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segunda-feira, 19 de março de 2018

Coronel da PM do Rio presta homenagem a Marielle: Os sinos dobram por ti


do Falando Verdades Postado por Madalena França
Robson Rodrigues, um dos mais respeitados coronéis da Polícia Militar do Rio de Janeiro, escreveu um texto, em sua página no Facebook, no qual homenageia a socióloga a vereadora do PSOL-RJ, Marielle Franco. Acompanhe a íntegra da mensagem:
Cada morte violenta me arranca um pedaço da alma, pois os mais de 60 mil homicídios ao ano nos distanciam, e muito, do lugar civilizatório que, julgo, mereceríamos ocupar como país tão lindo como o nosso. Calo, sofro, choro em silêncio. Não me apraz falar, não me apraz comparecer a rituais de despedida fúnebre e sentir o sofrimento das pessoas, principalmente dos familiares, em respeito a suas dores. O cargo me obrigou a assistir inúmeros enterros, de inúmeras vítimas policiais de uma guerra fratricida que nos prostra enquanto seres humanos. Uma guerra inglória.

Abri uma exceção por um dever de consciência; para falar de uma amiga, a vereadora Marielle, porque, se sua morte me impactou, muito mais tem impactado a forma vil e cega e infame como ela vem sendo tratada por algumas pessoas nas redes sociais. Pessoas que não conheceram Marielle. Senti-me na obrigação de informar a amigos desinformados sobre quem ela era; amigos que considero e que são bombardeados por bobagens e falsas informações sobre a vereadora que não conheceram. Segue abaixo uma dessas mensagens que enviei a um amigo a quem considero bastante e que talvez possa servir a outros amigos.
Caro amigo xxxx (oficial PM)
Te conheço há bastante tempo para saber o quanto você é inteligente para não se deixar levar por esses discursos que destilam o ódio, mesmo nesses momentos de dor. Deveríamos, sim, nos unir enquanto sociedade contra o maior problema civilizatório que nos afeta e dilacera: a violência homicida. Apesar disso, há pessoas que insistem em simplificar questão tão complexa, dividindo o mundo em direita e esquerda. Você está além disso que eu sei.

Choro pelas mortes infames, do cidadão comum, dos meus amigos, dos meus amigos policiais dos quais já perdi a conta inúmeras vezes. Meu primeiro serviço como aspirante foi atender à ocorrência do assassinato de um policial militar, adorado em meu Batalhão. Chorar com sua família me fez pensar o quão difícil seria aquela trajetória profissional que eu havia abraçado.
Meu sentimento é expressado nos versos do poeta John Donne: “a morte de qualquer homem (ou mulher) me diminui, porque sou parte do gênero humano. E por isso não perguntes por quem os sinos dobram; eles dobram por ti”.
Choro agora por uma amiga admirável, sobretudo porque lutava contra essa estupidez e sonhava com uma sociedade melhor. A vereadora Marielle era corajosa; lutava a favor das minorias, mas principalmente contra a estupidez das mortes desnecessárias que têm endereço e destinatários certos. Mortes muitas vezes festejadas por pessoas que querem que nós, policiais, façamos para elas o serviço sujo de um extermínio fascista. Não se esqueça que também acabamos vítimas dessa estupidez.
Conheci Marielle quando ela me trouxe, de forma educada, mas contundente, o caso de algumas mães amedrontadas com a ação de policiais que barbarizavam moradores de uma certa favela com UPP. Os fatos eram indefensáveis. Aqueles comportamentos não eram o que se podia esperar de uma instituição que existe para combater o crime, mas, sobretudo, para servir à população. Tomei minhas providências. Se Marielle veio até a mim buscando solução, era porque confiava na polícia, pelo menos em parte dela, uma parte da qual eu te incluo. Marielle, assim como nós, não confiava na polícia violadora de direitos, na polícia bandida, mas confiava na instituição policial, naqueles que não querem que ela seja instrumentalizada para fins vis e elitistas, sendo direcionada para os mesmos estratos de onde a maior parte de nossos próprios policiais vem.
Leia também:
Depois disso ela me procuraria para saber como ajudar policiais que sofriam abusos, assédios moral e sexual e outros tipos de violações de direitos. Eu te pergunto: alguém que “só quer defender bandido” teria esse comportamento?
Na ocasião, me lembro de ter comentado com ela do sofrimento dos policiais subalternos, da mulher policial, da mulher negra policial etc. Um fato em especial me tocava naquele momento: o de viúvas de PM. Eu disse a ela que uma das formas de ajudar poderia ser agilizando os processos de obtenção de suas pensões. Há trâmites administrativos que emperram a pensão da viúva e que extrapolam as possibilidades da corporação; há também a lentidão da investigação da morte dos policiais militares por parte da PCERJ, que é formalidade do processo. Ela se interessou e, depois, junto com o deputado Marcelo Freixo, criou um núcleo de atendimento a policiais.
Mesmo depois de ter deixado a PM, encaminhei alguns casos a eles. Nossos praças e oficiais mais subalternos, principalmente as policiais negras, são discriminadas diariamente em nossa instituição, sofrem assédios, sobretudo por parte de pessoas como nós, oficiais e brancos. Recentemente a PM impôs limite de vagas para mulheres no concurso do CFO, mas contra isso ninguém de dentro se colocou. Marielle se interessava por essas causas, que, infelizmente, ainda não tocam nossa sensibilidade institucional. Com suas bandeiras ela defendia muito mais nossos policiais do que nós fomos capazes de compreendê-lo e de fazê-lo.



Portanto, postagens maldosas como essas, que vêm circulando nas redes sociais, além de não retratarem a realidade, são de um imenso desrespeito não só à história de Marielle, mas aos nossos policiais honestos e trabalhadores sofridos, sobretudo às policiais negras, que tanto necessitam ser acolhidos nas causas que ela magnificamente defendia. Que tenhamos Marielle presente para transformar nossa polícia em uma instituição melhor para a sociedade e para policiais vocacionados.

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domingo, 18 de março de 2018

Cumprir a lei e pedir ao tribunal para julgar é conspiração?


justicapress
Depois de Merval Pereira é a vez de Eliane Cantanhêde se associar à tese de que faz o Supremo confirmar ou reformar a decisão que deu em duas Ações Diretas de Inconstitucionalidade, as 43 e 44, vem a ser uma conspiração para livrar Lula da execução imediata da pena imposta pelos desembargadores do TRF-4:
A defesa de Lula descobriu, e soprou aos ouvidos de ministros, que o acórdão da liminar (na verdade os  de ambas) nunca tinha sido publicado e isso abria uma brecha para a revisão. Ora, ora, o acórdão acaba de ser publicado agora, em 7 de março, abrindo prazo de cinco dias úteis para a apresentação de recursos.
Já demonstrei aqui que escandalosamente irregular era não terem sido publicados, pois a Resolução n° 536/2014, bem anterior a tudo isso, previa que acórdãos deveriam se publicados em até 60 dias e o julgamento em plenário das medidas cautelares se deu em setembro de 2016, quando nem mesmo sentença contra Lula havia.
Mas veja-se se “a defesa de Lula descobriu” e ainda que “soprou aos ouvidos de ministros”.
Um dos requerentes das ADIs é, simplesmente, o Conselho Federal da Ordem dos Advogados (o outro é o Partido Ecológico Nacional). Os advogados que atuam pelos oito amicus curiae (interessados na causa) de cada uma delas são um grupo onde estão nomes da primeiríssima linha da advocacia: Antonio Carlos de Almeida Castro, Lênio Luiz Streck, Técio Lins e Silva, Fábio Simantob e vários outros, representando nada mais nada menos que os institutos de Advogados do Brasil, do Rio de Janeiro, de São Paulo, do Instituto de Ciências Criminais, as defensorias públicas da União, e do RJ e SP.
Ora, um caso desta repercussão é “descoberto”? Foi uma ação que ambos os lados definiram como histórica,do conhecimento até de estudantes de direito, porque virou ao contrário a tradição de décadas da Justiça brasileira!
E pedir que seja julgada, em sede de embargos, é “soprar”  aos ouvidos dos juízes ou pedir o cumprimento da lei?
A ministra Carmen Lúcia está, sim, sob pressão e, até agora, aceitando-a. Quem acha que a recusa a aceitar a violação do princípio constitucional que impede a prisão até o trânsito em julgado das sentenças é coisa “da esquerda”, ouça o voto, que reproduzo abaixo, do conservadoríssimo ministro Celso de Mello que, ao lado da fundamentação histórica do preceito, cita o fato de que perto de um terço dos recursos apresentados ao STF é reformado e um quarto termina em absolvição do réu.
Então o Supremo vai se prestar a mandar passar meses ou até anos na cadeia aqueles que, depois, vai absolver?
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Não se acostume com a solidão, ela não é boa companheira. Feliz Domingo!

Imagem relacionadaA imagem pode conter: Madalena Margarida, sorrindo, óculos de sol e close-upA imagem pode conter: área interna


Vim trazer para você um olhar de ternura, um sorriso de esperança, um abraço de amigo...
Afinal a felicidade é um bem que se multiplica ao ser dividido.
Hoje é domingo, se a saudade doer forte, procure tomar o remédio que  em alguns casos cura e em outros alivia.
Primeiro busque a mão de Deus e nela coloque os seus. Depois lembre-se que embora os tempos estejam difíceis, você está vivo! Reaja!
O domingo não foi feito para o anonimato, a solidão, e a dor.
Domingo é dia de risos, abraços, encontros, amigos, canção, banho de mar, som de violão...
Não tire de você mesmo a chance de ser um pouquinho feliz.
O sentido da vida é buscar a felicidade. Não se conforme com a tristeza. Ela também passa.
Não se acostume com a solidão. Ela nunca foi boa companheira!
Não tenha pena de se mesmo. A pena é o pior sentimento que se pode sentir pelo outro. Se for por si mesmo, você se faz vítima de sua dor. Não seja a vítima. Nesse caso seja o agressor. Mate a desesperança, o comodismo, a tristeza, e seja vitorioso na guerra conta o mal. O maior riqueza que você possui é a sua alegria de viver. Saiba cultivá-la !
Bom Dia e um Feliz Domingo para todos, familiares e amigos leitores.

Escrito por: Madalena França.

Blog do Esmael avisa:Michel Temer, o Vampirão Neoliberal, vai disputar a Presidência da República


Postado por Madalena França do Blog do Esmael

Michel Temer, o Vampirão Neoliberal, avisa que vai disputar a Presidência da República. Não se trata de concorrer à reeleição, pois eleito ele não foi. Só está no cargo porque deu o golpe na presidenta eleita Dilma Rousseff.
“Temer 1%” é o homem mais odiado do planeta, segundo institutos de pesquisas internacionais. Mas ele tem direito de disputar a eleição para defender seu “legado” em dois anos de golpe de Estado.
Podemos lembrar alguns desses legados do Vampirão Neoliberal: reforma trabalhista (volta da semiescravidão); congelamento de investimentos na saúde e educação pelos próximos 20 anos; privatização (doação) do petróleo brasileiro para multi estrangeiras; abertura do espaço aéreo nacional e doação da Embraer, empresa que fabrica aviões; definição de pretos e pobres do Rio como alvos da violência estatal (intervenção federal), etc.
Michel Temer, o Vampirão Neoliberal, é uma piada de mau gosto.

Mesmo prendendo Lula, elite não consegue sair do labirinto

Postado por Madalena França via Manuel Mariano


As evidências são de que o cérebro estratégico do golpe está decidido a levar Lula à prisão. E pretende fazer isso o antes possível.
Calculam que esta operação, ainda que contenha o risco – improvável – da ira e da comoção popular, é a que apresenta o maior benefício ao menor custo.
Para o establishment, o efeito da prisão do Lula é um risco intrínseco à lógica do golpe. Um risco que, nas circunstâncias atuais, precisa e vale a pena ser corrido.
A mídia e o judiciário, em ordem unida, aplainaram o terreno do regime de exceção. Praticamente todos editoriais, todos colunistas de opinião e todo noticiário da mídia hegemônica já decretaram a prisão do Lula.
O judiciário, cego às alegações da defesa e indiferente à presunção da inocência, ao devido processo legal e ao Estado de Direito, atua – com anormal unanimidade – para mandar Lula imediatamente para a prisão.
Ainda é uma incógnita quanto tempo Lula ficará encarcerado; isso dependerá da medição passo-a-passo da reação popular interna e da repercussão internacional.
Lula ficará preso, mesmo que seja por tempo mínimo e exíguo; mas será pelo tempo suficiente para a produção das imagens de humilhação, ultraje e constrangimento que a Globo propagará à exaustão.
Não é improvável, por outro lado, que decidam mantê-lo preso por um período longo – durante toda a campanha eleitoral, por exemplo – se necessário para calar a voz e cassar os direitos civis e políticos do principal eleitor do país que, mesmo preso, poderá ser eleito no primeiro turno ou que, caso impedido, terá o poder de eleger aquele que decidir apoiar.
Lula é, enfim, o espectro que ronda a eleição.
É por isso que, mesmo com a prisão do Lula, a elite não conseguirá sair do labirinto. https://www.brasil247.com/pt/colunistas/jefersonmiola/347083/Mesmo-prendendo-Lula-elite-n%C3%A3o-consegue-sair-do-labirinto.htm

Marielle e Edson Luís; 1968/2018: que se enfrente a fatalidade


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Dois dos principais colunistas dominicais – Janio de Freitas e Elio Gaspari, – evocam hoje o ano de 1968 e os paralelos entre os assassinatos da vereadora Marielle Franco e o do estudante Edson Luiz, no Calabouço, um restaurante popular frequentado por universitários e secundaristas, naqueles 50 anos passados.
A comoção com o assassinato de Edson Luís e com a decorrente passeata chamada dos Cem Mil, de fato muito mais, abriu as portas para a frustração com a ditadura, que dali até cair não teve mais o sono fácil. Não é sem razões muito profundas, como podem ser a saturação e uma consciência definitiva, que um país vive a sua comoção com a maturidade vista na celebração por Marielle. O que isso nos diz, ainda não sabemos.
Gaspari, sempre mais perto dos círculos do poder, sugere o que se passa do outro lado:
14 de março de 2018Marielle Franco, negra e favelada da Maré, conseguiu se formar na PUC, militou no PSOL, elegeu-se vereadora e foi assassinada no Estácio. Morreu também o motorista Anderson Gomes.
28 de março de 1968: O estudante paraense Edson Lima Souto estava numa passeata de jovens que comiam no restaurante Calabouço, tomou um tiro no peito e morreu na hora. Edson era um “calaboçal”, nome dado aos estudantes que comiam naquele restaurante público e barato. O tiro que o matou teria sido dado por um tenente da PM, mas a investigação deu em nada. Naquele dia começou no Brasil um ano que não terminou, mas acabou com a edição do AI-5 na noite de 13 de dezembro.
Em 1968 havia um núcleo no governo flertando com uma radicalização da ditadura.
Ambos, creio eu, têm razão. Houve tanto a comoção com o assassínio da vereadora quanto se desenha a espiral da repressão adiante de nós.
Mas ainda é uma incógnita o comportamento dos militares, cujo papel ainda estamos por compreender nesta quadra, diferentemente do que ocorria então: afinal, a linha-dura vinha de prevalecer na sucessão de Castello Branco, elevando Artur da Costa e Silva – o símbolo dos “gorilas”, como eram chamados os generais golpistas mais radicais – ao cargo de Presidente.
Pode ser que essa seja uma semelhança, também, embora pareça que a linha legalista prevaleça no comando de direito das estruturas militares. O “gorila”, agora, é um ex-capitão, com um histórico de insubordinação que desagrada o alto oficialato, mas que rende frutos na tropa e em seus comandos intermediários.
Resta saber se as tolices ocuparão o lugar da lucidez entre os que se opõem à escalada autoritária e não enxerguemos que é preciso juntar os cacos da ordem demolida e não reinventar a roda, mesmo com as intenções mais generosas, como ocorreu com a radicalização do pós-68.
E ver que, do AI-5 de 1968, nada há de mais perto que o cancelamento das eleições de 2018.

Liturgia Católica…

 DIMAS SANTOS   NO COMMENTS

Dia 18 de Março – Domingo

V DOMINGO DA QUARESMA

(Roxo, Creio – I Semana do Saltério)

Antífona de Entrada

A mim, ó Deus, fazei justiça, defendei a minha causa contra a gente sem piedade; do homem perverso e traidor, libertai-me, porque sois, ó Deus, o meu socorro (Sl 42,1s).

Oração do dia

Senhor nosso Deus, dai-nos, por vossa graça, caminhar com alegria na mesma caridade que levou o vosso Filho a entregar-se à morte no seu amor pelo mundo. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

Leitura (Jeremias 31,31–34)

Leitura do livro do profeta Jeremias.
31 31 Dias hão de vir – oráculo do Senhor – em que firmarei nova aliança com as casas de Israel e de Judá.
32 Será diferente da que concluí com seus pais no dia em que pela mão os tomei para tirá-los do Egito, aliança que violaram embora eu fosse o esposo deles.
33 Eis a aliança que, então, farei com a casa de Israel – oráculo do Senhor: Incutir-lhe-ei a minha lei; gravá-la-ei em seu coração. Serei o seu Deus e Israel será o meu povo.
34 Então, ninguém terá encargo de instruir seu próximo ou irmão, dizendo: Aprende a conhecer o Senhor, porque todos me conhecerão, grandes e pequenos – oráculo do Senhor -, pois a todos perdoarei as faltas, sem guardar nenhuma lembrança de seus pecados.
Palavra do Senhor.
Continua…


Encurralados, jornalistas do Diario de Pernambuco precisam escolher entre redução de salários ou demissões…


Foto: Júlio Jacobina

Marco Zero Conteúdo

Em estado de greve e de tensão, os jornalistas do Diario de Pernambuco estão diante de uma escolha que nenhum profissional deveria ser obrigado a fazer. Para salvar o jornal de uma grave crise financeira, acentuada no ano passado, seus gestores apresentaram as seguintes opções: a demissão de aproximadamente 30 das 90 pessoas que trabalham atualmente na redação, sem o pagamento dos direitos trabalhistas, ou um acordo coletivo para a redução temporária dos salários de toda a redação com garantia da manutenção de empregos, mas não de pagamentos em dia. A última e mais drástica seria o fechamento definitivo do mais antigo jornal em circulação da América Latina.

“Ou a gente quebra, ou a gente corta”, disse taxativo Alexandre Rands, presidente do Diário de Pernambuco desde 2015, durante mesa de negociação com os trabalhadores e o sindicato da categoria, na última sexta-feira (16), no Ministério Público do Trabalho de Pernambuco (MPT-PE). Demonstrando um bem-estar desconcertante que contrastava com o ambiente carregado de apreensão, o empresário apresentou ao procurador do MPT-PE Marcelo Crisanto, condutor da reunião, sua síntese do desequilíbrio financeiro da companhia.

Várias vezes, em seu discurso, Rands defendeu o fechamento do jornal como melhor alternativa. Disse estar “totalmente arrependido” de ter entrado no negócio, no qual já teria colocado mais de R$ 20 milhões do próprio bolso. A calma superficial do gestor experiente só foi quebrada quando um dos diretores do Sindicato dos Jornalistas de Pernambuco (Sinjope) questionou a possibilidade de os profissionais terem acesso às contas da empresa, na tentativa de buscar soluções.  Visivelmente irritado e dizendo que se sentia agredido, Rands disparou: “Vou abrir tudo pra você. Se você descobrir que eu não roubei nenhum tostão daquele jornal, aí você me acha um comprador para aquela porcaria!”

Enquanto fundava seu discurso em números, contudo, o empresário mostrava indiferença ao  drama dos seus empregados, que sofrem com salários atrasados. Até agora, apenas 50% da segunda quinzena de fevereiro foi paga. Recolhimentos do FGTS e do INSS também estão retidos e, agora, não restam mais perspectivas nem de recebimento dos direitos trabalhistas acumulados ao longo dos anos. “Não sei se o senhor faz 50% da sua feira ou atrasa 50% do colégio do seu filho. O jornal acabou de contratar um novo executivo. Ele ganha salário ou é voluntário?”, provocou uma trabalhadora, lembrando a nomeação recente de Pierre Lucena como vice-presidente comercial da empresa.

Alexandre Rands

Presidente do Diário de Pernambuco, Alexandre Rands teve que dar explicações ao MPT-PE sobre o recorrente descumprimento de direitos trabalhistas pela empresa. Foto: Júlio Jacobina

“Existem pessoas aqui com mais de 20 anos de jornal. Todos construímos juntos a empresa, é o nosso patrimônio e nossa casa. É como se derrubassem a nossa casa e nós não tivéssemos nem a casa do vizinho para nos acolher”, definiu Cláudia Eloi, diretora do Sinjope.

Continua…

A SOCIEDADE DO FUX NÃO É "AQUELA" DA MARIELLE Senhores de escravos, especialistas de bancos e ministros supremíssimos ​são o povo!


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Em luminoso curso sobre “Democracia”, na Casa do Saber, a professora Marilena Chauí tratou de uma das características perversas do tal neolibelismo:
A supressão do ”público” e a prevalência do “privado”.
Com a financialização do Capitalismo, as sociedades voltam ao estado primitivo do despotismo, pré-Maquiavel.
Com a supressão do “público", observa-se também o enfraquecimento da opinião pública – a opinião pública é o direito ao uso público da razão, segundo Kant – com o controle dos meios de comunicação.
E os meios de comunicação oligopolistas elegem os substitutos dos eleitos pelos eleitores (sem trocadilho: eleitor é quem tem o direito e o poder de eleger, numa Democracia): os especialistas, os “doutores”, os senhores de escravos, os sinhozinhos, os “formadores de opinião” pública.
Que dizem o que interessa aos dominadores para dar a impressão aos dominados de que a voz dos dominadores é a voz de todos.
Isso só é possível com a seguida desmoralização das eleições, dos eleitos e dos processos de participação popular.
Nesse regime, qualquer tentativa de exigir direitos e, com isso, gerar conflitos é vista como perigosa e deve ser contida na porrada (veja o que os tucanos fazem com os professores em São Paulo e no Paraná).
(Chauí lembra que, segundo os preceitos originários do liberalismo, a Democracia é o único sistema que admite e convive com conflitos...)
Os “doutores” - um título de nobreza - são os Ataulphos, as Cegonhólogas, os economistas de bancos, os especialistas das agências de risco… e os ministros do Supremo!
São os ideólogos da apropriação do “público” pelo “privado”, especialmente dos “fundos públicos”!
Essa tosca reprodução das aulas da professora Chauí permite, porém, analisar duas declarações do Ministro Luiz Fux – aquele da filha que tem dois apartamentos no Leblon e recebe auxílio-moradia (Quer prova mais eloquente da apropriação do “público” pelo “privado”?).
Com a morte da Marielle – que vai, segundo o Mino, justificar a supressão da eleição, ou seja, da tentativa de o “público” retomar (parte, apenas) o que o “privado” abocanhou – o Ministro do auxílio-moradia disse, logo de manhã:
A morte da Marielle é uma prova do nosso “déficit civilizatório”.
É a arrogância vazia, pernóstica, agressiva da elite de classe média que se imagina “dona do poder”, embora não seja dona de nada!
Ela apenas dá voz ao que os verdadeiros donos – os bancos - querem que os pobres pensem que é o pensamento de todos.
Porém, o mais assustador estava por vir.
No Mau Dia Brasil, segundo anotação mortífera de navegante baiana:



O amigo navegante notou aos 3 minutos e 50 segundos a frase do Ministro auxílio-moradia:
A Mariella representava “aquela sociedade”!
“Aquela sociedade”!
A sociedade dos pobres e oprimidos, dos explorados, negros da favela, dos homossexuais!
Não é “aquela sociedade” do Leblon, do Ministro Fux, do Supremo de doutores supremíssimos!
“Aquela sociedade” da Mariella é o “público”.
Da negra pobre que se ligou aos movimentos comunitários, ao conjunto de sua sociedade oprimida, violentada, e estudou, conseguiu uma bolsa de estudos na PUC e fez mestrado em Administração numa universidade pública, a UFF.
Elege-se – eleita pelo povo do Rio! - vereadora e começa a luta para defender o interesse público – inclusive a integridade física das mulheres negras maltratadas pelo 41o Batalhão da PM, perto da favela miserável de Acari.
Não há exemplo mais nítido “daquela sociedade” do que a Marielle – a sociedade do “público” da professora Chauí.
Ela se opõe a “aquela sociedade” do auxílio moradia, a que governa em nome dos bancos.
E que se instalou no poder com o neolibelismo - e de lá não vai sair, graças ao “semipresidencialismo” do “doutor” Gilmar Mendes!
O neoliberalismo que começou no Chile do Pinochet e sobrevive nessa República Federativa da Cloaca.
Em que os Chicago Boys, discípulos diretos de Hayek e Friedman, foram substituídos pela mediocridade avassaladora do Pedro Malan Parente do FMI; do Goldfajn do Itaúúú (momentaneamente no Banco Central); e do vendedor de seguros, o Meirelles.
O Ministro Fux é apenas um dos “doutores”, dos novos senhores de escravos que, hoje, “governam” sem que tenham sido eleitos.
A professora Chauí conclui com a certeza que, no Brasil, a democracia não é possível!
O “público” será devidamente suprimido!
A bala de pistola 9mm de carregamento alongado.
Em tempo: note, amigo navegante, nessa “reportagem” do Mau Dia Brasil a intervenção inútil do Deputado Miro Teixeira. Ele não é do partido da Marielle e provavelmente nunca pisou na Maré. Mas, é um quadro orgânico da Globo. E, portanto, um especialista em enganar os pobres.
PHA

Deputado do DEM espalha calúnias sobre Marielle Franco


O deputado federal Alberto Fraga (DEM-DF) é coronel da reserva da Polícia Militar do Distrito Federal. Desde a execução a tiros da vereadora pelo PSOL do Rio de Janeiro Marielle Franco, Fraga vem usando as redes sociais para espalhar calúnias sobre a falecida.
Fraga inventou que a moça, que não pode  mais se defender, era ligada ao tráfico de drogas e que foi morta por contrariar bandidos. Além disso, também inventou que ela era ex-mulher de um traficante conhecido.
A vereadora do Rio de Janeiro Marielle Franco (PSOL) está sendo caluniada na internet. Enquanto muita gente lamenta a morte dela e tenta entender as circunstâncias do crime, outras pessoas começam a atacá-la e até, de certa forma, culpá-la pela morte.
A mensagem, com autoria anônima, se espalhou com muita força na internet. Mas será mesmo que Marielle Franco foi esposa do traficante Marcinho VP e engravidou dele aos 16 anos? A resposta é não. Para você entender tudo, vamos aos fatos.

Para começar, a mensagem tem algumas das principais características de boatos online: é vago, alarmista, tem erros de português. Só faltou o pedido de compartilhamento para “fechar o pacote”.
Eis os fatos: Marielle foi mãe aos 19 anos e não aos 16, como aponta a mensagem. Ou seja, a mensagem já começa com um erro.
O texto divulgado pelo deputado Alberto Fraga não especifica qual “Marcinho VP” (há dois traficantes famosos com esse nome) seria o ex-marido de Marielle.
Pessoas próximas à vereadora assassinada negam e explicam a farsa:
“Isso é um completo absurdo. Só pode ter sido escrito por alguém de muita má fé. Mas não tem nada a ver com os dois Marcinho VP”.
Para além da negativa, motivos “matemáticos” e “geográficos” que eliminam a hipótese do “casamento”.
Se estivermos falando de Márcio Amaro de Oliveira, traficante “dono” da favela Santa Marta, personagem do livro “Abusado” de Caco Barcellos e morto em 2003, não há muita lógica. A distância entre o Complexo da Maré (que Marielle se criou) e o Santa Marta é de 18 km. Seria difícil manter um casamento com essa distância. Márcio Amaro estava preso. Nos anos anteriores (como diz o livro de Barcellos) se refugiou longe do Rio (o que torna mais difícil ainda um relacionamento).
Se estivermos falando Márcio dos Santos Nepomuceno, a dificuldade de prisão é maior ainda. Ele era do Complexo do Alemão (distante 8 km da Maré). Porém, ele está preso desde 1997. Ou seja, não há como Marielle e Márcio do Santos terem sido “casados”. Ou, pelo menos, eles terem sido casados sem essa informação ter chegado à mídia.
Agora, se formos falar do deputado Alberto Fraga, aí há muita coisa confirmada a falar. Principalmente sobre o envolvimento dele com corrupção, conforme reportagem da Globo.

Fraga se tornou réu no Supremo Tribunal Federal, acusado do crime de concussão (cobrar vantagens indevidas em razão do cargo) quando era secretário de Transportes do Distrito Federal, no governo de José Roberto Arruda.
A Segunda Turma do STF recebeu de forma unânime a denúncia do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios. De acordo com o MP, entre julho e agosto de 2008, Fraga exigiu e recebeu 350 mil reais para confirmar a assinatura de contratos entre o governo do DF e uma cooperativa de transportes. Teria recebido os valores por intermédio de seu motorista, Afonso Andrade de Moura, também denunciado.
Esse indivíduo é só mais um da horda que vem tentando enlamear a memória de uma mulher admirada por todos os que a conheceram.

ENTREVISTA: Walter Borges confirma que vai disputar vaga na Câmara de Vereadores de Surubim


Walter: "O que eu já fiz por Casinhas, posso fazer
muito mais por Surubim"
(Foto: Charles Nascimento-Divulgação)
Da REDAÇÃO
charlesnasci@yahoo.com.br

O ex-vereador de Casinhas Walter Borges (PSD) foi o entrevistado do radialista Alan Lucena no programa "Plantão de Notícias", da Rádio Integração FM, na tarde deste sábado (17). Além de discorrer sobre sua trajetória política, Borges também não escondeu seu interesse em concorrer pra valer a uma vaga na Câmara de Vereadores de Surubim em 2020.

     

"Agora, é o seguinte: não venho para brigar e tirar votos de ninguém, muito menos pensando em ser o mais votado e tal, mas também se for pra fazer graça ou ser um 'papangu de palanque' eu não venho. Eu venho pra disputar uma eleição, não quero ser candidato em Surubim pra conquistar um mandato a todo custo. Na minha trajetória política, acumulei algumas derrotas e mais uma não me constrangeria, pois tenho plena consciência de que a decisão soberana pertence exclusivamente ao povo", disse o ex-parlamentar casinhense.

     

"Queria dizer que o que eu já fiz por Casinhas, posso fazer ainda muito mais por Surubim. E faço porque corro atrás. Se, no amanhã, Walter Borges for candidato a vereador de Surubim, espero que as pessoas votem pela 'doidiça' da capacidade que ele tem de trazer o melhor para esta cidade. Estou preparadíssimo para a luta", concluiu.
Walter Borges sendo entrevistado nos estúdios
 da Rádio Integração FM pelo comunicador
Alan Lucena (Foto: Charles Nascimento)

Sancionada lei contra abuso sexual de crianças e jovens atletas

  O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, sancionou a lei que estabelece diretrizes para prevenir e combater abusos sexuais co...