iG São Paulo
Vitoria Cury, única herdeira viva do apresentador Bolinha – sucesso nos anos 70 e 80 – contou no "Domingo Show" o que fez com aherança estimada em R$ 20 milhões depois da morte dele em 1998, vítima de um câncer no aparelho digestivo. Hoje, ela mora de aluguel e usa transporte público.
Vitória foi criada com ostentação: viajava para o exterior três vezes por ano e, certa vez, levou 10 amigos para a Europa, por conta do pai. Por conta disso, não soube administrar o patrimônio que herdou de Bolinha. "Ele não tinha tempo para nós, era um homem extremamente ocupado, ficava apaixonada quando via meu pai em casa. Eu era uma princesa, não sabia que na vida existia gente falsa. Eu me deparei em 1998 com a morte repentina dele, minha irmã morreu em 1999 e minha mãe em seguida... Meu pai não me preparou para vida, não me ensinou a administrar."
Vitória vive de aluguel e precisa pegar ônibus para se locomover. Mas a vida era bem diferente antes de se desfazer de tudo. "Sempre tivemos motorista particular, cada um com o seu. Com 17 anos eu ganhei um Camaro. Ele chegou e disse 'seu presente está lá fora'. Eu morava na Avenida Paulista, quando subi a Alameda Campinas, o carro voltou e eu não quis mais, quis um Chevette, que era minha paixão".
Enquanto não consegue um espaço para expor o acervo de Bolinha, Vitória sobrevive sem o luxo do passado. "Se você perde o maior sustento da sua vida, ninguém vai te estender a mão. As pessoas gostam de você até o ponto em que você tem alguma coisa a dar", analisa.
Vitória foi criada com ostentação: viajava para o exterior três vezes por ano e, certa vez, levou 10 amigos para a Europa, por conta do pai. Por conta disso, não soube administrar o patrimônio que herdou de Bolinha. "Ele não tinha tempo para nós, era um homem extremamente ocupado, ficava apaixonada quando via meu pai em casa. Eu era uma princesa, não sabia que na vida existia gente falsa. Eu me deparei em 1998 com a morte repentina dele, minha irmã morreu em 1999 e minha mãe em seguida... Meu pai não me preparou para vida, não me ensinou a administrar."
Ela conta que vendeu todos os apartamentos e carros de luxo que o pai deixou. "Eu não perdi, tive que vender para sobreviver. Meu ex-marido tomava conta de tudo, ele vendia um imóvel para pagar outro. Se eu tivesse um emprego, o que eu faria? Colocaria o dinheiro do emprego no imóvel", explica, argumentando que não é apenas "herdeira". "Sou assistente social, fiz pedagogia, não sou só filha dele".
Leia mais: Relembre as assistentes de palco dos programas de TVVitória vive de aluguel e precisa pegar ônibus para se locomover. Mas a vida era bem diferente antes de se desfazer de tudo. "Sempre tivemos motorista particular, cada um com o seu. Com 17 anos eu ganhei um Camaro. Ele chegou e disse 'seu presente está lá fora'. Eu morava na Avenida Paulista, quando subi a Alameda Campinas, o carro voltou e eu não quis mais, quis um Chevette, que era minha paixão".
Generoso
Em casa, guarda objetos do pai, camisas e troféus, além de vários retratos de momentos da carreira com Pelé e outros artistas. Até o frasco de desodorante que Bolinha usava está guardado. Ela recorda a generosidade de Bolinha com quem se apresentava em seu programa. "Ele tinha um prédio de vinte apartamentos, os artistas e funcionários moravam lá e ele nunca falou para ninguém. Quando meu pai morreu, eu recebi uma chave de uma dupla sertaneja. Ele dava comida e roupa para vários artistas, tinham os que cantavam por um eletrodoméstico ou por uma cartinha com 100 cruzeiros".Enquanto não consegue um espaço para expor o acervo de Bolinha, Vitória sobrevive sem o luxo do passado. "Se você perde o maior sustento da sua vida, ninguém vai te estender a mão. As pessoas gostam de você até o ponto em que você tem alguma coisa a dar", analisa.