal, na acusação do Ministério Público Federal, na sentença do Moro e na confirmação do TRF-4.
Então o que eu espero? Que o Supremo Tribunal Federal [que deve julgar habeas corpus em que Lula pede para não ser preso] analise o processo, veja os depoimentos, as provas e tome uma decisão. Por isso tenho a crença de que vou ser candidato.
O STF não entrará no mérito da sentença. E não haveria nem tempo, caso isso ocorresse, para garantir a candidatura.
Eu vou dizer uma coisa: eu só posso confiar no julgamento se ele entrar no mérito.
A Justiça não é uma coisa que você dá 24 horas, 24 dias ou 24 meses. Ela tem o tempo necessário para fazer a investigação correta e punir quem está errado. E quem deveria ser punido era o Moro, o MPF, a PF e os três juízes que fizeram a sentença lá.
A segunda questão: não acho que ninguém acredita na possibilidade de eu ser candidato. Era mais fácil o Ciro dizer “tem gente que não quer que Lula seja candidato”. E ele quem sabe se inclui nisso.
Só tem unanimidade hoje no meio político: as pessoas não querem que o Lula seja candidato. O Temer não quer, o Alckmin não quer, o Ciro não quer. Eles pensam: “ele [Lula] vai para o segundo turno e pode até ganhar no primeiro. Se ele não for candidato, em vez de uma vaga no segundo turno, podemos disputar duas”. Aumenta a chance de todo mundo.
Eu respeito que todo mundo seja candidato. Até o Temer resolveu ser! Qual é a aposta dele? É a de defender os seus três anos de mandato.
E é importante ter em conta que o Temer teve uma vitória quando derrubou o golpe que a TV Globo, o [ex-procurador-geral Rodrigo] Janot e o [empresário] Joesley [Batista] tentaram dar nele.
Aquele golpe tinha como pressuposto básico o Temer cair, o Rodrigo Maia [presidente da Câmara dos Deputados] assumir a presidência e o Janot ter um terceiro mandato [na PGR].
O senhor acha que a Globo tentou dar um golpe?
Acho. Eu acho.
E por que isso ocorreria?
Porque era importante manter o Janot. Era importante tirar o Temer. E era importante colocar o Rodrigo Maia. Isso para mim tá claro.
Mas por que Rodrigo Maia se o Temer tem uma plataforma…
[Interrompendo] O Temer se prestou a fazer o serviço do golpe. Mas não era uma figura palatável, e houve uma tentativa de golpe. Senão, me explica o que aconteceu.
Não pode ser jornalismo simplesmente?
Jornalismo de quem?
Da Rede Globo.
Você acha que na Globo [que publicou a primeira reportagem sobre a delação da J&F] alguém faz jornalismo livre? O jornalista decide e faz uma denúncia como aquela que foi feita contra o Temer?
No mesmo dia já tinha jornalista apostando na renúncia do Temer. E já tava se discutindo quem ia assumir e o que ia acontecer.
Ora, o Temer resolveu enfrentar. Teve a coragem de desmascarar o Janot, o Joesley e ficou presidente. E ainda ganhou duas paradas no Congresso Nacional [para impedir que o processo contra ele no STF seguisse], não se sabe a que preço. A imprensa dizia que R$ 30 bilhões foram gastos, não sei quantos bilhões. Mas ganhou.
E o senhor o admira por isso?
Não. Eu continuo pensando o mesmo do Temer. Eu estou contando o fato. E o fato histórico não tem sentimentalismo. Tem uma fotografia.
O senhor hoje faz críticas à TV Globo mas, no governo, teve uma boa relação com a emissora.
Para não ser ingrato com os outros meios, eu vou olhar bem nos seus olhos e dizer: duvido que em algum momento da história desse país um presidente tenha tratado os meios de comunicação com a deferência e a “republicanidade” que eu tratei.
Eu tinha uma relação maravilhosa com o velho [Octavio] Frias [de Oliveira, publisher da Folha morto em 2007]. Eu tratei bem o Estadão. Eu tratei bem o Jornal do Brasil, a Globo, a Bandeirantes, o SBT, a Record. Você há de convir que tenho comportamento exemplar no meu tratamento com a imprensa brasileira.
Mas acho que eles não são honestos na cobertura.
A Folha, mesmo nos bons tempos, nos anos 70, 75, quando começou a ser um jornal mais progressista, quando o pessoal de esquerda começou a ler, mesmo assim a gente sentia [no jornal] uma espécie de ojeriza de falar bem de uma coisa boa.
É uma necessidade maluca de não parecer chapa branca. Ah, se fez uma matéria boa hoje, amanhã tem que fazer outra dando um cacete.
O senhor fala “eles não me aceitam”. Quem são eles?
Ah, não sei. São eles. Eu não vou ficar nominando.
Nesse sistema em que “eles” mandariam, o senhor foi eleito, reeleito, fez uma sucessora e a reelegeu. Tinha uma convivência boa com construtoras e bancos. Como dizer que a elite é contra o senhor?
Eu não tive uma relação boa só com esse setor que você falou. Eu tive uma relação boa com todos os segmentos sociais desse país.
Eu tenho orgulho de dizer que o meu governo foi o período em que os empresários mais ganharam dinheiro, os trabalhadores mais ganharam aumento de salário, em que geramos mais empregos, em que houve menos ocupação no campo, na cidade, e menos greve. Eu trago comigo essa honraria de saber conviver com a sociedade brasileira.
E de repente eu vejo o tal do mercado assustado com o Lula. E eu fico pensando, quem é esse mercado?
Não pode ser os donos do Itaú. Não pode ser os donos do Bradesco, do Santander.
Uma coisa são os donos do banco. Outra coisa é um bando de yuppies, jovens bem aquinhoados que vivem ganhando dinheiro através de bônus, de não sei das quantas, para vender papel sem vender um produto.
Essa gente esteve no FMI durante a crise na América do Sul. Falaram o tempo todo mal dos países pobres. Quando a crise foi nos EUA parece que fizeram cirurgia de amígdalas e não falavam nunca. Eles sabem que, se eu voltar, o FMI não dará palpite na nossa economia.
Então, querida, quando eu digo eles…
…fica parecendo as famosas “forças ocultas” do ex-presidente Jânio Quadros [quando se referia a quem o tinha levado a renunciar, em 1961].
Quando eu falo “eles” e “nós”, é porque você tem lado na política brasileira. Quando ganhei as eleições, fiz questão de conquistar muita gente. Criei o Conselho Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social [com representantes de empresários, trabalhadores e setores sociais]. Tinha gente que achava que eu queria criar uma fissura na relação entre Senado e Câmara com a sociedade. Eu falei “não, eu quero é estabelecer uma política de convivência verdadeira com a sociedade”.
Empreiteiras fizeram uma reforma no sítio de Atibaia porque o senhor o frequentava. Independentemente de a Justiça concluir se houve ou não crime, não foi no mínimo indevido, uma relação promíscua entre um político e uma empreiteira?
Não. Esse é um outro tipo de processo. Não é o processo do qual estou sendo vítima.
É uma pergunta que estou fazendo ao senhor.
Essa pergunta eu espero que seja feita em juízo, pelo Moro. Porque primeiro disseram que o sítio era meu. Aí descobriram que ele tem dono. Então mudaram [para dizer que] me fizeram favor. Se fizeram, não me pediram. Eu fiquei sabendo desse sítio no dia 15 de janeiro de 2011.
Por que empreiteiras tinham que bancar a manutenção do acervo formado na presidência, por que tinham que reformar o sítio? Essa relação não passou do ponto?
Quando eu for prestar depoimento, eu espero que essas sejam as perguntas que eles me façam.
Mas eu estou fazendo agora.
Não, você não é juíza. Eu vou esperar o juiz. Porque se eu responder para você, o Moro vai fazer outras. Aí, quer discutir a questão da ética, vamos discutir. É um outro processo.
Eu quero saber onde eles vão chegar. Eu quero saber o limite da mentira.
Segundo uma pesquisa do Datafolha, 83% acham que o senhor sabia que tinha corrupção no governo. Era possível não saber?
É possível não saber até hoje. Você tem filho? Sabe o que ele está esta fazendo agora? Quando você esta na cozinha e ele no quarto, você sabe?
Outro dia vi o caso de venda de sentenças em gabinetes de juízes. E eles foram inocentados porque não eram obrigados a saber o que estavam fazendo do lado de sua sala. Deixa eu te falar uma coisa: ninguém é colocado no governo pra roubar. Ninguém traz na testa “eu sou ladrão”. Há um critério rigoroso de escolha [de diretores de estatais].
Muita gente pensa que eu sou contra a Operação Lava Jato. Eu tenho orgulho de pertencer a um partido e a um governo que criou os mecanismos mais eficientes de combate à lavagem de dinheiro e à corrupção nesse país.
Não foi ninguém de direita, não. Fomos nós.
O senhor manteria hoje o sistema de indicação dos procuradores-gerais, sempre os mais votado pela categoria?
Esse critério é herança minha do movimento sindical. Eu achava que era o mais acertado. Hoje eu analisaria o histórico da pessoa.
Veja, o que ocorreu com a Lava Jato? Ela virou refém da imprensa e vice-versa.
E hoje eu estou convencido de que os americanos estão por trás de tudo o que está acontecendo na Petrobras. Porque interessa para eles o fim da lei que regula o petróleo, o fim da lei que regula a partilha. O Brasil descobriu a maior reserva de petróleo do mundo do século 21. E não se sabe se tem outra.
Não sei se você já tem uma compreensão sociológica de junho de 2013 [mês de grandes manifestações no país].
O Brasil virou protagonista demais. E ali eu acho que começava o processo de tentar dar um jeito no Brasil.
Como diria meu amigo [e ex-chanceler] Celso Amorim, eu não acredito muito em conspiração. Mas também não desacredito.
O senhor faz uma conexão entre tudo isso e o que acontece com o senhor agora?
Faço. E se estiver errado, vou viver para pedir desculpas.
Mas o senhor acha, por exemplo, que os procuradores da Lava Jato vão aos EUA e se reúnem com um mentor?
Eu acho. Agora mesmo o Moro está lá [no exterior] para receber um prêmio dessa Câmara de Comércio Brasil-EUA. Ele foi lá para ficar 14 dias. Eu já recebi prêmios. Você vai num dia e volta no mesmo dia.
Ô, querida, não me peça provas de uma coisa que eu não tenho. Eu estou apenas insinuando que pode ser, tal é a proximidade do Ministério Público com a Secretaria de Justiça dos EUA.
O senhor já deu muitas voltas por cima na vida. Enxerga agora um caminho de saída, depois de duas condenações?
É muito simplista essa pergunta. Você deveria estar perguntando é se eles vão conseguir juntar uma prova de cinco centavos contra mim. Esse é o dilema.
Mas, presidente, eles já condenaram o senhor.
Eu não tenho que encontrar saída. O que vocês da imprensa têm que pedir são provas. Vocês não podem retratar “ipsis litteris” [como está escrito] a mentira da Polícia Federal.
Essa gente está me acusando há cinco anos. Essa gente não sabe o mal que causou à minha família. Eu tenho todos os meus filhos desempregados. Todos. E ninguém consegue arrumar emprego.
Essa gente já foi na minha casa. Ficaram três horas, levantaram o colchão da minha cama, revistaram tudo e não encontraram nada.
Poderiam ter chamado a imprensa e falado “queríamos pedir desculpas”. Eles saíram com o rabinho no meio das pernas e não falaram nada.
Quando o Moro leva um Pedro Corrêa [ex-deputado do PP] para prestar depoimento contra mim, se ele entendesse um milímetro de política, ele não deixaria o Pedro Corrêa entrar naquele salão.
E o Palocci?
É uma pena. A história dele se esvaiu com isso. O Palocci demonstrou gostar de dinheiro. Quem faz delação quer ficar com uma parte daquilo de que se apoderou. Não vejo outra explicação.
Ou quer a liberdade.
Se fosse só por liberdade o [ex-tesoureiro do PT João] Vaccari não tinha feito a carta que fez nesta semana [inocentando Lula no caso do tríplex]. Porque é o cara que está preso há mais tempo. E está demonstrando que caráter e dignidade não são compráveis.
Deixa eu te falar: você está lidando com um homem muito tranquilo, que sabe o que está sendo traçado para ele. Desde o impeachment eu dizia: eles não vão tirar a Dilma e dois anos depois deixar o Lula voltar gloriosamente nos braços do povo. Era preciso impedir o Lula.
E isso está perto de ocorrer.
Vamos aguardar, querida. Se eu acreditar que o jogo está definido, o que eu estou fazendo nesse país? Eu quero saber o seguinte: eu, proibido de ser candidato, na rua fazendo campanha, como eles vão ficar? Eles estão me transformando numa vítima desnecessária.
O senhor diz que sabe o que está sendo traçado. Mesmo assim, não abre brecha para a discussão de uma outra candidatura?
Não abro. Não abro. Se eu fizer isso, minha filha, eu tô dando o fato como consumado. Eu vou brigar até ganhar. E só vou aventar a possibilidade de outra candidatura quando for confirmado definitivamente que não sou candidato.
Algumas correntes do PT já pensam em uma outra candidatura e alguns defendem o boicote das eleições.
Quando chegar o momento certo, o PT pode discutir todas as alternativas. Eu sou contra boicotar as eleições.
O ex-prefeito Fernando Haddad já falou que, mesmo sendo o maior partido, o PT não terá mais a hegemonia da esquerda.
Eu sou contra a tese da hegemonização. Em algum momento pode ter candidato de outro partido e o PT apoiar. Se o Eduardo Campos tivesse aceitado a proposta que eu fiz para ele e para a Renata em Bogotá, em julho de 2011, de ele ser o vice da Dilma [em 2014] e ser nosso candidato em 2018, a gente agora estaria gostosamente discutindo a campanha dele à Presidência da República. E não a minha.
O PT poderia apoiar Ciro Gomes? Ele tem feito críticas ao senhor e ao partido.
Eu não ando vendo o que o Ciro tá falando porque ele anda falando demais.
O Ciro ou vai para a direita ou não pode brigar com o PT.
Eu fico fascinado de ver como uma pessoa inteligente como o Ciro fala tão mal do PT. Não consigo entender.
Vamos ser francos: pela direita, ninguém será presidente sem o apoio dos tucanos. Pela esquerda, ninguém será presidente sem o PT.
Quem o senhor acha que tem chance de chegar ao segundo turno na eleição presidencial?
Eu, se entendo um pouco de política, vou dizer uma coisa: a disputa deverá ser outra vez entre tucanos e PT.
O senhor pode ser preso em breve, caso não obtenha um habeas corpus nos tribunais superiores. Não tem medo?
Sabe por que não tenho medo? Porque eu tenho a consciência tão tranquila. Sabe do que eu tenho medo de verdade? É se esses caras pudessem mostrar à minha bisneta que fez um ano no domingo que o bisavô dela roubou um real. Isso realmente me mataria.
O senhor está preparado?
Eu estou preparado. Estou tranquilo. E tenho certeza de que vou ser absolvido e de que não vou ser preso.
Há quem defenda que o senhor faça uma greve de fome caso vá para a prisão.
Eu já fiz greve de fome. Eu sou contra, do ponto de vista religioso. Eu não acho correto você judiar do próprio corpo. Quando eu fiz greve de fome [em 1980], Dom Claudio Hummes foi à cadeia pedir para pararmos a greve.
O senhor já afirmou que se 10% dos que foram às ruas quando o presidente Getúlio Vargas morreu tivessem ido antes ele não teria se suicidado. O senhor teme que isso ocorra com o senhor? Eu não digo morte, mas…
Até porque não vou me matar. Eu gosto da vida pra cacete. E quero viver muito. Tô achando que eu sou o cara que nasceu para viver 120 anos. Dizem que ele já nasceu, quem sabe seja eu?
Tô me preparando. Levanto todos os dias às 5h da manhã, faço duas horas e meia de ginastica, tomo whey [complexo de proteínas] todo dia para ficar bem forte. E vou levando a vida assim. Eu não tenho essa perspectiva nem de me matar nem de fugir do Brasil. E vou ficar aqui. Aqui eu nasci, aqui é o meu lugar. Eu não tenho medo de nada. Só de trair o povo desse país. É por isso que eu estou aqui, fazendo a minha guerra.
E o povo na rua?
Você não leva o povo na rua para qualquer coisa. Mas também não duvidem do povo na rua porque ele pode vir.
Mas o senhor não esperava que ele já viesse, no seu caso?
Ele nunca foi chamado! Eu sou um homem tão civilizado, acredito tanto nas instituições que estou apostando nelas. Eu ando no Brasil, mas eu não ando chamando o povo numa pregação contra ninguém. Eu ando chamando o povo para ele acreditar que é possível esse país ser diferente.
Eu não imaginei viver esse período. Eu me lembro do [ex-presidente da França Nicolas] Sarkozy querendo discutir a minha ida para a secretaria-geral da ONU. Eu lembro dele conversando com o [ex-primeiro-ministro espanhol] José Luís Zapatero, em 2008, e eu falava “para com isso, você não pode politizar a ONU, colocar um ex-presidente lá”.
O senhor imaginava outra coisa para a sua vida nessa fase.
Eu imaginei tranquilidade, querida. Eu imaginei viver meu fim de vida com a dona Marisa, cuidar dos filhos que eu não tive tempo de cuidar e viver. Não me deixaram ou não estão me deixando. Eu poderia abaixar a cabeça e ficar pedindo favor, ajuda. Não vou, querida. Não vou porque estou certo.
A minha educação é a de uma mulher [a mãe, dona Lindu] que viveu e morreu analfabeta. E ela dizia “não baixe a cabeça nunca a ninguém. Nunca roube uma laranja mas não baixe a cabeça”. E é isso o que vai me fazer seguir em frente.

POR  ·

Madalena França

“O Ciro ou vai para a direita ou não pode brigar com o PT”


  | 20 Comentários
Os petistas gostaram da entrevista de Lula à Folha e em especial do trecho dedicado ao ex-governador Ciro Gomes (PDT). O ex-presidente, além de dizer que o pedetista anda “linguarudo” demais, também mandou um recado para ele: “O Ciro ou vai para a direita ou não pode brigar com o PT.”
À jornalista Mônica Bergamo, da Folha, Luiz Inácio falou:
Eu fico fascinado de ver como uma pessoa inteligente como o Ciro falar tão mal do PT. Não consigo entender.
Vamos ser francos: pela direita, ninguém será presidente sem o apoio dos tucanos. Pela esquerda, ninguém será presidente sem o PT.
O senador Lindbergh Farias (PT-RJ) considerou “fantástica” a entrevista de Lula e a presidenta nacional do PT, senadora Gleisi Hoffmann, limitou-se a dizer “é isso” em sinal de concordância com o líder maior do partido.

Mais 3 executivos confirmam propinas a Paulo Preto e ligações com tucanos


O ex-diretor da Dersa Paulo Vieira de Souza, o Paulo Preto, pode virar recordista de menções em delações; apontado como operador da corrupção tucana, ele já foi citado por sete delatores da Lava Jato (da Odebrecht, Andrade Gutierrez e pelo operador Adir Assad), e aparece em depoimentos de outros três executivos da OAS e da Queiroz Galvão que negociam acordo com procuradores; ao contrário de muitas delações, que têm relatos contraditórios, as descrições sobre Paulo Preto são semelhantes: agressivo na negociação de propinas e com ligação direta com Aloysio Nunes, Geraldo Alckmin e José Serra

SP 247 – Apontado como operador de propinas do PSDB em São Paulo, o engenheiro Paulo Vieira de Souza pode virar recordista em menções em delações. Ele já foi citado por sete delatores da Lava Jato (da Odebrecht, Andrade Gutierrez e pelo operador Adir Assad), e aparece em depoimentos de outros três executivos da OAS e da Queiroz Galvão que negociam acordo com procuradores.
Todos acusam Souza, conhecido como Paulo Preto, de ter cobrado propina na obra do Rodoanel, realizada na gestão do tucano José Serra (2007-2010). Documentos enviados de autoridades suíças apontam que Souza teve uma conta naquele país com R$ 113 milhões.

Diferentemente do que ocorre em dezenas de delações, nas quais incongruências e variações na narrativa são comuns, os relatos sobre Souza são similares.
Um delator da OAS, Carlos Henrique Barbosa Lemos, conta que houve uma reunião no Palácio dos Bandeirantes, com Aloysio e outros integrantes do governo, para checar se de fato Souza representava Serra e o seu chefe da Casa Civil —havia uma desconfiança de que ele embolsava o que dizia ser dinheiro para futuras campanhas.
Lemos afirma que Souza passou aos executivos qual seria a agenda do encontro, ponto por ponto. Souza teria dito que, se os pontos tratados por Aloysio fossem exatamente os que ele listara, era sinal de que ele representava a cúpula do governo paulista naquela época.
Foi exatamente o que ocorreu, segundo o executivo da OAS. Após a reunião, disse, cessaram as dúvidas sobre quem Souza representava.


Histórico: salário de professor no Maranhão passa a ser o mais alto do Brasil


Redação Pragmatismo
EDUCAÇÃO01/MAR/2018 ÀS 11:07COMENTÁRIOS


Salário inicial de professor no Maranhão passa para R$ 5.750 e se torna o mais alto do Brasil. Medida foi anunciada nesta terça-feira (27) pelo governador Flávio Dino: “Acreditamos que esse grande investimento é fundamental para desenvolver o nosso Estado”

professor no Maranhão salário
O salário inicial de um professor no Maranhãoserá de R$ 5.750. A medida histórica foi anunciada nesta terça-feira (27) pelo governador Flávio Dino (PCdoB) e refere-se a docentes que cumprem carga horária de 40 horas semanais.
Para os professores de 20 horas semanais — aqueles em princípio de carreira — o salário inicial aumenta para R$ 2.875,41, o que também representa um valor recorde a nível nacional.
“Com a medida que editei ontem, o salário inicial do professor de 40h no Maranhão passará para R$ 5.750,00. Acreditamos que esse grande investimento é fundamental para desenvolver o nosso Estado”, publicou Flávio Dino em sua conta pessoal do Twitter.
Desde 2015, os professores do Maranhão tiveram reajuste salarial de 30,35%, acima da inflação do período medida pelo IPCA (índice oficial), de 21,46%.
Isso significa que os professores tiveram um significativo aumento real, ou seja, elevaram o poder de compra diante da inflação. São 31 mil professores beneficiados com o reajuste.
“Nenhum outro estado concedeu reajuste a todos os seus educadores em 2018”, disse o secretário de Estado da Educação, Felipe Camarão.

Repercussão

Na internet, o aumento salarial para professores do Maranhão foi celebrado. “É assim que se faz governo: pensando na educação”, publicou o jornalista Xico Sá.
“Parabéns governador. Isso é o reconhecimento aos profissionais de educação. Espero que eles também saibam valorizar”, escreveu uma internauta.
“Parabéns pela medida. Valorizar o profissional da educação é de fato o melhor caminho para se alcançar o desenvolvimento econômico e social. Mesmo de fora, serei total apoio à tua causa”, postou outra.

São Paulo

Usando o estado mais rico da Federação como referência comparativa, o salário base de um professor de 40 horas semanais em São Paulo é de R$ 2.415,89 — menos da metade do valor que será pago no Maranhão.
No início do ano, o governador Geraldo Alckmin (PSDB) anunciou, após muita pressão dos educadores, um reajuste de 7% para os profissionais da rede estadual, o que elevará os rendimentos para R$ 2.585,00.
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Economia: melhor, sim, mas não para soltar foguetes


pib17
É claro que o crescimento de 1% no PIB é algo muito melhor do que as sucessivas quedas que a economia brasileira vinha enfrentando.
Mas recomenda-se guardar o foguetório.
Quatro quintos deste crescimento devem-se à atividade agropecuária, de baixa repercussão no conjunto da economia.
Sem ele, a expansão teria ficado ligeiramente acima de 0,2%.
O consumo das famílias, um dos mais potentes motores de crescimento da economia ficou em 0,1% no quarto trimestre, bem abaixo da recuperação  que apresentara nos dois trimestres anteriores.
Dado o grau de profundeza da crise, não é nenhum sinal definitivo um ligeiro crescimento, algo próprio das características cíclicas da economia.
Não há uma dinâmica interna de crescimento que se manifeste nitidamente em indicadores de consumo e de emprego.
Mas há, ao contrário, um cenário mundial que tem nuvens para lá de carregadas, prenunciando uma tempestade que não se sabe quando virá, nem em que extensão.
Esta é a espada colocada sobre nossa economia: o esperado refluxo de capitais para os EUA, por mais que venha sendo protelada a alta dos juros locais é o maior fator de incerteza.
As internas, ao que parece, o “mercado” vem ignorando. Mas escreva aí que serão grandes, num quadro eleitoral onde a palavra caos só fracamente define o que vem por aí.

quarta-feira, 28 de fevereiro de 2018

Bem- Vindo Março...

Estamos nas últimas horas de fevereiro, Deixe que ele leve nossas dores e que março devolva nossas alegrias.


Resultado de imagem para bem vindo março Vem chegando o friozinho do outono e as folhas das árvores caem para renascer novas folhagens , e novas roupagem, se multiplicarem e florescerem.
Que assim seja as nossas vidas. Que fevereiro leve as nossas dores, e março devolva nossa alegria de viver.
Não cai uma folha de uma árvore sem a permissão do criador. Assim também, Deus nos permite que passamos por provações ,desilusões  e angústias, para que possamos valorizar muito mais os momentos alegres de afetividade, de carinho, de saúde, e de partilha com os nossos.
Eu desejo a você  amigo leitor, que que março chegue renovando a árvore da sua vida e que você possa sorrir e ser feliz.
Vamos dá um até breve a esse fevereiro que finda, e que ele volte melhor em 2019 . Vamos nos preparar para abraçar o março das chuvas, das mulheres e da renovação. Que ele nos traga brilho, e dias mais favoráveis à felicidade.
Tentam bons sonhos e um belo amanhecer!

Por Madalena França.

A “entrevista” do general e o “no grito não funciona”


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Acompanho o debate no Facebook entre meu sábio professor Nilson Lage e o combativo Luís Costa Pinto sobre a “entrevista coletiva” (assim mesmo, entre aspas) do general Walter Braga Netto, ontem, que está lhe rendendo “pauladas” na mídia.
O primeiro lembra que, em matéria de autoridade moral na questão da violência, falta autoridade moral na imprensa  para tratar seriamente da questão, pela sua história de “criminalização” midiática de quase tudo que se tentou fazer para que a cidade se integrasse, sem guetos, e as iniciativas de elevar a qualidade de vida dos pobres, de D. Hélder Câmara até o programa educacional dos Cieps:
“O ódio editorial e notícias falsas sistematicamente veiculadas demoliriam o projeto dos Cieps de Leonel Brizola e Darcy Ribeiro, iniciativa que teria barrado o processo de degradação da vida urbana no io. Sucedeu-se a fraude midiaticamente promovida de Moreira Franco.
Por todo tempo, a grande imprensa apoiou os esquadrões da morte, escondeu a dolorosa remoção e extermínio de mendigos, explorou a pobreza sempre pelo ângulo da violência e da segregação, derramou pelas crianças pobres lágrimas de crocodilo mas sempre exigiu mais forte repressão – e só. Tudo que cuidou de exaltar foram operações espetaculares, cinematográficas, a fantasia de cobrir guerras e jantar em casa.”
Já Costa Pinto condena o comportamento dos militares e dos repórteres:
 Os militares demonstraram profundo desprezo pela informação e pela transparência. A entrevista deixou mais dúvidas do que ofereceu respostas – talvez porque a intervenção foi um ato de desespero político, e não um gesto em defesa da sociedade. [Foi] Desoladora porque revelou-nos uma geração de repórteres-cadete e de aspirantes a jornalistas que se acadelaram ante a boçalidade dos oficiais e aceitaram as regras impostas por eles – enviar perguntas antes, por escrito; definição randômica, por parte dos entrevistados, das perguntas que seriam feitas; proibição de interrupções; limitação unilateral do tempo.
Sem dar uma de tucano, acho que há razões em ambas as argumentações e explico.
Durante muitos anos fui responsável por convocar e realizar “coletivas”. É coisa de quem quer detalhar e convencer e, portanto, precisa e deve se expor ao contraditório. Não quer fazer isso? Distribua, então,  uma nota  ou uma declaração, não chame toda a imprensa para simplesmente dizer – por mais que seja a verdade – que está planejando (sem dizer o quê) e para anunciar nomes que há dias estavam nos jornais.
É, aliás, o mais próprio numa instituição militar.
Acontece que se revela aí o problema mais grave, insanável mesmo, deste improviso politiqueiro da intervenção.
O Comandante do Exército, General Eduardo Villas Bôas, insistentemente no Twitter e em artigo na Veja que “convém salientar que a intervenção federal não é uma intervenção militar” e que apenas “um cidadão brasileiro fardado foi escolhido para exercer a função de interventor”. A concordar com o general, portanto, o interventor, ao contrário do que diz decreto improvisado que o nomeou não está em função militar, pois seria um interventor militar e, assim, resguardado para dizer o mínimo possível.
Se a intervenção não é militar, é civil. Não há, como na virgindade ou na gravidez, “meio” militar, há um militar exercendo excepcionalmente uma função civil. Isso  passa a exigir comunicação com a sociedade. E nada justifica uma “entrevista coletiva” que não foi nem entrevista – só se responde àquilo que se quis responder – e nem coletiva – só se respondeu a quem se quis responder.
É preciso, claro, entender que Braga Netto é alvo de pressões imensas, que não pode revelar, ainda que o Comandante do Exército esteja indo além do que pode e deve para protegê-lo e à tropa das consequências da vontade insana que vem do Planalto para que torne irresponsavelmente a Força em órgão de repressão sem limites.
O general foi coerente com o que pode fazer num momento em que – segundo suas próprias palavras – a violência no Rio de Janeiro é grande, mas imensamente amplificada por “muita mídia”. E penso que o que falou sobre a insistência de alguns repórteres de fazer outras perguntas fora do roteiro que o próprio Braga Netto escolheu – “no grito a coisa não funciona” – se presta como uma luva para explicar porque não optou, até agora, por ações espetaculares, bombásticas e, claro, inócuas, como é o desejo das empresas de comunicação, Globo à frente.
Mas incoerente na formas e nas regras que quis impor a uma entrevista da qual – e aí Costa Pinto tem toda a razão – na minha geração, a dos anos 80 e 90, teriam todos (ou quase todos) os jornalistas saído, abandonando a sala, por não haver nem liberdade nem um mínimo de pluralidade nas perguntas. Afinal, não era uma solenidade militar, não se é obrigado a bater os calcanhares e levar a mão ao quepe.

No Parlamento Europeu, Humberto afirma que Lula sofre 'violenta perseguição'


Humberto Costa (PT) participa de atividades no Parlamento Europeu
Humberto Costa (PT) participa de atividades no Parlamento EuropeuFoto: Divulgação
Durante encontro com congressistas de esquerda e embaixadores no Parlamento Europeu, em Bruxelas, o senador Humberto Costa (PT) declarou, nesta terça-feira (27), que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sofre uma violenta perseguição por parte do Judiciário e do Ministério Público brasileiros. O senador se reuniu com Giacomo Flibeck, do Partido da Democracia da Itália, e Serguei Stanichev, presidente do Partido Socialista Europeu, social-democrata. 

Humberto também se encontrou com o Grupo da Esquerda Unida no Parlamento Europeu e com embaixadores da Venezuela, Cuba, Nicarágua e Bolívia. A reunião contou ainda com a presença de Javier Couso, eurodeputado da Esquerda Unida da Espanha e vice-presidente da Comissão de Relações Exteriores do Parlamento Europeu.

Na conversa, o senador brasileiro afirmou aos colegas que integrantes da Operação Lava Jato no Brasil tentam encontrar um crime, a qualquer custo, que jamais foi cometido por Lula. De acordo com Humberto, o objetivo é prejudicar o PT e tirar o ex-presidente da disputa eleitoral deste ano. 


“Estou relatando que o que se passa no Brasil é muito grave, tendo em vista a série de violações cometidas contra uma pessoa que não cometeu qualquer crime e sobre a qual não há nenhuma prova contra. Estamos diante de uma continuação do golpe aplicado contra a presidenta Dilma Rousseff em 2016. Tornar Lula inelegível e o PT um partido proscrito é, agora, o passo final dos que atentam contra a democracia no País”, contou. 

O parlamentar avaliou que é necessário denunciar ao mundo o que vem ocorrendo no Brasil. Além disso, Humberto lembrou que vários políticos ligados à direita estão envolvidos em irregularidades e, contra eles, há fartas e incontestáveis provas. Porém, segundo o senador, esses nomes seguem impunes e ocupando cargos públicos importantes no país.

Agenda
Nesta quarta (28), ele participa de ato público com manifestantes brasileiros que vivem na Europa sobre o que considera violações cometidas no Brasil. Já na quinta-feira (1º), o petista vai participar de ato de lançamento de um comitê em defesa do presidente Lula na Associação Cultural Casa N'Ativa, também em Bruxelas.

STJ arma cama de gato para Lula

Por EsmaelO Superior Tribunal de Justiça armou a cama de gato para o ex-presidente Lula ao adiar o julgamento do habeas corpus, previsto para amanhã (1º), na Quinta Turma da Corte. Isto significa que, após a apreciação dos embargos de declaração, pelo TRF4, muito provavelmente o petista será preso.
O STJ remarcou o julgamento para a próxima terça-feira, dia 6 de março. No entanto, o tribunal “não deu satisfação” sobre o adiamento da tão esperada pauta.
No final de janeiro, o vice-presidente do STJ Humberto Martins, em decisão monocrática, negou o habeas corpus à defesa de Lula. Então, os advogados recorreram ao colegiado e esta semana a Quinta Turma havia pautado para votar a questão nesta quinta-feira.
Além da omissão do STJ, trama contra o ex-presidente Lula a má vontade da presidenta do STF Carmén Lúcia, a Carminha, que vem rejeitando pautar a matéria sobre a execução da pena para condenados na segunda instância. O tema é bastante controverso no Supremo.
Lula foi condenado pelo TRF4 a 12 anos e um mês de prisão no caso tríplex. A defesa do petista apontou 38 omissões do acórdão do tribunal, que agora julga o último recurso antes de determinar a prisão imediata do ex-presidente da República.

Afiliada da Globo choca ao mostrar cadáver antes das 7h da manhã


A imagem do corpo apareceu às 06h49min

Afiliada da Globo choca ao mostrar cadáver antes das 7h da manhã
Notícias ao Minuto Brasil
HÁ 11 HORAS POR NOTÍCIAS AO MINUTO
FAMA APELAÇÃO
Abusca por pontos a mais na audiência levou a Rede Bahia, afiliada da Globo no estado, a apelar: no Jornal da Manhã, o noticiário matinal das 7h, o canal apresentou uma reportagem exibindo explicitamente um cadáver no chão.
A imagem do corpo apareceu no vídeo às 06h49, em segundo plano, durante um link ao vivo do repórter Vanderson Nascimento, que não tinha muitas informações sobre o caso, reforçando o tom apelativo. O repórter falou, apenas, que o corpo foi encontrado.
A Rede Bahia é controlada pela família Magalhães, poderosa no estado, e é a segunda colocada no Ibope, perdendo para a TV Itapoan, da Record, com riscos de descer para o terceiro lugar.

Demóstenes, cassado por corrupção, dá banho de champanhe de R$5 mil na enteada



Cassado por corrupção, Demóstenes Torres (ex-DEM) dá banho de champanhe de R$5 mil na enteada. Vídeo que mostra a "ostentação" do corrupto tem provocado indignação

Demóstenes Torres banho de champanhe corrupção
Demóstenes Torres e enteada (reprodução)
O ex-senador Demóstenes Torres (PTB-GO), que teve o mandato cassado em 2012, voltou a ser notícia na noite desta segunda-feira (26). Em um vídeo, ele aparece estourando uma garrafa de champanhe e dando um banho em sua enteada ao despejar o líquido nela.

A cena viralizou por se tratar de uma bebida da marca francesa de luxo Veuve Clicquot, considerada uma das principais e mais tradicionais casas produtoras de champanhe no mundo. Uma garrafa de 3 litros, como a que Demóstenes parecia segurar, pode chegar a custar R$ 3 mil.
A “brincadeira” aconteceu em um momento de comemoração, em que o senador cassado e familiares estavam celebrando a aprovação da enteada no vestibular para o curso de medicina na Universidade Federal do Rio de Janeiro.
Assista ao vídeo:

Inelegível até 2023

Atualmente, Demóstenes é procurador do Ministério Público de Goiás. Seu cargo como senador foi cassado depois de ser apontado como parte de um esquema de corrupção que envolvia o empresário Carlinhos Cachoeira. Ele é acusado de crimes como corrupção passiva e advocacia privilegiada.
Dessa forma, o goiano fica inelegível a qualquer cargo político até 2023. Porém, desde julho do ano passado, seus advogados insistem em tentativas para reaver seus direitos políticos na Justiça.
Mesmo com a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), proferida em 2016, de anular as provas de processo contra o ex-senador , ele permanece sem poder se eleger. Na tentativa de voltar à vida política, Demóstenes deixou o partido que fazia parte, o DEM, e afiliou-se ao PTB.

Petição

A defesa do ex-senador entrou com petição para que o Senado decida até quarta-feira (28) se irá ou não anular a cassação de seu mandato. O pedido foi feito em julho de 2017 e ainda não tem relator na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ).
Para poder se candidatar, é necessário que ele se desincompatibilize do cargo de procurador seis meses antes das eleições, ou seja, até abril. “O STF invalidou as provas que levaram à minha cassação. Só falta o Senado reconhecer”, afirmou Demóstenes.

Último Segundo – iG
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