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quinta-feira, 10 de maio de 2018

A “bolha da Lava Jato é uma rede familiar oligárquica”, aponta pesquisador


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Uma extensa pesquisa do sociólogo Ricardo Costa Oliveira, professor da UFPR, constatou uma vasta rede de conexões de parentesco entre magistrados, procuradores e advogados envolvidos com a operação Lava Jato. “A força-tarefa é integrada por herdeiros da velha elite estatal, que vivem na mesma bolha”, disse Costa em entrevista para o site da Agência Pública, especializado em políticas públicas. A pesquisa será apresentada ainda este mês.
Para o professor de sociologia Ricardo Costa de Oliveira, da Universidade Federal do Paraná (UFPR), os integrantes da Lava Jato (incluindo magistrados, procuradores e advogados) operam em um circuito que chama de “fechado” e que funcionaria “em rede”.
“Eles se conhecem muitas vezes desde a infância, porque os pais já se conheciam. Frequentaram as melhores escolas, universidades, têm sociabilidade em comum. Quer dizer, vivem na mesma bolha. Têm as mesmas opiniões e gostos políticos e ideológicos. E todos têm conexão com a indústria advocatícia, com os grandes escritórios jurídicos”, afirma na entrevista para a Pública.  Leia os principais trechos da entrevista de Costa concedida APública.
Existe relação de proximidade entre magistrados, procuradores e advogados da Lava Jato?
Sim, é o mesmo circuito. Tem o caso da esposa do Moro, a Rosângela Maria Wolff Quadros, que é advogada. Ela está situada dentro do clã da família Macedo, genealogia extremamente importante no Paraná, que atinge atores nos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário e no empresariado. Como Rafael Greca de Macedo [prefeito de Curitiba], o Beto Richa [governador do Paraná licenciado] e um conjunto de empresários e desembargadores do Tribunal de Justiça. Até se usa o termo “Macedônia”, dada a importância da família Macedo. E a família Wolff é típica do poder local de São Mateus do Sul [interior do Paraná], é uma estrutura que vem da República Velha, do coronelismo. Ela, como advogada, tem relações profissionais com a Apae. E aí há uma conexão direta com a família Arns. Flávio Arns foi senador, vice-governador, ator de atividades assistenciais. E com o advogado Marlus Arns de Oliveira, que é sobrinho do Flávio Arns.
Qual a relação entre eles?
É uma relação profissional [da esposa de Moro] com a família Arns e com as Apaes. Eles trabalharam juntos com as Apaes. O Marlus Arns é advogado de muitos acusados da Lava Jato nas delações premiadas. Chegou até a defender Eduardo Cunha. Em matérias da imprensa sobre advogados amigos do Sérgio Moro, como o Carlos Zucolotto, e as questões sobre Rodrigo Tacla Duran, mostra a partir do casal uma indústria jurídica da Lava Jato, em que muitos dos principais advogados da Lava Jato têm relações próximas com os operadores.
Quais casos foram identificados pelo grupo de pesquisa?
O do procurador Diogo Castor de Mattos, que era filho do falecido procurador Delívar Tadeu de Mattos. Ele foi casado com Maria Cristina Jobim Castor, que era irmã de Belmiro Valverde Jobim Castor, que foi empresário, secretário de Estado, do Bamerindus, um nome muito importante na política. No escritório da família, o Delívar de Mattos & Castor, trabalha um irmão do procurador, que se chama Rodrigo Castor de Mattos. Ele foi advogado do marqueteiro João Santana. É mais uma relação direta de parentesco, que corrobora que é uma indústria advocatícia da Lava Jato muito próxima dos seus protagonistas.
Há situações parecidas com outros integrantes da força-tarefa da Lava Jato em Curitiba?
O Carlos Fernando dos Santos Lima é filho de Osvaldo Santos Lima, que foi procurador, deputado estadual da Arena e presidente da Assembleia Legislativa do Paraná em 1973. Ele também tem dois irmãos no Ministério Público. A esposa dele teve relação com o Banestado [banco paranaense que deu origem a escândalo de corrupção nos anos 1990 e Carlos Fernando investigou]. O Deltan Dallagnol é filho do ex-procurador Agenor Dallagnol. Ele passou no concurso sem ter os dois anos de formado, o pai foi o advogado [na apelação da União, em que a Justiça deu vitória ao procurador] . Todos os operadores da Lava Jato também são extremamente conservadores e têm perfil à direita, semelhante aos seus parentes que faziam parte do sistema na ditadura. Naquela época, seus pais eram gente do establishment. E eles herdam a mesma visão de mundo. É uma elite social, política e econômica.
Os integrantes da Lava Jato vivem em um meio comum?
Sim, eles se conhecem muitas vezes desde a infância, porque os pais já se conheciam muitas vezes. Eles frequentaram as melhores escolas, universidades, têm sociabilidade em comum. Quer dizer, vivem na mesma bolha. Têm as mesmas opiniões e gostos políticos e ideológicos. E todos têm conexão com a indústria advocatícia, com os grandes escritórios jurídicos que atuam no sistema judicial.
Na pesquisa, o sr. ouviu falar sobre advogados que conseguem acordos de delação com a Lava Jato fazerem parte de um mesmo grupo?
É exatamente o que os resultados revelam, porque alguns principais advogados da indústria da delação são nomes com conexão com as famílias da Lava Jato.
O mesmo se aplica aos tribunais superiores na Lava Jato?
O circuito é o mesmo quando você analisa o Tribunal Regional Federal da 4ª Região [TRF-4]. Tem o João Pedro Gebran Neto, neto do ex-diretor-geral da Assembleia Legislativa do Paraná. Ele vem de uma das mais tradicionais famílias da Lapa, de onde sai boa parte das famílias que dominam a política paranaense nos anos 1970. Victor Luiz dos Santos Laus é bisneto do fundador do Tribunal de Justiça de Santa Catarina. Carlos Eduardo Thompson Flores Lenz, presidente do TRF-4, é neto do desembargador ministro Thompson Flores, que foi do Supremo Tribunal Federal (STF) durante a ditadura militar, uma das principais genealogias do Rio Grande do Sul. O ministro Felix Fischer, mesmo sendo alemão, é casado com uma procuradora de Justiça do Paraná aposentada. Ele tem três filhos no Judiciário paranaense. Depois, no STF, temos o Edson Fachin, que tem a mesma dinâmica familiar. É casado com uma desembargadora do Tribunal de Justiça do Paraná. A filha dele é advogada do escritório Fachin Advogados Associados e é casada com Marcos Alberto Rocha Gonçalves, filho de Marcos Gonçalves, executivo do grupo J&F, da família dos irmãos Joesley e Wesley Batista. Há um verdadeiro circuito que começa no Moro e vai até o Fachin. Todos com o mesmo perfil: família, ação política, conexões empresariais, com escritórios advocatícios, ideologia propensa à direita, de uma elite estatal muito antiga que opera em redes familiares.
Madalena França Via Esmael

Proner e Casara debatem a crise da denocracia no Judiciário


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Começa em instantes – a transmissão ao vivo está abaixo, no post, a série de palestras Soberania em debate, promovida pelo movimento SOS Brasil Soberano, com apoio do Sindicato dos Engenheiros  no Estado do Rio de Janeiro/Senge-RJ e pela Federação Interestadual de Sindicatos de Engenheiros/Fisenge.
O primeiro tema é o “Sistema de Justiça no Brasil, debatido pelos doutores Caroline Proner – coordenadora do livro em que juristas apontaram falhas e ilegalidades na condenação de Lula por Sérgio Moro e Rubens Casara, da Associação dos Juízes para a Democracia, com mediação da jornalista Camila Marins.
Vale a pena assistir, são duas cabeças das mais lúcidas no que sobre do Direito brasileiro. P|erguntas podem ser feitas pelo www.facebook.com/sosbrasilsoberano.

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  • Madalena França Via Tijolaço

O que temos pode não ser o Orobó que a gente quer, mas é o que o povo aceita: Voto por aqui anda a preço de um pedaço de bolo e uma vasilha de plástico desembrulhada.

Começou mais uma rodada antecipada da campanha para deputados 2018 nas Escolas Municipais e a primeira dama agora dá discursos.


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A oposição de Orobó foi acusada injustamente de proibir a doação de peixes, enxoval, bolos e recipientes plásticos pelo prefeito de Orobó. Na realidade essa é a mentira mais deslavada que já contaram ao povo. Desde o primeiro Governo de Manoel João , que tudo isso já era feito. O que foi reclamado judicialmente foram as campanhas políticas dentro dos estabelecimentos públicos de maneira antecipada. É obvio que não pedem diretamente o voto, mas se levam deputados ,candidatos a deputados, fazem uma comitiva de vereadores e saem "vendendo" suas ideias. Que o deputado é ótimo, que já investiu milhões em Orobó, até que o prefeito faz milagres o povo canta.
Submissas , as diretoras mandam chamar os pais, organizam lindas apresentações de crianças e entre estas , muitas homenagens, poemas, teatro, são em elogio ao prefeito. Evidentemente uma forma disfarçada de  fazer mecham político.
As pessoas esquecem que muitas mães vão para uma homenagem na escola , de Dia das Mães por exemplo, pensando nos seus filhos e não em política. Todavia, são obrigadas assistir verdadeiros comícios de deputados, vice- prefeito , prefeito , vereadores,lideranças do prefeito, Secretária de Educação etc. 
Não é todo mundo que gosta dessa "palhaçada". Os vereadores quando legalizaram essas doações poderiam ter colocado na lei uma cláusula de proibição de comícios dentro das escolas, já que é um espaço de todos e ninguém é obrigado a ouvir o que não quer. Como professora , nunca mais tive a honra de participar de festividades na escola onde trabalho, justamente por que não vou emprestar meus ouvidos para ouvir idiotices políticas.
Para constatar o fato, basta dá uma olhada nos blogs da Situação de Orobó. A senhora Juliana Barbosa, e pré- candidata a deputada estadual pelo Patriotas, já anda ensaiando para campanha, discursando onde vai.
O que temos pode não ser o Orobó que a gente quer, mas é o que o povo aceita: Voto por aqui, anda a preço de um pedaço de bolo e uma vasilha de plástico desembrulhada. Lastimável!
Perguntar não ofende: Quantos estão dispostos a tamanha humilhação?

Por Madalena França.

O moralismo mata. E quem mata fica impune


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A Folha publica hoje matéria de Wálter Nunes com detalhes – e  detalhes sórdidos – da palhaçada feita pela Polícia Federal, pelo Ministério Público e pela “Justiça” Federal de Santa Catarina que resultou na morte do reitor da Universidade Federal daquele estado, Luiz Carlos Cancellier de Olivo.
A delegada Érika Marena, muito hábil em conseguir censura judicial a blogs e seus sucessores na PF catarinense, ao longo de mais de 800 páginas, não apresentam prova alguma, mas seguem sustentando que Olivo “respaldava e sustentava”  uma quadrilha para desviar verbas.
Há no relatório verdadeira pérolas do “xerloquismo” dos federais, como o caso de um professor que teria cobrado 48 litros de gasolina a mais para uma viagem e depósitos somando R$ 7 mil de outro, feito na conta do filho do reitor sobre o qual, dizem os sabidões da Federal “comenta-se” que teriam vindo de um pagamento recebido da Universidade. Comenta-se!
A sindicância aberta para apura possíveis abusos policiais, claro, resultou em nada. E a delegada não só foi promovida a Superintendente da PF em Sergipe quanto, nas eleições internas com que se pretendia indicar um diretor geral para a instituição, foi uma das mais apoiadas pelos colegas delegados.
Pelo ato de desespero que a humilhação levou o reitor a praticar, ninguém pagará.
Madalena França Via Tijolaço.


Temer convoca reunião de emergência sobre intervenção no Rio


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Michel Temer convocou uma reunião de emergência para esta quinta (10), às 15h, no Palácio do Planalto, para avaliar o fiasco da intervenção federal no Rio de Janeiro.
Prestes a completar três meses a intervenção que iria salvar o Rio da criminalidade, a ação das Forças Armadas coleciona o aumento da violência e a execução da vereadora Marielle Franco (PSOL) que segue sem solução há dois meses.
Temer se reunirá hoje com o interventor general Walter Souza Braga Netto; o secretário de Segurança Pública do estado, general Richard Nunes; o ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, e o secretário-executivo do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República, general Freire Gomes.
Com informações da Agência Brasil
Madalena França Via Esmael

Por fora bela viola, por dentro pão bolorento: Hospital tão divulgado na Mídia passa o domingo sem médico...

 Reinaugurado no primeiro de maio depois de mais de um ano de portas fechadas o Hospital Severino Távora na cidade de Orobó no Agreste de Per, recebeu várias autoridades, inclusive Ministro Licenciado do governo Temer, prefeitos de cidades vizinhas e o povo como sempre fazendo plateia, para recepções politiqueiras. Foi tanta politicagem que houve até vaias a políticos do grupo político da oposição.
Como diria o ditado popular, "por fora bela viola, por dentro pão bolorento", aconteceu exatamente o que pedem os vereadores de oposição para não acontecer.
Primeiro domingo após a reinauguração e já não havia médico plantonista no Hospital.
O hospital de Bom Jardim e o prefeito João Lira continua apoiando o povo de Orobó ,recebendo-o e atendendo-o bem .
Esse blog foi informado que o hospital de Bom Jardim atendeu mais de dez oroboenses no domingo passado. Motivo? Falta de médico no Severino Távora.
Perguntar não ofende: Onde foram parar os três Milhões que segundo o prefeito dois já chegaram e um está a caminho com exclusividade para área da Saúde?
Os PSFs continuam sem medicamentos simples como por exemplo, Losartana para pressão arterial
que custa dez reais. Vão vendo!

Por Madalena França

PF acusou ex-reitor da UFSC que se matou mas não apresenta uma única provas em 817 páginas no relatório final



Luiz Carlos Cancellier matou 18 dias após ter sido preso sob suspeita de desvios de verba


Logo nas seis primeiras páginas das 817 que compõem o relatório final da Polícia Federal sobre supostos desvios de verba na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), o nome do ex-reitor Luiz Carlos Cancellier de Olivo é citado oito vezes. Ali ele é apontado como quem “respaldava e sustentava” uma quadrilha que pilhava recursos da universidade.

O ex-reitor se jogou de um shopping de Florianópolis em 2 de outubro do ano passado, 18 dias após ter sido preso na operação Ouvidos Moucos.

Segundo a polícia, Cancellier “nomeou e manteve em posição de destaque” o grupo de professores que abastecia a “política de desvios e direcionamento nos pagamentos das bolsas” do programa de ensino a distância.

Apesar das acusações de que estaria no comando de uma suposta quadrilha, o relatório da PF não apresenta provas de que o ex-reitor teria se beneficiado financeiramente por essa participação. A Folha questionou a Polícia Federal sobre a ausência de provas contra Cancellier, mas obteve como resposta apenas que a investigação está finalizada.

No relatório, Cancellier só aparece, e indiretamente, em episódio citado que envolve repasses na conta de seu filho Mikhail. São três depósitos efetuados em 2013 pelo professor Gilberto Moritz que totalizam R$ 7.102 na conta do filho de Cancellier, que ainda não era reitor da federal.

O filho dele foi questionado por policiais federais e disse não lembrar o motivo das transferências. Na época, ele tinha 25 anos e era ajudado financeiramente pelo pai.

O delegado Nelson Napp, responsável pelo relatório final da operação, levantou uma suspeita. “Comenta-se que os recursos transferidos para Gilberto Moritz foram oriundos do projeto Especialização Gestão Organizacional e Administração em RH (TJ), coordenado por Luiz Carlos Cancellier, sendo este o ordenador de despesa do referido projeto. Após o recebimento dos recursos, Gilberto Moritz transferiu para Mikhail Vieira de Lorenzi Cancellier (filho do ex-reitor Cancellier) o valor de R$ 7.102,00.”

Essa suspeita bastou para o indiciamento de Mikhail. Moritz também foi incriminado.

Ao todo, 23 pessoas foram indiciadas por crimes como lavagem de dinheiro, formação de quadrilha e peculato. O delegado aponta que Cancellier só não foi incluído nessa lista por causa da sua morte.

Cancellier é o único ex-reitor implicado na operação da PF. Ele assumiu o cargo em maio de 2016. Os fatos narrados aconteceram de 2008 a 2017. Porém os reitores que antecederam Cancellier nesse período, Alvaro Toubes Prata (2008 a 2012) e Roselane Neckel (2012 a 2016), não são alvos.

Isso apesar de o relatório da polícia afirmar que essa suposta quadrilha tinha influência na universidade “desde a origem mais remota do ensino a distância na UFSC”.

No entendimento da PF, o grupo investigado conseguiu “se manter em funcionamento naqueles moldes” por causa da sustentação política proporcionada por Cancellier.

O ex-reitor Alvaro Prata é citado no relatório final em apenas um caso relevante. Uma conversa no aplicativo de mensagens de celular mostra que ele alertou Cancellier sobre “uma ação da PF em curso e em sigilo envolvendo recursos da Capes e o ensino a distância da UFSC”. Posteriormente Cancellier foi preso sob a justificativa de que teria tentado obstruir as investigações. Mas Prata não foi alvo de medida policial.

A investigação na UFSC foi iniciada pela delegada Erika Mialik Marena, que estava entre os responsáveis pela Operação Lava Jato, em Curitiba, até o final de 2016. Transferida para Florianópolis em 2017, comandou a Ouvidos Moucos até a morte do reitor, quando foi transferida para Sergipe.

Na ocasião em que a operação foi deflagrada, em 14 de setembro do ano passado, a PF divulgou que combatia um desvio de mais de R$ 80 milhões na UFSC.

Mais tarde corrigiu a informação, esclarecendo que o valor citado era de todo o repasse para o programa de ensino a distância de 2008 a 2016.

No relatório final, antecipado pela revista Veja e obtido pela Folha, a Polícia Federal não aponta o total que teria sido desviado dos cofres da Federal de Santa Catarina.

Ela faz apenas uma listagem de casos para tentar demonstrar os crimes e diz que focou nos pagamentos de bolsas e nas despesas com lotação de veículos e motoristas.

Os valores analisados são modestos, se comparados a outras operações da Polícia Federal. No caso das bolsas de estudo, os policiais apontam que havia acúmulo indevido do benefício e repartição de dinheiro entre professores.

Para explicar o funcionamento do que classifica como “organização criminosa”, a PF cita um caso de 2015, ocorrido no Departamento de Ciência da Administração, em que um professor recebeu uma bolsa de R$ 1.300 para ministrar um seminário em Lages (SC) e foi pressionado por um coordenador de curso a devolver metade do valor para outro professor. Nesse período Roselane Neckel era a reitora.

Em outro ponto do relatório, a PF aponta que teria havido direcionamento na concorrência das empresas que prestavam serviço de transporte para a universidade e que o processo de orçamentação dos aluguéis de carros com motorista eram simulados.

Os policiais recorrem a um relatório do TCU para apontar superfaturamento de R$ 43 mil nos contratos feitos com as empresas de turismo por serviços prestados de março de 2015 a setembro de 2017, parte deles sob Cancellier.

Até reembolso de combustível foi usado na acusação.

Um professor que viajou, em 2014, de Florianópolis para uma aula magna na cidade de Lages (SC), foi colocado sob suspeição por causa de 48,74 litros de gasolina.

Os policiais federais calcularam que a distância de ida e volta entre as duas cidades é de 500 km —e estimou que um automóvel deveria consumir um tanque de combustível para esse trajeto.

Como o professor abasteceu duas vezes, somando 98,74 litros, então havia sobra de combustível. A nota fiscal do posto de gasolina referente ao segundo abastecimento é anexada para mostrar que o professor gastou R$ 140 para viajar de volta para casa.

PF NÃO EXPLICA
A Folha questionou a Polícia Federal sobre a ausência de provas contra o ex-reitor em um relatório de mais de 800 páginas, já que no documento ele é apontado como uma espécie de chefe de suposto esquema de desvios.

A reportagem também indagou a corporação sobre o fato de Cancellier ser o único reitor citado no relatório, sendo que os casos relatados se passam desde 2008.

Na resposta, a Polícia Federal se limitou a dizer que a investigação foi finalizada pela corporação e que essa agora está agora sob a análise do Ministério Público Federal. As informações são da Folha

O que é a Ouvidos Moucos
Uma operação da Polícia Federal que investigava desvios de verba nas bolsas de estudo do programa de educação à distância da UFSC, concedidas pela Capes (do governo federal)

14.set.17 Operação prende seis professores e o reitor, Luiz Carlos Cancellier de Olivo, por supostamente tentar atrapalhar investigação da corregedoria da UFSC (ele não era suspeito de corrupção). Quem pediu as prisões foi a delegada Erika Marena, ex-coordenadora da Lava Jato

15.set.17 Juíza determina a soltura dos acusados, mas mantém decisão que os proibia de frequentar a UFSC

2.out.17 Cancellier se joga do 7º andar de um shopping de Florianópolis; “minha morte foi decretada quando fui banido da universidade!!!”, dizia o bilhete encontrado em seu bolso

nov.17 Com a repercussão da morte, é aberta uma investigação interna na PF para apurar a conduta dos policiais no caso, sobretudo a de Erika Marena. A sindicância concluiu que não houve irregularidades

dez.17 Erika Marena é transferida ao comando da Superintendência da PF de Sergipe, mas sua promoção só é efetivada em fev.18, por causa das dúvidas sobre sua conduta na Ouvidos Moucos

25.abr.18 Polícia Federal envia relatório final da operação à Justiça Federal, indiciando 23 pessoas. Entre elas está Mikhail Cancellier, filho do ex-reitor. O procurador André Bertuol, do Ministério Público Federal de SC, decidirá se o caso resultará em denúncia

Contradições da Polícia Federal

- A PF acusou Cancellier de dar suporte à quadrilha que desviava dinheiro, mas não encontrou provas de sua participação nem de recebimento de valores ilegais

- No dia das prisões, a PF divulgou em rede social que o esquema teria desviado R$ 80 milhões; mais tarde, reconheceu erro no valor, que na verdade correspondia a todo o repasse ao programa de 2008 a 2016

- O parecer que acabou arquivando a investigação interna na PF, como revelou a Folha, foi feito pelo delegado Luiz Carlos Korff, que também é diretor de comunicação da PF catarinense


​OUTRAS OPERAÇÕES DA PF EM UNIVERSIDADES FEDERAIS

Universidade Federal de Minas Gerais

- Operação: Esperança Equilibrista
- Quando: 6.dez.2017
- Suspeita: Desvio de R$ 4 milhões na construção e implantação do Memorial da Anistia Política do Brasil na universidade
- Fase atual: Inquérito ainda não foi concluído; a Polícia Federal afirmou que o enviou à Justiça Federal e encerrará a investigação quando ele retornar: “As análises dos materiais apreendidos estão em fase adiantada, assim como o rastreamento dos recursos públicos aguardam as últimas informações bancárias”, disse em nota
- Resultado: O reitor Jaime Arturo Ramirez e a vice-reitora Sandra Regina Goulart Almeida foram alvos de condução coercitiva. Outras cinco pessoas também foram levadas a prestar depoimento. Almeida assumiu o posto de reitora após o fim da administração de Ramirez, em março
- O que diz a UFMG: Afirmou que está à disposição das autoridades e convicta de que tudo será esclarecido

Universidade Federal de Juiz de Fora

- Operação: Editor
- Quando: 21.fev.2018
- Suspeita: Fraudes e superfaturamento nas obras do Hospital Universitário
- Fase atual: Polícia Federal concluiu a investigação, e denúncia já foi oferecida
- Resultado: Cinco pessoas presas, incluindo o ex-reitor Henrique Duque; um mês depois, todos haviam deixado a prisão (a defesa de Duque questionou a necessidade da prisão preventiva)
- O que diz a UFJF: Afirmou que não há o que comentar

Universidade Tecnológica Federal do Paraná - Campus Cornélio Procópio

- Operação: 14 Bis
- Quando: 13.mar.2018
- Suspeita: Esquema de fraudes em contratos e licitações que somam R$ 5,7 milhões
- Fase atual: Ministério Público Federal ainda analisa documentos apreendidos, mas diz que pode oferecer denúncia a partir das provas já coletadas
- Resultado: 20 pessoas presas, todas soltas atualmente; dois servidores já haviam sido demitidos antes da operação em 2016, após processo administrativo, e seis receberam advertência e foram transferidos
- O que diz a UTFPR: A nova gestão informou que contribui com as investigações
Carolina Linhares, de Belo Horizonte

POLÍCIA FEDERAL PRENDE PREFEITO TUCANO COM R$ 4,6 MILHÕES EM DINHEIRO VIVO



247 – O prefeito de Mongaguá, Artur Parada Prócida do PSDB, foi preso em flagrante pela operação Prato Feito da Polícia Federal. Dois agentes públicos também foram presos em flagrante, por posse de muito dinheiro vivo. O município de Mongaguá fica no litoral Sul de São Paulo. A Polícia Federal encontrou na residência do prefeito tucano R$ 4.613.610 e mais US$ 216.763 em espécie. Ele foi preso por crime de lavagem de dinheiro. Aliados do tucano disseram que o grande volume de cédulas de reais e dólares encontrado em sua casa será explicado às autoridades.
“Em outra cidade, Mauá, na Grande São Paulo, os federais fizeram mais dois flagrantes contra outros dois agentes políticos, com quem foram localizados os montantes de R$ 588.417 e R$ 87 mil em dinheiro vivo. Um dos presos é o secretário de Governo de Mauá, João Gaspar (PRP).
A Operação Prato Feito põe sob suspeita pelo menos 30 prefeituras paulistas. Treze prefeitos são investigados, além de quatro ex-prefeitos, 27 funcionários públicos, um vereador e 29 empresas. Também são alvo da PF e da Controladoria-Geral da União secretários municipais e lobistas”.
Leia mais aqui.
Madalena França Via Manuel Mariano

quarta-feira, 9 de maio de 2018

Mídia carcereira anuncia que 2ª Turma do STF manterá Lula preso


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Embora a Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) esteja realizando um julgamento virtual sigiloso, que termina somente às 23h59 desta quinta (10), a mídia carcereira faz boca de urna dizendo que a Corte já desconheceu o recurso do ex-presidente Lula e ele continuará preso na PF de Curitiba.
De acordo com os jornalões golpistas, entre eles a Folha e o Estadão, três ministros do colegiado formaram maioria pela manutenção do petista encarcerado. Segundo a última desses veículos especializados em fake news, Gilmar Mendes também seguiu o relator Edson Fachin que nega liberdade ao ex-presidente.
Nesta terça (8), a mesma mídia do consórcio golpista anunciou que Dias Toffoli igualmente votou pela continuidade de Lula “engaiolado” na capital paranaense.
O recurso da defesa o fim do cumprimento antecipada da pena de Lula porque a condenação no caso tríplex ocorreu sem provas.
Os ministros citados pela velha mídia golpista como “vira-casacas” tem reiteradas vezes se manifestado contra a antecipação da pena com condenação na segunda instância, ou seja, eles fazem o discurso “garantista” e da presunção da inocência.
A Segunda Turma é formada por cinco ministros: Edson Fachin (presidente), Dias Toffoli, Ricardo Lewandowski, Gilmar Mendes e Celso de Mello.
Madalena França Via Blog Do Esmael

Em carta, Lula reafirma que é candidato e defende Gleisi


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O ex-presidente Lula enviou uma missiva para a presidenta nacional do PT, senadora Gleisi Hoffmann, reafirmando sua condição de candidato e defendendo a parlamentar de “cotoveladas” internas no partido.
Na carta, Lula desautorizou a legenda de discutir um “plano B” para as eleições. A tese do ex-presidente é que se ele desistir da candidatura estaria assumindo culpa por um crime que ele não cometeu.
“Querida Gleisi, estou acompanhando na imprensa o debate da minha candidatura, ou Plano B ou apoiar outro candidato. Sei o quanto você está sendo atacada. Por isso resolvi dar uma declaração sobre o assunto”, diz um trecho da carta publicada pela jornalista Mônica Bergamo, na Folha.
Nos últimos dias, Gleisi foi alvo de ataques internos (Rui Costa, governador da Bahia, que questionou a legitimidade da correligionária) e externos (Ciro Gomes, do PDT, que afirmou ter “pena” da senadora).
Lula jura inocência e disse saber os motivos dos que querem discutir um plano B, sem ele. O ex-presidente atribui aos “concorrentes” essa diabólica estratégia.
Madalena França via Esmael

Voto de Gilmar mostra como Cármem explora o “caso Lula”


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Como era esperado, Gilmar Mendes deu o terceiro e decisivo voto contra o recurso do ex-presidente Lula para impedir a prisão antes do trãnsito em julgado da sentença Moro-TRF-4.
Eera esperado porque a parcela do STF que ainda oferece algum grau de resistência ao projeto autoritário do Poder Judiciário está acovardada e teme ser apontada pela mídia como  os “soltadores de Lula”.
Nenhum recurso favorável à libertação do ex-presidente vai prosperar, independente de qualquer razão juídica que contiver, porque a questão não é jurídica: é política.
A pequena chance de Lula nos tribunais superiores é o julgamento das Ações Diretas de Constitucionalidade 42 e 43, anteriores à prisão do ex-presidente, que Cármen Lúcia não aceitou por em pauta, personalizando a questão no julgamento de seu habeas corpus  pessoal e contando com o desejo de Rosa Weber de encontrar uma maneira, embora tosca, de votar contra a convicção jurídica que manifestara antes.
Mas é, como se disse, pequena a chance, porque o Supremo Tribunal Federal está mergulhado, e fundo, no processo dos arreganhos judiciais sobre a política e sobre a Constituição, que “emenda” ao seu bel-prazer, como o fez, para definir que se pode abandonar o princípio da presunção de inocência.
A defesa de Lula certamente está ciente que não se vive  um processo judicial que seja regido pelas regras do Direito “normal”, mas como num estado de exceção.
Até porque o Supremo Tribunal Federal, faz tempo, está instalado na 13ª Vara Criminal de Curitiba.
Madalena França via Tijolaço

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Sancionada lei contra abuso sexual de crianças e jovens atletas

  O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, sancionou a lei que estabelece diretrizes para prevenir e combater abusos sexuais co...