Como entender um povo que vota contra si mesmo e briga para ser Roubado?
Passei esses dias observando o que iria acontecer com o caos instaurado no Brasil e mantendo um fio de esperança que o Brasil pudesse acordar.Assistir calada a toda essa calamidade, o que é algo dificílimo para mim. Depois de nove dias de greve, abismada constatei que
grande parte do povo brasileiro é o mais idiota do mundo.
Vejam vocês amigos leitores que contradição:
O povo pede fora Temer e estão em pré- campanha para votar agora em outubro próximo, em alguns dos seu ministros que se licenciaram para concorrerem a vagas para senador e deputado federal;
Comerciantes chamam políticos de ladrões, mas 98% deles, subiram os preços de seus produtos, numa porcentagem superior até mesmo os aumentos de combustíveis. Eles podem acusar o Temer de corrupção?
Em países desenvolvidos é o contrário. Nos EUA por exemplo, quando há catástrofes, os donos de redes de supermercados diminuem o preço dos produtos, alguns vendem até a preço de custo, para ajudar a população a não morrer de fome.
No Brasil enquanto os caminhoneiros lutam para parar o país para que os governantes troquem a política de preços da PETROBRÁS para que os combustíveis não sejam cotados em dólar mas em moeda real ,que é o nosso dinheiro e o petróleo deveria ser nosso, uma multidão lotam os postos, brigam se ferem , se matam , para comprar gasolina com preços absurdos.
Como entender um povo que vota contra a si mesmo e briga para ser roubado?
É verdade que ninguém quer o caos. Eu não concordo com a paralisação de serviços essências, como hospitais, pois nenhum direito se sobrepõe à vida. Logo, materiais que garantem à saúde, a segurança, e aos animais vivos, devem ser liberados.
Se todo brasileiro saísse as ruas pedir fora TEMER , Parente e companhias, do jeito que saem ao carnaval e aos jogos da Seleção por todo país, o Temer já teria renunciado.
Mas grande número dos brasileiros, são medrosos, acomodados, e cegos diante a verdade.
Dilma foi impedida de governar há dois anos, fizeram todo tipo de artimanha e prenderam o Lula. Desde o dia do IMPEACHEMENT até hoje , um dia após outro a coisa só pirou.
Foram perdas de direitos trabalhistas,desemprego em massa, alta nos preços de tudo. Em fim, o Brasil virou um caos na mão desse governo ilegítimo e ainda há postagens e opiniões , culpando Dilma e Lula pela greve dos caminhoneiros.
Pior de tudo é perceber um Brasil sem rumos e sem esperança. Nosso líder maior, Lula da Silva, encarcerado em Curitiba, o Brasil sendo vendido a preço de banana em época da safra para o mercado internacional, e o Senhor Michel Temer, continua com sua arrogância extrema negando-se a renunciar. As aulas de História, foram esquecidas ou não frequentadas, por pessoas que não se dão conta do que estão pedindo. Quem pede a Ditadura Militar mais uma vez para calar as nossas vozes, para suportarmos a tortura, o pau de arara, a cadeira elétrica e milhares de mortes de inocentes.Não tem noção do que está pedindo.
Hoje assisti na TV uma mulher de cara pintada, bandeira do Brasil na mão,vestida de verde e pedindo a volta da Ditadura Militar. Quando o repórter lhe perguntou porque ela defendia a Intervenção e se ela conhecia a história da Ditadura? Ela respondeu que não. Então você está pedindo algo que não sabe o que é? indagou o jornalista. Ela respondeu sim. Porque eu quero um Brasil melhor.
Pobre inocente moça! Se ela não tivesse a oportunidade de assistir a uma boa aula de História , jamais ela envergonharia o Brasil.
Será que a culpa é dela? Claro que não. O sistema de exclusão social produz esse tipo de criatura alienada, que são milhares. Caso contrário, o senhor Jair Bolsonaro que votou no Golpe em memória do coronel mais cruel da Ditadura, o general ,
Carlos Alberto Brilhante Ustra , não seria o segundo colocado nas pesquisas de intenções de votos.
Perguntar não ofende: E você sabe o que é ditadura?
Como você avalia sua vida sob efeito de uma ditadura?
Pense nisso. Se não sabe, procure, pesquise, olhe imagens. Internet não é apenas para fazer fofocas e enviar nudis
é para se informar de maneira que lhe ajude a não pedir seu próprio mal.
Por Madalena França
Professora de História.