O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva escreveu uma carta ao jornalista Mauro Lopes, apresentador do programa Paz e Bem. No texto, Lula responde uma correspondência de Lopes e fala da importância da espiritualidade e do humanismo em tempos de luta.
Leia a íntegra:
Querido irmão Mauro Lopes,
1º Recebi sua carta datada de 07 de 07/2019 já li e reli sua carta que vou guardar como um documento histórico.
2º Mauro de um grande abraço no amigo Pedro Lima de Vasconcelos, e diga que tenho acompanhado os cursos sempre que o Marcola me manda.
Assisti a palestra do Pedro em Olinda, assisti a perseguição do juiz contra Antonio Conselheiro, e assisti você preocupado em encontrar uma explicação para a divergência entre rezar e meditar e exercer uma militância exagerada.
3º Mauro temos que rezar, meditar e militar nos movimentos sociais tudo feito com o objetivo de encontrar motivação e prazer na nossa existência no planeta.
Mauro sem esquecer que a vida só tem sentido se cada ser humano fizer as coisas com amor, generosidade e muito senso de humanismo. Sem esquecer de cuidar com muito amor da sua família.
Mauro, o verdadeiro humanista está mais preocupado em doar do que receber. O importante é deitar a cabeça no travesseiro de consciência tranquila, porque fez o bem.
O seu dia está quase terminando. Mas ainda há tempo para dizer quão especial você é. Não esqueci das noites que dormia em minha casa para me acompanhar. Nossas risadas, suas perguntas curiosas, nossa amizade de anos atrás. O tempo nos levou uma para longe da outra. Mas para o coração não existe limites geográficos. Eles nos une em qualquer lugar do mundo por um sentimento chamado amizade. Deus lhe abençoe moça bonita ,divertida e especial. Todos que te tem por perto lhe quer bem. Um abençoado e Feliz aniversário! Paz, saúde, amor e muita luz em sua vida. Te quero muito bem.
Parece que mesmo os vereadores aliados dos caras do Bolsonaro, ficaram meio "cabreiros " de botar suas caras do lado de quem corta aposentadoria de pobres e remédios de doentes. Assisti ao vivo, e percebi que o tempo todo a primeira dama fazia caras e bocas como que, num gesto de inquietação, pois parecia que alguns vereadores estavam escondendo o rosto, com medo de serem vistos do lado de quem vota abertamente contra o povo. Hoje todo mundo tem TV. Assumir certas atrocidades é correr riscos. A população nas redes sociais hoje, mesmo de forma meio que secreta, batizou o vereador David do "carinha" dos caras que vota contra o povo. Rendeu muitos comentários e zombarias. Não vejo como nenhuma novidade. Ele sempre defendeu Aécio Neves na câmara de Orobó, sempre foi anti PT, e sempre votou contra direitos do povo de Orobó na câmara. Qual é a novidade nisso? Por que vocês estão assustados? Eu sempre avisei. Vocês que enxergaram tarde de mais! Por Madalena França.
O PSB enviou nesta terça (17) aos 11 deputados que descumpriram orientação do partido e votaram a favor da reforma da Previdência um comunicado no qual informa que eles serão processados individualmente e que podem ser expulsos.
Os parlamentares têm 10 dias para apresentar defesa.
Éramos 11 - Dirigentes do partido avaliam que, deste grupo, ao menos seis deputados devem ser expulsos.
A legenda vai aguardar o posicionamento dos parlamentares e a votação do segundo turno da reforma, mas tende a afastar em definitivo aqueles que descumpriram quase 100% de suas determinações, tanto no texto principal da Previdência como nos destaques. (Painel – FSP)
Mensagens apontam que Moro interferiu em negociação de delações
Conversas mostram divergência entre procuradores da Lava Jato sobre condições apresentadas pelo então juiz para aceitar acordo
Ricardo Balthazar, da Folha. Paula Bianchi, do The Intercept Brasil
Mensagens privadas trocadas por procuradores da Operação Lava Jato em 2015 mostram que o então juiz federal Sergio Moro interferiu nas negociações das delações de dois executivos da construtora Camargo Corrêa, cruzando limites impostos pela legislação para manter juízes afastados de conversas com colaboradores.
As mensagens, obtidas pelo The Intercept Brasil e examinadas pela Folha e pelo site, revelam que Moro avisou aos procuradores que só homologaria as delações se a pena proposta aos executivos incluísse pelo menos um ano de prisão em regime fechado.
A Lei das Organizações Criminosas, de 2013, que definiu regras para os acordos de colaboração premiada, diz que juízes devem se manter distantes das negociações e têm como obrigação apenas a verificação da legalidade dos acordos após sua assinatura.
O objetivo é garantir que os magistrados tenham a imparcialidade necessária para avaliar as informações fornecidas pelos colaboradores e os benefícios oferecidos em troca no fim do processo judicial, quando cabe aos juízes aplicar as penas negociadas se julgarem os resultados da cooperação efetivos.
As mensagens obtidas pelo Intercept mostram que Moro desprezou esses limites ao impor condições para aceitar as delações num estágio prematuro, em que seus advogados ainda estavam na mesa negociando com a Procuradoria.
Os diálogos revelam também que a interferência do juiz causou incômodo entre os integrantes da força-tarefa à frente do caso em Curitiba, que nessa época divergiam sobre a melhor maneira de usar as delações para dar impulso às investigações.
A indicação de Eduardo Bolsonaro para a embaixada do Brasil em Washington pode ser barrada pelo STF (Supremo Tribunal Federal).
Ministros já discutem entre si sobre a inconstitucionalidade da decisão de Jair Bolsonaro de escolher o próprio filho para o cargo. Um embaixador, na visão deles, representa o Brasil e não a pessoa do presidente.
A súmula que permite à autoridade nomear parentes para o exercício de cargo de natureza política, portanto, não se aplicaria ao caso.
Em duas decisões de 2018, por exemplo, um dos magistrados escreveu que mesmo escolhas de parentes para cargos políticos devem ser vetadas quando há “manifesta ausência de qualificação técnica” do indicado. Ou de idoneidade moral.
O ministro Marco Aurélio Mello já se manifestou publicamente contra a decisão de Bolsonaro.
Magistrados como Gilmar Mendes, Celso de Mello, Ricardo Lewandowski e Edson Fachin estariam entre os que tendem a examinar com rigor a decisão do presidente. (Mônica Bergamo – Folha de S.Paulo)
Está sendo velado, nesta manhã, no cemitério Morada da Paz, o corpo de Mauro Campos, último irmão que ainda estava vivo do escritor Maximiano Campos, pai do ex-governador Eduardo Campos e do presidente da Fundaj, Antônio Campos.
Mauro Campos, 86 anos, era agrônomo, casado com Solange Bivar e muito querido pela família. Deixará saudades.
O presidente Jair Bolsonaro confirmou, ontem, que o governo vai autorizar o saque de recursos depositados nas contas do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). A expectativa é que cerca de R$ 30 bilhões sejam liberados para estimular o consumo. Estão sobre a mesa duas possibilidades.
Uma delas seria permitir apenas a retirada das contas inativas, como já ocorreu no governo Michel Temer. A outra seria liberar também uma parte do que está nas contas ativas do Fundo. Neste caso, os trabalhadores poderiam sacar anualmente os recursos, na data do aniversário.
O dinheiro do FGTS se somaria a uma liberação que o governo também quer fazer nas contas do PIS/Pasep, de cerca de R$ 20 bilhões, chegando a uma injeção total de R$ 50 bilhões para turbinar a economia.
A expectativa é que o presidente bata o martelo sobre as regras para o Fundo de Garantia ainda hoje.
Entenda o passo a passo da Nova Política no Brasil e o que está acontecendo em todas as cidades pequenas da região .
As ações políticas de Bolsonaro é toda para ajudar, os ricos, os bancos, os fazendeiros ruralistas, os grandes empresários, a classe dos militares, seus filhos, e os 5% mais rico do país. Na política de Bolsonaro não tem lugar para os pobres. É a política do Tiro tudo do pobre para favorecer os ricos.
Corte de Aposentadorias de deficientes- redução de pensão de viúvas pela metade, liberação de mais de 100 venenos para leguminosas, frutas e hortaliças, desmatamento desenfreado da Amazônia, venda das riquezas do Brasil ao estrangeiro e uma série de barbaridades que prejudicam o Brasil e o mundo democrático.
Como convencer deputados e Senadores a fazer tanta maldade? Na base da compra de Apoio.
Não só em Orobó, mas as cidades vizinhas também estão recebendo Ambulâncias, Tratores, Dinheiro para reformas em hospitais e Escolas.
O problema é que cada um desses deputados recebeu 40 milhões, para "Matar" o povo de fome, sem aposentadoria, sem remédio e sem apoio a Educação.
Para que não haja uma Revolução armada no Brasil, como na França de 1789 ,onde a população foi para as ruas armada de foice, espada, pau e etc
os deputados tentam acalmar o povo com essas Migalhas que trazem aos municípios.
Pense bem o que serão 20 ou 30 ambulâncias diante de 40 Milhões que eles receberão? O pobre não sabe e bate palmas. Acha que estar recebendo um benefício. Mas as custas de quê?
Tiro os remédios gratuitos do SUS e dou uma ambulância? O prefeito de Orobó ainda debochou dizendo que tem ar condicionado no lugar que carrega os pacientes. Provavelmente triplicará de agora para frente os mortos. Ou Chaparral, defunto não precisam de ar condicionados. Eles já são gelados.
Trator para quê? Plantar capim nas terras dos ruralistas, porque o pobre que teve sua aposentadoria cortada, não tem terra para remover.
Não é vergonhoso aquela velinha que estava no palco, bater palmas para o senador e o deputado. Ela não sabe as consequências de tudo isso. Mas é cafajeste, imundo, repugnante professores que tiveram seu tempo de trabalho aumentados depois de muito rebuliço de 50 para 57 anos, viu dinheiro das universidades e do Ensino básico serem cortados por essa gente, bater palmas para sua própria desgraça.
Pegue como exemplo a Secretária de Ação Social de Orobó. Ela é professora de profissão e jovem, quantos anos ela terá que trabalhar até completar 57 anos? O problema dessa gente é achar que Chaparral será eterno em Orobó. Que irá manter suas regalias a vida inteira. Quero ver bater palmas é quando estiverem com até mais de 60 anos dando aulas.Como ela, tem outras dezenas de traidores da sua própria classe . Talvez acreditem na teoria do Ministro da Educação que a Terra é plana. Mas ela é redonda e o mundo gira.
Segue abaixo a lista dos deputados pernambucanos que contribuíram para a morte dos miseráveis e estão levando aos municípios ambulâncias com ar condicionado para carregar os defuntos! É muita hipocrisia!
Não é exagero falar de Morte. Com o corte nas aposentadorias a renda vai minguar, com fome, se adoece mais, sem dinheiro não se compra remédios, sem remédios; doente e faminto se morre ligeirinho! É um plano arquitetado para matar o povo pobre.
Somente dos que já foram votados em Orobó: Temos Fernando Bezerra, André de Paula, Ricardo Teolbaldo.
Procure saber também quem não votou contra você.
João Campos, Marília Arraes, Danilo Cabral, Carlos Vera, Túlio Gadelha e outros. Para esses, é que devemos bater palmas.( Eu acho que Carlos Vera deve ter muita vergonha de Olhar hoje, para seu Zé Francisco e alguns que dizem sindicalistas em Orobó ) e se reúnem junto com FBC para convencer o povo que ser escravizado é bom!
Mensagens privadas trocadas por procuradores da Operação Lava Jato em 2015 mostram que o então juiz federal Sergio Moro interferiu nas negociações das delações de dois executivos da construtora Camargo Corrêa, cruzando limites impostos pela legislação para manter juízes afastados de conversas com colaboradores.
As mensagens, obtidas pelo The Intercept Brasil e examinadas pela Folha e pelo site, revelam que Moro avisou aos procuradores que só homologaria as delações se a pena proposta aos executivos incluísse pelo menos um ano de prisão em regime fechado.
A Lei das Organizações Criminosas, de 2013, que definiu regras para os acordos de colaboração premiada, diz que juízes devem se manter distantes das negociações e têm como obrigação apenas a verificação da legalidade dos acordos após sua assinatura.
O objetivo é garantir que os magistrados tenham a imparcialidade necessária para avaliar as informações fornecidas pelos colaboradores e os benefícios oferecidos em troca no fim do processo judicial, quando cabe aos juízes aplicar as penas negociadas se julgarem os resultados da cooperação efetivos.
As mensagens obtidas pelo Intercept mostram que Moro desprezou esses limites ao impor condições para aceitar as delações num estágio prematuro, em que seus advogados ainda estavam na mesa negociando com a Procuradoria.
Os diálogos revelam também que a interferência do juiz causou incômodo entre os integrantes da força-tarefa à frente do caso em Curitiba, que nessa época divergiam sobre a melhor maneira de usar as delações para dar impulso às investigações.
No dia 23 de fevereiro de 2015, o procurador Deltan Dallagnol, chefe da força-tarefa, escreveu a Carlos Fernando dos Santos Lima, que conduzia as negociações com a Camargo Corrêa, e sugeriu que aproveitasse uma reunião com Moro para consultá-lo sobre as penas a serem propostas aos delatores.
“A título de sugestão, seria bom sondar Moro quanto aos patamares estabelecidos”, disse Deltan.
As mensagens indicam que o procurador temia, além da reação do juiz, os danos que a Lava Jato sofreria se os benefícios concedidos aos executivos fossem vistos pela opinião pública como excessivos.
Na avaliação de Carlos Fernando, o mais importante naquele momento era que as informações obtidas com os delatores da Camargo Corrêa abririam frentes de investigação novas e promissoras, e isso justificava a proposta de redução das penas previstas para seus crimes.
“O procedimento de delação virou um caos”, disse Carlos Fernando ao responder à mensagem de Deltan. “O que vejo agora é um tipo de barganha onde se quer jogar para a platéia, dobrar demasiado o colaborador, submeter o advogado, sem realmente ir em frente”, acrescentou.
Para Carlos Fernando, era preciso pensar no longo prazo, além do acordo com a Camargo Corrêa. “Não sei fazer negociação como se fosse um turco”, disse. “Isso até é contrário à boa-fé que entendo um negociador deve ter. E é bom lembrar que bons resultados para os advogados são importantes para que sejam trazidos novos colaboradores.”
Embora a lei garanta ao Ministério Público autonomia para negociar, Deltan achava arriscado desprezar a opinião de Moro e queria que o colega desse mais atenção ao juiz. No dia 25, o chefe da força-tarefa voltou a manifestar sua preocupação.
“Vc quer fazer os acordos da Camargo mesmo com pena de que o Moro discorde?”, perguntou a Carlos Fernando. “Acho perigoso pro relacionamento fazer sem ir FALAR com ele, o que não significa que seguiremos.”
“Podemos até fazer fora do que ele colocou (quer que todos tenham pena de prisão de um ano), mas tem que falar com ele sob pena de ele dizer que ignoramos o que ele disse”, acrescentou.
As mensagens são reproduzidas tal qual aparecem nos arquivos obtidos pelo Intercept, mantendo eventuais erros de digitação e normas da língua portuguesa.
A opinião de Moro foi respeitada. Com a assinatura dos acordos, dois dias depois, ficou acertado que os dois executivos da Camargo Corrêa, Dalton Avancini e Eduardo Leite, que estavam presos em Curitiba em caráter preventivo havia quatro meses, sairiam da cadeia com tornozeleiras e ficariam mais um ano trancados em casa.
Os delatores deram informações sobre o cartel organizado pelas empreiteiras para fraudar licitações da Petrobras, admitiram o pagamento de propina a políticos e dirigentes da estatal e revelaram desvios na construção da usina nuclear Angra 3 e em outras obras do setor elétrico.
Foi a primeira vez que executivos de uma das maiores empreiteiras do país admitiram a prática de corrupção, abrindo caminho para que outros fizessem o mesmo nos meses seguintes. A Odebrecht e a Andrade Gutierrez decidiram colaborar com a Lava Jato em 2016.
A Camargo Corrêa também foi a primeira das grandes empreiteiras a assinar um acordo de leniência com os procuradores, em agosto de 2015. A empresa se comprometeu a pagar multa de R$ 700 milhões para se livrar de ações judiciais e poder voltar a fazer negócios com o setor público.
Na audiência em que homologou os termos da delação de Avancini, em fevereiro, Moro afirmou que seus depoimentos acrescentaram pouco ao que os investigadores já sabiam e foram omissos sobre casos que eram objeto de ações judiciais em outros estados.
“É possível que o acusado em questão desconheça esses fatos”, afirmou o juiz, de acordo com o termo da audiência. “Entretanto, também é possível que não tenha sido totalmente verdadeiro.” Após ouvir apelos de Carlos Fernando e da defesa de Avancini, Moro decidiu homologar a delação.
Para dois advogados que acompanharam as negociações com a Camargo Corrêa e seus executivos nessa época, não há dúvida de que Moro ignorou os limites da lei ao impor pena mínima como condição para homologar os acordos dos delatores e, depois, ao questionar o conteúdo dos depoimentos de Avancini.
Os advogados consultados pela Folha disseram que dificilmente os executivos da Camargo Corrêa teriam aceitado cooperar com a Lava Jato sem ter alguma garantia de que os acordos receberiam o aval do juiz, segurança que só foi possível obter com as conversas que os procuradores tiveram com Moro durante as negociações.
Em julho de 2015, Moro condenou Avancini e Leite pelos crimes de corrupção ativa e lavagem de dinheiro, num processo que tratava da corrupção na Petrobras. Na sentença, reconheceu a relevância das informações fornecidas pelos delatores e aplicou as penas acertadas pelo Ministério Público com eles.
As mensagens analisadas pela Folha e pelo Intercept indicam que, com o tempo, a interferência do juiz passou a ser vista com naturalidade pelos procuradores. Isso ficou claro em agosto de 2015, quando o caso de Avancini foi lembrado num grupo do Telegram que reunia integrantes da força-tarefa de Curitiba e da Procuradoria-Geral da República.
“Moro tem reclamado bastante, mas ao final sempre concorda com a nossa proposta”, escreveu o procurador Paulo Roberto Galvão, de Curitiba, ao responder a um colega que perguntou sobre casos em que o juiz teria rejeitado acordos de delação por considerar fracas as provas apresentadas.
Galvão acrescentou que Moro tinha implicado recentemente com outro colaborador, o ex-gerente da Petrobras Eduardo Costa Vaz Musa, mas outro membro da força-tarefa, Orlando Martello, disse que o problema estava sendo resolvido. “Estão reforçando os depoimentos para superar a questão, mas ainda não foi homologado”, escreveu.
Seis meses depois, quando um terceiro executivo da Camargo Corrêa, João Ricardo Auler, fechou acordo de delação premiada e era preciso decidir em que instância ele seria submetido a homologação, Deltan consultou Moro.
“Vejo vantagens pragmáticas de homologar por aqui, mas não quisemos avançar sem sua concordância”, disse o procurador.
Moro respondeu que era indiferente à questão, mas queria saber os termos do acordo com o empreiteiro mesmo assim. “Para mim tanto faz aonde. Mas quai foram as condicoes e ganhos?”, perguntou ao chefe da força-tarefa no Telegram. “Vou checar e eu ou alguém informa”, respondeu Deltan.
Dalton Avancini e Eduardo Leite foram condenados por Moro a 16 anos e 4 meses de prisão. Graças aos benefícios obtidos com a delação, cumpriram um ano de prisão domiciliar em regime fechado e mais dois em regime semiaberto, com recolhimento obrigatório à noite e nos finais de semana.
Moro homologou o acordo de Eduardo Musa em setembro de 2015.