Renan havia dito que da “cadeia”, Eduardo Cunha Cunha indicava todo mundo no governo Temer e dava as cartas, agora a desembargadora aposentada Luislinda Valois deixou o cargo no Ministério dos Direitos Humanos e que assumirá é o advogado Gustavo do Vale Rocha , ex-advogado de Eduardo Cunha e que já estava em outro cargo no governo (que segundo alguns afirmam foi indicação do próprio Cunha), será que agora também foi?
Via G1
A ministra dos Direitos Humanos, Luislinda Valois, entregou o cargo nesta segunda-feira (19).
Segundo apurou a TV Globo, o atual subchefe de Assuntos Jurídicos da Casa Civil, Gustavo do Vale Rocha, acumulará as duas funções.
Luislinda assumiu a pasta em fevereiro do ano passado, quando o ministério foi recriado pelo presidente Michel Temer.
>> Relembre mais abaixo as polêmicas envolvendo Luislinda Valois na pasta
Em dezembro, em meio à decisão do PSDB de deixar o governo, Luislinda chegou a se desfiliar do partido.
Antes de ser ministra dos Direitos Humanos, Luislinda Valois era a secretária nacional de Promoção da Igualdade Racial do Ministério da Justiça.
Quem assume
Subordinado ao ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, o advogado Gustavo do Vale Rocha é subchefe de Assuntos Jurídicos da pasta e integra o Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP).
Ex-advogado do deputado cassado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), ele foi um dos personagens no episódio que resultou nas demissões, ainda em 2016, dos então ministros Geddel Vieira Lima (Secretaria de Governo) e Marcelo Calero (Cultura).
Em gravação apresentada por Calero à Polícia Federal, Gustavo do Vale discutia com o então ministro da Cultura a situação do condomínio de Salvador que havia sido embargado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). Geddel tem um apartamento nesse imóvel e cobrava a liberação das obras.
Polêmicas
Relembre abaixo algumas das polêmicas de Luislinda Valois no período dela à frente do Ministério dos Direitos Humanos:
- ‘Trabalho escravo’: Desembargadora aposentada, Luislinda pediu ao governo para acumular a aposentadoria de R$ 30.400 e o salário de ministra, de R$ 30.934, alegando que, ao receber o teto do funcionalismo público, de R$ 33.700 (aposentadoria + parte do salário de ministra), estava vivendo situação semelhante ao “trabalho escravo”.
- ‘Pobre da periferia’: Ao discursar em um evento no Rio de Janeiro com o presidente Michel Temer, em novembro, Luislinda disse ser “pobre e de periferia“.
Íntegra
Leia abaixo a íntegra da nota divulgada pela Presidência:
Nota à Imprensa
A ministra dos Direitos Humanos, Luislinda Valois, entregou o cargo na tarde de hoje. Responderá interinamente pela pasta o chefe da Subchefia para Assuntos Jurídicos da Casa Civil, Gustavo do Vale Rocha, que acumulará ambas as funções.
Secretaria Especial de Comunicação Social da Presidência da República