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terça-feira, 27 de fevereiro de 2018

Precisamos falar sobre “educacionismo” e preconceitos implícitos


Redação Pragmatismo
EDUCAÇÃO26/FEB/2018 ÀS 12:34COMENTÁRIOS

O que é “educacionismo”, preconceito muitas vezes ignorado. Novo relatório do Jornal de Psicologia Social Experimental cunhou o termo e, pela primeira, vez encontrou evidências claras do que muitos suspeitam há tempos: pessoas educadas têm preconceitos implícitos em relação às menos educadas

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Na primeira vez que pisou em um campus universitário, Lance Fusarelli se sentiu cercado de pessoas que pareciam saber mais do que ele – sobre a sociedade, gracejos sociais e “tudo que era diferente“.

Ele atribui essas diferenças à sua bagagem cultural. Fusarelli não cresceu na pobreza, mas em uma cidade de operários em uma pequena área rural em Avella, na Pensilvânia (EUA). Foi o primeiro de sua família a chegar à universidade – sua mãe engravidou e teve que deixar a escola, enquanto seu pai foi trabalhar em uma mina de carvão ainda na adolescência. Viveu em um ambiente onde poucos continuaram estudando além do ensino médio.
Funcionou para ele, que agora é altamente escolarizado – atua como professor e diretor de programas de pós-graduação na Universidade Estadual da Carolina do Norte. Às vezes se lembra de como se sentia naqueles dias, quando um colega inocentemente corrigia sua gramática imperfeita.
Ele não estava sendo cruel, éramos bons amigos, ele apenas cresceu em um ambiente diferente“, diz. “Às vezes eu não vou falar como um acadêmico. Eu tendo a usar uma linguagem mais popular.”
Por mais que Fusarelli tenha galgado os degraus da academia apesar de seu contexto, suas experiências mostram a divisão social que pode existir na educação. Aqueles menos educados devido a seu contexto de desvantagem eles encaram um preconceito sutil, mas disseminado.
Um novo relatório do Jornal de Psicologia Social Experimental cunhou o termo “educacionismo” e pela primeira vez encontrou evidências claras do que o professor e muitos outros suspeitam há tempos: pessoas educadas têm preconceitos implícitos em relação às menos educadas.
E isso tem consequências ruins e não intencionais que muitas vezes aumentam a diferença entre ricos e pobres.
É um problema de “nível de sociedade” que cria uma divisão significativa, diz Toon Kuppens, da Universidade de Groningen, na Holanda, parte do time que criou o termo. “Precisamos falar a respeito.”

‘Racismo da inteligência’

A ideia de que as pessoas julgam as menos escolarizadas não é nova.
Nos anos 1980, o sociólogo francês Pierre Bourdieu chamou isso de “racismo da inteligência (…) da classe dominante“, que serve para justificar sua posição na sociedade.
Bourdieu apontou para o fato de que o sistema de educação foi inventado pelas classes dominantes com conhecimento da classe média e testes com questões como método de avaliação.
A educação também parece dividir a sociedade de muitas maneiras.
Níveis mais altos de escolaridade estão ligados a uma renda maior, mais riqueza e bem-estar e níveis mais elevados de empregabilidade.
O status educacional também revela divisões políticas. Aqueles com níveis mais baixos de qualificação tinham uma tendência maior de votar pela saída do Reino Unido da União Europeia, por exemplo. Um relatório concluiu que o nível de educação teve um papel mais importante para o Brexit do que idade, gênero ou renda.
Apesar desse antigo entendimento, a existência de um preconceito educacional tão forte raramente é discutido diretamente, diz Kuppens, apesar de haver muitos estudos sobre preconceitos de gênero, etnia e idade.
Para lidar com esse problema, Kuppens e seus colegas criaram vários experimentos para entender a atitude das pessoas em relação a educação.
Eles perguntaram aos participantes diretamente quão positiva e cordialmente eles se sentiam em relação aos outros, mas também foram questionados indiretamente ao descrever os empregos de várias pessoas assim como sua bagagem educacional, que os participantes tinham que avaliar positiva ou negativamente.
Os resultados foram evidentes – pessoas com níveis altos de educação foram mais apreciadas, tanto por pessoas com baixo e alto nível de escolaridade. E os participantes mais educados não eram “naturalmente mais tolerantes” do que os menos educados, como se acredita comumente, diz Kuppens.
Além disso, ele disse que uma das razões da existência desse preconceito é que o nível de educação é de alguma forma percebido como algo que as pessoas podem controlar. “Nós estamos avaliando as pessoas – dando a elas atitudes positivas e negativas – apesar de sabermos que na verdade elas não podem ser culpadas pelo seu baixo nível de escolaridade.”

Psicologia da pobreza

A razão pela qual as pessoas não podem ser culpadas por níveis baixos de educação é sua ligação com a pobreza.
Pessoas que vêm de contextos mais pobres rapidamente ficam atrás de seus colegas na escola e poucos adolescentes menos privilegiados chegam à universidade.
Está ficando claro agora que há motivos complexos para isso – particularmente que a pobreza afeta o processo diário de tomada de decisões de maneiras anteriormente não previstas.
Jennifer Sheehy-Skeffington, da universidade britânica London School of Economics, diz que uma falta de recursos é “psicologicamente constritiva“. Há também uma sensação de estigma e vergonha que gera baixa autoestima, um padrão que ela diz ser mais provável em sociedades com ideologias meritocráticas, nas quais a conquista de um indivíduo é vista como sendo baseada principalmente em inteligência e trabalho duro.
A pobreza afeta até o processo de tomada de decisões. Em um estudo revelador, Sheehy-Skeffington dividiu aleatoriamente participantes de classe média em diferentes grupos – alguns foram informados de que estavam apresentando resultados insatisfatórios na sociedade, enquanto outros ouviram que eram bem-sucedidos. Os que ouviram que eram “pessoas de baixo status” tomaram decisões financeiras piores, assim como tiraram notas mais baixas em tarefas cognitivas básicas.
Isso significa que as habilidades cognitivas das quais você precisa para tomar boas decisões financeiras não estão disponíveis quando você está enfrentando o estresse de perceber que seu desempenho é pior que o dos outros“, diz ela.
Não é que os processos mentais sejam interrompidos, mas que as pessoas estavam mais focadas na ameaça atual de seu status do que em se concentrar nas tarefas dadas.

Controle do futuro

Em sua análise sobre a psicologia da pobreza, Sheehy-Skeffington descobriu que as pessoas com baixa renda têm um senso menor de controle em relação à vida futura.
Se você acha que você não pode controlar seu futuro, faz sentido investir a quantidade limitada de energia ou dinheiro que você tem para melhorar sua situação presente“, diz.
Trabalhos como o dela revelam um ciclo que é difícil de quebrar: performances em tarefas mentais são prejudicadas quando há restrições financeiras. E uma vez que essas restrições existem, a habilidade de planejar o futuro e tomar boas decisões também é negativamente afetada.
Isso claramente afeta o sistema educacional. Os que vivem no presente têm menos incentivo de ir bem na escola ou se planejar para continuar os estudos.
Uma equipe de pesquisadores vai ainda mais além, no entanto, argumentando que o sistema educacional é “motivado a manter o status quo” – no qual as crianças de pais altamente educados vão para a universidade enquanto crianças com menos contato com a educação fazem treinamentos profissionais ou viram jovens aprendizes.
Isso foi sublinhado em um estudo de 2017 feito pelo psicólogo social Fabrizio Butera, da Universidade de Lausanne, na Suíça. Sua equipe apontou que os “examinadores” davam pontuações mais baixas quando eram informados de que os alunos eram de um contexto menos privilegiado.
É como se eles achassem que uma criança de um contexto mais baixo não devesse estar naquele caminho e, portanto, eles de fato dificultam suas perspectivas em termos de continuar os estudos“, diz Butera. “Perpetuar o status quo é uma forma de manter o privilégio que essas classes têm.
E até mesmo quando pessoas de classes mais baixas chegam à educação superior, elas geralmente tendem a “descartar as partes originais de sua identidade para se tornar flexíveis socialmente“, diz Erica Southgate, da Universidade de Newcastle, na Austrália.
Ela estudou os estigmas enfrentados por pessoas que são as primeiras de sua família a chegar à educação superior. Descobriu que em áreas como medicina há uma suposição predominante dos colegas de que todos vêm de um contexto social parecido.
Não era tanto sobre estigma, mas sobre os males escondidos das classes sociais que continuavam a aparecer – as pessoas tinham que ficar se explicando.”

Notas, notas e notas

Então o que poderia ajudar a acabar com a divisão na educação? Uma ideia é que diferentes tipos de teste de pontuação poderiam ajudar.
Em vários estudos, a equipe de Butera apontou que dar às crianças notas em testes pode na verdade reduzir a motivação e a performance em raciocínio e tomada de decisões. Mas se não há notas, cai a competição social, o que sabemos que geralmente afeta a performance negativamente, como revelou o estudo de Sheehy-Skeffington.
Se um feedback detalhado sobre como melhorar é dado em vez de simples notas, isso ajuda a “focar na avaliação como uma ferramenta para a educação“, em vez de uma simples avaliação para seleção, diz Butera. Em outras palavras, as crianças aprendem a aprofundar seu conhecimento, em vez de aprender a ir bem em testes.
Nosso time mostrou que uma solução viável é criar um ambiente em sala de aula no qual a avaliação é parte do processo de aprendizagem“, acrescenta. “Isso parece reduzir desigualdades sociais de classe e gênero e promover uma cultura de solidariedade e cooperação.”
Algumas escolas alternativas dão menos ênfases às provas, como os colégios que seguem os métodos MontessoriSteiner e Freinet, enquanto na Finlândia não há testes padronizados nas escolas primárias.
Mas esses exemplos são a minoria – e não agradam a todos. Muitos pais querem ver notas e, sem elas, pode ser difícil saber como as crianças estão indo.
Aqui na Suíça eles aboliram as notas em um lugar, mas houve um retorno devido sobretudo a pais que de repente não conseguiam saber como suas crianças estavam indo na escola“, diz Butera.
Para Fusarelli, o mais importante para ambos pais e professores é esperar o melhor das crianças quando pequenas para reforçar a ideia de que “eles podem fazer isso e serem bem-sucedidos“. “Se você tem baixas expectativas, as crianças vão adotar esse nível de expectativas“, diz ele.
Um estudo até apontou que estudantes de baixa renda vão pior quando professores esperam que eles irão mal em matemática, leitura e vocabulário. “É por isso que dizemos a estudantes de baixa renda para ‘confiar em sua habilidade e acreditar que você pertence a este lugar’.
É claro que preconceitos no sistema educacional não sumirão da noite para o dia. O pior é que a maioria de nós não perceberá que esses preconceitos existem. A atitude meritocrática de que os que trabalham duro vão sair bem-sucedidos ainda é generalizada, apesar das evidências mostrarem que há muitos outros fatores que estão fora do controle da pessoa que podem atrapalhar seu potencial.
E, infelizmente, são os mais educados, e que deviam ser sensíveis à discriminação, que podem se beneficiar – muitas vezes sem saber – da desigualdade que eles ajudaram a criar.

segunda-feira, 26 de fevereiro de 2018

A menininha e o bicho-papão


love
Amor, ironicamente, está escrito na camiseta, apenas.
No resto é espanto, destes que faz a gente torcer as mãos, só para ter uma mão qualquer que segure a nossa na hora do medo, ainda que, por falta de outra, seja a mão de nós mesmos.
Não sei seu nome, mas não importa. Mesmo pequeninos na imagem, seus olhos contam tudo, falam da história de três anos de vida numa quase ruína, num quase escombro, o único castelo de princesa que já conheceu.
Menininha, como fazer para não ouvir, ao te ver, os versos do Vinícius…
Menininha, que graça é você/Uma coisinha assim/Começando a viver/Fique assim, meu amor/Sem crescer/Porque o mundo é ruim, é ruim e você/Vai sofrer de repente/Uma desilusão/Porque a vida é somente/Teu bicho-papão
O bicho-papão vem assim, sem reparar que se veste de verde – que é a cor com que se desenha os monstros -, que usa máscara para que você  não veja que são gente fantasiada, os clóvis, os bate-bola de um carnaval mórbido e tardio, que percorre as vielas de teu mundo, mundo da favela, onde você teima em brotar, como uma flor sem nome, mas com esse rosa – e rosa-choque! –  para gente que não mais se choca.
Não, menina, a cena que te assusta não será revivida em divãs, não será tema de séries “cult”, não terá um pintor que a retrate, que nem mesmo valerá uma crônica senão esta, pobre e limitada, que é só o que posso te dar.
Posso apenas te prometer, talvez falsamente, que há gente que ainda tem escrito no peito o que você tem: love. Em inglês, português, em árabe, em francês , em sânscrito, em hebreu, em qualquer língua do esperanto que é a humanidade.
E que não tem, nem nunca terá medo do bicho-papão que faça te abandonar, sozinha, a torcer as mãozinhas.
PS. A foto vai sem crédito porque não o achei, e ao autor anônimo aplaudo a delicadeza. 
 

PGR é favorável a prorrogar inquérito contra Temer


A procuradora-geral da República, Raquel Dodge, se manifestou de forma favorável à prorrogação do inquérito que investiga se Michel Temer favoreceu a empresa Rodrimar, que atua no Porto de Santos; ela respondeu a um pedido feito pelo ministro Luís Roberto Barroso, relator do caso no STF; a Polícia Federal pediu mais 60 dias para investigar o caso

247 – A procuradora-geral da República, Raquel Dodge, se manifestou de forma favorável à prorrogação do inquérito que investiga se Michel Temer favoreceu a empresa Rodrimar, que atua no Porto de Santos.
Ela respondeu a um pedido feito pelo ministro Luís Roberto Barroso, relator do processo dos portos no Supremo Tribunal Federal. A Polícia Federal pediu mais 60 dias para investigar o caso.
Raquel Dodge também pede ao STF, no mesmo documento, que emita ordem judicial para o diretor-geral da Polícia Federal, Fernando Segovia, se abster de “qualquer ato de ingerência” sobre o inquérito, sob pena de afastamento do cargo.
Outras fontes: Globo

Mãe de criança que nasceu com 2 sexos luta para trocar nome de menino


Criança era chamada por nome feminino, tinha cabelos longos e usava vestimentas de menina, até que exame apontou tratar-se geneticamente de um menino

Mãe de criança que nasceu com 2 sexos luta para trocar nome de menino
Notícias ao Minuto Brasil
17:50 - 25/02/18 POR NOTÍCIAS AO MINUTO
BRASIL AMBIGUIDADE GENITAL
Um menino de 3 anos que nasceu com dois sexos foi registrado como menina antes da mãe descobrir a ambiguidade genital. A mãe, uma dona de casa de 45 anos, moradora do Acre, luta para alterar o nome do filho na certidão de nascimento.
Como explica o G1, a criança era chamada pelo nome feminino, tinha cabelos longos e vestimentas de menina até os dois anos de idades. Em agosto de 2017, a mãe teve acesso ao resultado do exame cariótipo – que analisa a quantidade e a estrutura dos cromossomos em uma célula –, que apontou que a criança é geneticamente um menino.
Agora, ela luta na justiça para alterar o nome do menino na certidão de nascimento. Segundo ela, a criança passou por consultas sociais e psicológicas, além de ter ido a uma geneticista, que fez um relatório explicando a situação ao juiz.
“A médica analisou o exame que saiu em agosto do ano passado e constatou que ele pertence ao sexo masculino. Emitiu um laudo sugerindo que ele pudesse trocar de nome. Diante disso, ela pediu novos exames para ter uma visão mais ampla dos órgãos internos, mas, devido ao atendimento público, o menino não consegue fazer, porque precisa estar com a bexiga cheia e a criança não consegue segurar”, explica o presidente da Comissão de Diversidade Sexual da Ordem dos Advogados do Brasil no Acre (OAB-AC), Charles Brasil.
O advogado pretende encontrar o juiz nesta semana para despachar o processo e explicar a situação.
Enquanto aguarda a liminar, a dona de casa precisou matricular a criança na creche com nome de menina. “Estou triste porque matriculei ele com nome de menina, mas não tinha outro jeito. Vai ter que ser assim até eu conseguir mudar o nome dele. Inclusive, vou acionar o MP para pedir uma mediadora para ele, porque não quero que pessoas diferentes deem banho nele. Quero uma pessoa que acompanhe ele de perto e para conversar com a direção da escola para que ele seja tratado como menino”, explicou.

Os partidos políticos do Brasil de hoje: PPF e PPGR


golcontra
Não tenho, por evidente, razões para defender o Sr. Jaques Wagner, até porque não se tem muitas informação sobre as acusações que lhe fazem.
Menos ainda aos irmãos Batista ou aos maiores prejudicados por suas denúncias, Michel Temer e Aécio Neves.
Mas está evidente que é a política que está mandando na ação tanto da Polícia Federal quanto na Procuradoria Geral da República.
Não lhes ficaria mal, do jeito que as coisas vão, faz tempo e cada vez mais, de Partido da Polícia Federal – que, aliás, assume estar se movimentando para eleger uma “bancada” na Câmara – e de Partido da Procuradoria Geral da República.
No caso de Wagner, parece haver muito pouco de concreto. Apegam-se a relógios que, se não lhe louvo o gosto, parecem ser muito pouco para algo que não seja fazer escândalo.
O “superfaturamento” das obras no estádio também ficou no terreno da vaguidão, pois é um contrato de contrapartidas de 15 anos e dificilmente haveria “propinas” adiantadas nos valores que se menciona.
O caso do estádio vem sendo investigado há anos, a delação da Odebrecht é velha e haveria tempo mais que suficiente para serem apresentadas provas.
Se não existem, a ação policial tem toda a característica de política. Afinal, como explicar que não se use o critério de “busca e apreensão”  – e queriam a prisão, até! – contra personagens de outra plumagem, como o tal “Paulo Preto”?
No caso da anulação da delação dos irmãos Batista, a coisa tem mais jeito de um drible de futebol, quando o movimento para um lado serve para se passar pelo outro.
Primeiro, a delação justificava tudo, inclusive o perdão e a vida no exterior.
Agora, será anulada, quase que certamente, porque um procurador a facilitava.
Ocorre que, invalidada, a delação extinta terá um imenso potencial de anular as provas que com ela vieram, por mais ginástica que façam a fim de que elas prevaleçam valendo.
Se as provas foram obtidas pelo acordo de delação ilícito, juridicamente passam a ser ilícitas.
“Ninguém pode ser investigado, denunciado ou condenado com base, unicamente, em provas ilícitas, quer se trate de ilicitude originária, quer se cuide de ilicitude por derivação (…). A doutrina da ilicitude por derivação (teoria dos ‘frutos da árvore envenenada’) repudia, por constitucionalmente inadmissíveis, os meios probatórios, que, não obstante produzidos, validamente, em momento ulterior, acham-se afetados, no entanto, pelo vício (gravíssimo) da ilicitude originária, que a eles se transmite, contaminando-os, por efeito de repercussão causal” (…) “qualquer novo dado probatório, ainda que produzido, de modo válido, em momento subsequente, não pode apoiar-se, não pode ter fundamento causal nem derivar de prova comprometida pela mácula da ilicitude originária” (STF, RHC 90.376/RJ, j. 03.04.2007, rel. Min. Celso de Mello).
Só poderia haver aproveitamento das provas se elas tivessem sido obtidas por meio autônomo, sem qualquer ligação com o acordo de colaboração, o que evidentemente não é o caso nem das gravações das malas de Rocha Loures, nem das gravações das malas destinadas a Aécio Neves.
Para ficar no futebol, parece uma nova leitura do que dizia Dario, o Dadá Maravilha: “fiz que ia, não fui e acabei não fondo“.


Globo chegou na casa de Jacques Wagner antes da PF, denuncia governador da Bahia


A TV Bahia, afiliada da Rede Globo no estado, é de propriedade da família do prefeito de Salvador, ACM Neto
O governador da Bahia, Rui Costa, denunciou nesta segunda-feira (26), que a TV Bahia, afiliada da Rede Globo no estado, de propriedade da família do prefeito de Salvador, ACM Neto, chegou antes da Polícia Federal à casa do ex-governador Jaques Wagner para uma ação de busca e apreensão.
Para o governador, quando ocorre isto, fica claro que a operação não tem caráter investigativo, mas sim midiático, político partidário. “Em qualquer lugar do mundo civilizado é estranho que a imprensa chegue antes da polícia em uma operação. E é mais estranho ainda que uma das TVs tenha tido o acesso privilegiado antes das outras”.
Veja a denúncia:
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Temer, presidente da derrocada da soberania nacional




Com o ilegítimo colocando em prática um programa de governo – do PSDB – que foi recusado nas urnas, se faz necessário refletir sobre que tipo de país ou resto de país será deixado para o futuro
Segundo publicações na imprensa a empresa americana Boeing, a segunda maior empresa de defesa e mercado aeroespacial do mundo, terá uma fatia de 51% de uma nova empresa, criada partir de uma fusão com a brasileira Embraer. Mas o que é a instituição Embraer e o que ela representa? A Embraer, para quem não conhece, é um conglomerado transnacional brasileiro, fabricante de aviões comerciais, executivos, agrícolas e militares. É a terceira maior fabricante de aeronaves comerciais do mundo, a quinta maior de jatos executivos e a principal exportadora brasileira de produtos de alto valor agregado.... Houve um golpe muito bem articulado (a direita só consegue sobreviver através de golpes) para introduzir uma ideia completamente infundada de que empresas estatais "lesam o povo brasileiro com toda sua burocracia e ineficiência econômica". Será que alguém se lembra da Vale do Rio Doce,  hoje conhecida apenas por "Vale", e de seu inescrupuloso processo de venda?.... Continue lendo aqui

Em nota, PT denuncia perseguição absurda e planejada contra Jaques Wagner


Por EsmaelOs líderes das bancadas do PT na Câmara e no Senado, deputado Paulo Pimenta (PT-RS) e Lindbergh Farias (PT-RJ), respectivamente, divulgaram nota nesta tarde denunciando perseguição absurda e planejada contra o ex-governador da Bahia Jaques Wagner. “Enquanto processos envolvendo políticos de outros partidos “prescrevem”, lideranças do PT são objeto de sistemáticos ataques da parceria jurídica-midiática”, diz um trecho do documento conjunto.
Leia a íntegra da nota oficial:
Nota das bancadas: Perseguição absurda e planejada contra Jaques Wagner
Na manhã desta segunda-feira (26), o ex-governador da Bahia, e ex-ministro dos governos Lula e Dilma, Jaques Wagner, sofreu ação de “busca e apreensão” em sua residência, em Salvador. A ação da PF, espetaculosa como sempre, com ampla cobertura da Rede Globo, segue o roteiro de atacar as principais lideranças do PT.
O “álibi” para a absurda ação, desta vez, é o suposto envolvimento de Wagner em irregularidades nas obras da Arena Fonte Nova, alvo da operação “Cartão Vermelho”.
Na sexta-feira, a juíza Patricia Cerqueira Kertzam, do TRE-BA, havia determinado o arquivamento de inquérito no âmbito eleitoral contra Jaques Wagner. Segundo a decisão, havia falta de indícios mínimos da ocorrência de delito na seara eleitoral para justificar a instauração de inquérito policial no âmbito daquela Justiça Especializada. O caso tinha sido remetido para a justiça da Bahia pelo ministro Edson Fachin, relator da Lava Jato.
A nova ação da Polícia Federal não deixa qualquer dúvida sobre o caráter persecutório e totalmente antirrepublicano do atual processo judicial em curso. Em mais um passo da escalada, evidenciam um planejamento de alvos a serem atingidos sob o falso, argumento do “combate à corrupção”. Enquanto processos envolvendo políticos de outros partidos “prescrevem”, lideranças do PT são objeto de sistemáticos ataques da parceria jurídica-midiática.
Lindbergh Farias, Líder da Bancada do PT no Senado Federal
Paulo Pimenta, Líder da Bancada do PT na Câmara dos Deputados
Postado Por Madalena França.

Pernambuco é destaque nacional no Índice da Atividade Turística


O crescimento do Estado rendeu o primeiro lugar nacional na receita das atividades turísticas e o segundo no ranking nacional da oferta de serviços.

O Índice da Atividade Turística da Pesquisa Mensal de Serviços, divulgado pelo IBGE nesta semana, colocou Pernambuco na posição de destaque no Brasil. Mesmo diante de um cenário nacional de retração econômica, em 2017, Pernambuco foi destaque no Índice da atividade Turística nos índices de volume de serviços e receita nominal. No acumulado de janeiro a dezembro de 2017, Pernambuco lidera o ranking da receita nominal e foi 2º no volume de serviço da atividade. A colocação do Estado é significativa e representa na prática mais empregos, mais dinheiro circulando na economia, mais desenvolvimento e mais crescimento para todos.

A receita gerada com os serviços ofertados pelas empresas que desempenham atividades turísticas cresceu 18%, em relação ao mesmo período de 2016. Pernambuco também segue à frente na receita no comparativo com os outros estados do Nordeste. Estados como Ceará e Bahia fecharam o ano de 2017 com crescimento de 13% e 9%, respectivamente. No volume de serviços, Pernambuco cresceu 8 pontos percentuais em relação à 2016. O crescimento da oferta de serviços ligados ao turismo de Pernambuco segue na contramão do país. Enquanto Pernambuco cresceu, o Brasil registrou queda de 7%.

“Pernambuco vem apresentando resultados expressivos no turismo. O setor é responsável por 4% do Produto Interno Bruto (PIB) do Estado, um percentual superior, inclusive, ao de atividades como agricultura e agropecuária. O turismo vem sendo fortalecido através de ações promocionais diferenciadas na divulgação dos atrativos locais, captação de novos voos e capacitação profissional. O trabalho é diferenciado e o foco é sempre conquistar o turista”, comenta o secretário de Turismo, Esportes e Lazer de Pernambuco, Felipe Carreras.

A pesquisa do IBGE considera os componentes para formação do Índice de Atividades Turísticas as atividades como serviços de alojamento e alimentação, transportes terrestre, aquaviário e aéreo, além de serviços de agenciamento turístico, agência de viagens e operadoras. Com base no crescimento geral de Pernambuco no índice, as empresas que trabalham nesses segmentos no Estado vêm oferecendo mais serviços na área de turismo. Além disso, novas empresas que atuam no setor estão surgindo no mercado.

Fonte: Assessoria de Imprensa
Postado Por Madalena frança via Betinho Gomes

Cappelli: Operação Recado


O jornalista Ricardo Cappelli afirma que a Operação Cartão Vermelho, da PF, na casa do ex-governador Jaques Wagner, nesta segunda (26), teve objetivo político-eleitoral. Para o articulista, foi um recado. “Com a condenação de Lula em segunda instância, o ex-governador baiano e ex-ministro da Casa Civil é o nome natural no PT para substituí-lo”, escreve.
OPERAÇÃO RECADO
Ricardo Cappelli*
A Operação da Polícia Federal que realiza busca e apreensão no apartamento de Jaques Wagner tem dois nomes. O fantasia, chamado “Cartão Vermelho”, e o que consta no “CGC”, chamado “Recado”.
Com a condenação de Lula em segunda instância, o ex-governador baiano e ex-ministro da Casa Civil é o nome natural no PT para substituí-lo. O partido formalmente nega o plano B, mas até as gaivotas de Itapuã sabem que está em curso.
Com a “Operação” de hoje o recado é claro. O alvo principal da reação é o PT. Não medirão esforços para alvejar os quadros do partido. Wagner, além de ter exercido relevantes funções públicas teve um correligionário, José Sérgio Gabrielli na presidência da Petrobras.
Num ambiente como este, o Baiano, com uma eleição certa para o Senado, correrá o risco de ficar sem mandato e entregar sua vida na mão de algum “isentão” de primeira instância?
Os recados são sucessivos. O Lulismo, e mesmo o PT, não podem perder as eleições. Seria muito ruim para o Brasil. Como ganhar é a questão.
Valentia e bravata não combinam com inteligência. Os fatos vêm demostrando que dar a cara ao inimigo numa guerra assimétrica não parece ser um bom negócio.
*Ricardo Cappelli é jornalista e secretário de estado do Maranhão, cujo governo representa em Brasília. Foi presidente da UNE (União Nacional dos Estudantes) na gestão 1997-1999.

Bancos de desenvolvimento reafirmam compromisso com inclusão produtiva e apoio a projetos de prevenção de riscos ambientais

  O Banco do Nordeste (BNB) e os demais membros da Associação Latino-Americana de Instituições Financeiras de Desenvolvimento (Alide) reafir...