O aumento de 0,4% anunciado hoje pelo IBGE para o PIB do primeiro trimestre de 2018 vale exatamente o preço que o mercado está dando a ele nas primeiras horas de hoje: nada.
Porque não só é pouco, muito pouco, diante da fraca atividade econômica do país como já não reflete em nada a situação da economia, mesmo antes dos tumultos para ela criados pela paralisação dos transportes e pela crise política que ela detonou.
É um retrato de dois meses atrás, onde o Brasil aparecia anêmico mesmo antes de que sua saúde entrasse em parafuso.
Muito mais recentes, o Indicador de Incerteza da Economia, o Índice de Confiança Empresarial e o Índice Geral de Preços de Mercado, todos da Fundação Getúlio Vargas, refletem melhor o quadro atual.
E o que mostram é uma aceleração expressiva da inflação, certeza de que o dólar não voltará nem mesmo para perto dos patamares anteriores (neste momento, acaba de quebrar, de novo, a marca dos R$ 3,75) e que haverá retração no já esquálido consumo.
O buraco, que era profundo, está abrindo uma nova greta, cujo limite ainda não dá para ver.
Madalena França via Tijolaço.
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