Raquel tem viés autoritário
A governadora Raquel Lyra (PSDB) passou a campanha inteira dizendo que, se eleita, construiria pontes políticas para garantir a chamada governabilidade, mas parece que diálogo é uma palavra que não existe no seu dicionário. Em seis meses, imprimiu uma marca extremamente autoritária.
Que o digam os professores da rede estadual, que ameaçam parar suas atividades na rede de ensino, decretando greve, porque não conseguem uma janela para chegar a bom termo na proposta de reajuste salarial da categoria. Com a Assembleia Legislativa, a falta de diálogo dela resultou em grandes derrotas. Passa à história, por exemplo, como a única chefe de Estado que não consegue nomear um só conselheiro do TCE.
Seu viés autoritário se manifesta, sobretudo, na relação com gestores municipais que não rezam pela sua cartilha. O prefeito de Garanhuns, Sivaldo Albino (PSB), sentiu na pele, ontem, quanto ela é malvada. Pelas suas redes, Raquel anunciou a data do tradicional e concorrido FIG, o Festival de Inverno de Garanhuns, sem sequer dar uma satisfação ao anfitrião.
Pernambuco está conhecendo agora, com a chegada da tucana ao poder, o que Caruaru já havia provado lá atrás, especialmente os vereadores, rangendo os dentes e amargando que nem jiló, como diz a canção de Luiz Gonzaga. Autoritarismo é quando a autoridade acha que o sistema serve à autoridade. Sua pior faceta é sinal de desrespeito.
Raquel não é apenas autoritária. Ela é extremamente arrogante. E arrogância é irmã gêmea da mediocridade, o veneno mais contundente da alma e do espírito. Acompanho sua trajetória desde que serviu ao Governo Eduardo Campos, sempre de nariz empinado, como assim se referiam a ela seus próprios colegas de equipe. Existem pessoas que se acreditam democráticas porque concordam que você faça o que ache certo, desde que o seu certo seja igual ao delas.
Raquel é assim!
Reagiu à altura – Tão logo tomou conhecimento pela mídia digital que o FIG seria realizado de 21 a 30 de julho, o prefeito de Garanhuns, Sivaldo Albino (PSB), reagiu com virulência. A este blog, afirmou: “Garanhuns não é casa de Mãe Joana, aqui tem prefeito”. Foi o suficiente para o líder do Governo na Alepe e desafeto de Sivaldo, Izaías Régis, ir às redes sociais justificar a decisão da governadora.
Da Coluna do Magno Martins
Postado por Madalena França