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sábado, 30 de junho de 2018

Começa hoje as oitavas de finais da Copa do mundo


Oitavas de final da Copa do Mundo começam neste sábado. Veja a tabela

 
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Começam neste sábado (30) as oitavas de final da Copa do Mundo da Rússia, a chamada fase do mata-mata, ou seja, quem perder, volta para casa.  Abrem a primeira rodada as partidas entre França e Argentina, às 11h, e na tarde, às 15h, Uruguai enfrenta Portugal.

Confira o calendário de jogos previstos até a final, marcada para o dia 15 de julho.

Madalena França via Esmael

sexta-feira, 29 de junho de 2018

Sai o “tapetão”, entra o “barrigão” no STF


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imparcial
O STF virou a corte do “barrigão”: a que empurra com a barriga até que os fatos estejam consumados e que decidir para lá ou para cá não faça muita diferença.
E das manobras indecentes.
O recurso de Lula contra o envio de seu pedido de efeito suspensivo da condenação do TRF-4 ao Plenário foi dirigido à 2ª Turma que tem a compet~encia natural para julgar o apelo, exceto quando se trata de chefe de Poder da República.
O “juiz” mais importante da Corte, o “Dr. Sorteio Eletrônico”, porém, colocou todos os ministros na lista e, tal como aconteceu com Edson Fachin ao ser escolhido relator da Lava Jato, a escolha recaiu sobre o integrante mais novo do Tribunal, por ter menos processos atribuídos.
Moraes é aquele, como se recordam, que animava seus correligionários do PSDB prometendo prisões “a jato”.
Tudo, claro, previsível.
Como é previsível que Moares negará, rápido, o pedido de liminar para a soltura do ex-presidente.
Tem-se aí os ingredientes da decisão, que a presidente do STF, Cármem Lúcia, cozinhará no caldeirão da pauta que ela própria decide, esticando o prazo – já não o colocou na pauta de agosto, quando os rapazes e moças voltam de suas férias escolares – e, quem sabe, deixando para setembro, quando ela própria deixará o cargo e se integrará à 2ª Turma, se não houve jeito de liquidar, sem muito alarde, antes disso.
Só o que pode “desandar”, num prazo curto,  o calceirão onde tentam – até agora, inutilmente – cozinhar o galo Lula é o pedido de liminar a ser relatado por Gilmar Mendes para impedir prisões sem a sentença ter transitado  e – ao menos espero eu, para que não se alege o excesso do pedido – sem fundamentação na ordem de execução antecipada da pena.
O jogo de esperteza continua e a Suprema Corte brasileira se parece cada vez mais com aqueles tribunais de justiça desportiva, que o povo passou a chamar de “tapetão”.
Neste caso, com as protelações, chicanas e arranjos para manter Lula preso, talvez se possa chamar de “barrigão”.

Reinaldo Azevedo: “chegou a hora de adotar o politicamente adequado”

Publicado em 29 junho, 2018 10:23 am
A Coluna de Reinaldo Azevedo na Folha de S.Paulo aborda a questão dos brasileiros que assediaram russas fazendo com que as mulheres falassem palavras de baixo em português sem entender o idioma. “No país em que publicitários vendem o ‘cimento do saco roxo’ e em que letras de funk fazem a apologia da violação coletiva das ‘novinhas’, o despropósito talvez pareça integrar um paradigma cultural. Pergunta à margem: por que os progressistas em geral, e as feministas em particular, nunca se incomodaram com a “cultura do estupro” que impera no funk?”, pergunta o colunista.
Reinaldão, no entanto, aproveita para criticar a direita que ele chama de “xucra” e defender os “liberais”, que ele diz que se enquadra.
“A luta da direita liberal no Brasil será longa. Somos poucos. Ainda não lotamos uma van, sucedânea das Kombis. Infelizmente, o que se tem caracterizado por aqui como ‘direita liberal’ reúne malcriados em sentido amplo: faltam-lhes leitura, reflexão e bons modos. São, na verdade, reacionários. Estão empenhados em fazer o país andar para trás no que respeita aos direitos individuais, ainda que revistam seu antiliberalismo com memes de combate às esquerdas. Parte considerável da crise política que vivemos se deve ao triunfo, no pós-PT, do iliberalismo, de que a Lava Jato —cheguei a ela!!!— é hoje a expressão mais virulenta. Deixou de ser a ação do Estado legal contra a corrupção para se tornar um projeto de poder ancorado na ilegalidade e na supressão de garantias individuais. Numa contradição só aparente, os Torquemadas da operação no STF são dois ministros oriundos da extrema esquerda: Edson Fachin e Roberto Barroso”.
E ele critica a direita que usa o argumento “contra o politicamente correto” para defender os assediadores das russas. Reinaldo Azevedo acha que devemos procurar o “politicamente adequado”. Ele se coloca como moderado nessa discussão comportamental.
“Junto os fios e volto aos vídeos. É um deboche incluir aquelas manifestações no capítulo da liberdade de expressão ou no dos excessos do ‘politicamente correto’. É preciso, diga-se, aposentar essa expressão para que seu oposto, o ‘politicamente incorreto’ —mera contrafação de um pensamento realmente livre—, não tente se impor como norma. Releguemos as duas categorias à metafísica possível de humoristas de stand-up, que ganham seus belos trocados excitando o riso furioso e ignorante dos já convertidos. Proponho a categoria do ‘politicamente adequado’. Inovo, assim, apelando ao antigo que liberta: São Paulo, o apóstolo. Posso tudo, mas nem tudo me convém. A liberdade de expressão é irmã gêmea da tolerância e do reconhecimento da existência do ‘outro’, nunca da intolerância, do ódio e da agressão aos vulneráveis”, explica.
E Reinaldão finaliza: “encerro com uma ilustração eloquente. Quem emprega ‘judiar’ como sinônimo de ‘maltratar’ não está necessariamente praticando antissemitismo. Se, no entanto, conhecer a origem da palavra e insistir no seu emprego, aí se trata de antissemitismo. Simples assim”.

Fonte DCM.
Por Madalena França.

Lula, ao JB: “O governo golpista tem pressa em entregar o petróleo”


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lulacarta
Em carta ao Jornal do Brasil, o ex-presidente Lula, em lugar de lamuriar-se pelas injustiças que vem sofrendo, faz aquilo que falta aos políticos brasileiros: assume a defesa das riquezas do país, do emprego, da indústria e da renda nacionais, denunciando as apressadas manobras para entregar as jazidas do pré-sal, desmontar a indústria nacional e reduzir a Petrobras a uma casa de especulação com os preços do pretóleo e dos combustíveis.
Agir assim é uma “boa razão” para que esteja preso, para que se planeje afastá-lo das eleições e, ainda, para a insistência com que tentam barganhar sua soltura pela desistência de participar do processo eleitoral.

‘O Brasil voltará a ser dos brasileiros’

Luiz Inácio Lula da Silva, no JB
Enquanto o país prestava atenção à Copa do Mundo, a Câmara dos Deputados aprovou, em regime de urgência, uma das leis mais vergonhosas de sua história. Por maioria simples de 217 votos, decidiram vender aos estrangeiros 70% dos imensos campos do pré-sal que a Petrobras recebeu diretamente do governo em 2010. Foi mais um passo do governo golpista e de seus aliados para entregar nossas riquezas e destruir a maior empresa do povo brasileiro.
O projeto de lei aprovado semana passada é um crime contra a pátria, que exige reação firme da sociedade para ser detido no Senado, antes que seja tarde demais. É uma decisão que entrega de mão beijada campos do pré-sal com potencial de conter cerca de 20 bilhões de barris de petróleo e gás, burlando a lei que garante o pré-sal para os brasileiros.
Para entender a gravidade desse crime, é preciso voltar ao ano de 2009, quando a Petrobras precisava investir para explorar o recém-descoberto pré-sal. Apresentamos então um projeto de lei em que a União (a quem pertencem as reservas de petróleo, não se esqueçam) vendeu à estatal, em troca de títulos, o direito de explorar até 5 bilhões de barris de petróleo em campos do pré-sal. Foi a chamada Cessão Onerosa.
Assim, a empresa se valorizou, fez a maior operação de capitalização da história e tornou-se capaz de investir. O resultado é que, em tempo recorde, o pré-sal já produz 1,7 milhão de barris/dia, mais da metade da produção nacional. Como era uma operação especial, para defender interesses estratégicos do país, definimos na Lei 12.276/10, que a Cessão Onerosa “é intransferível”. 
Fora dessa área, o pré-sal só pode ser explorado pelo regime de partilha, por meio de uma legislação que garante a soberania do país e direciona essa riqueza para investimentos em educação, saúde, ciência e tecnologia, o nosso passaporte para o futuro.
Já circulam estudos indicando que o petróleo dos campos de Cessão Onerosa será vendido a preços entre US$ 6 e US$ 8 o barril, que é o custo de exploração, quando o preço internacional do barril oscila entre U$ 70 e US$ 80. As chances de achar petróleo nesses campos são praticamente totais, porque nós, brasileiros, já mapeamos as áreas. Para as petroleiras, é como comprar um bilhete premiado da loteria. Para o Brasil, é como vender a galinha da fábula, que botava ovos de ouro.
De posse desses campos, os estrangeiros vão comprar sondas e plataformas lá fora, sem gerar um só emprego na indústria brasileira. Vão contratar engenheiros e técnicos lá fora; vão controlar diretamente toda a inteligência de pesquisa e exploração em nosso pré-sal, o que também é um ataque à nossa soberania.
Esse ataque vem acontecendo desde o início do governo golpista, quando aprovaram a chamada Lei Serra, que excluiu a participação obrigatória da Petrobras em todos os campos do pré-sal. Foi mais um golpe na indústria naval brasileira, que se somou à decisão de reduzir para 50% a obrigação de a Petrobras de comprar máquinas e equipamentos no Brasil, o chamado conteúdo local.
Na presidência da Petrobras, Pedro Parente, representante do PSDB, iniciou a privatização de atividades estratégicas, como a produção de biocombustíveis, distribuição de gás de cozinha, produção de fertilizantes e participações na petroquímica. Pôs à venda a Liquigás, a BR Distribuidora, a fábrica de nitrogenados de Três Lagoas e o gasoduto do Sudeste (NTS). 
Madalena França via tijolaço.

STF não pauta “Caso Lula”; PT e PCdoB entram com ação contra Cármen Lúcia


 
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A ministra Cármen Lúcia, do STF, entrou no radar do PT e do PCdoB por omissão por não ter pautado para julgamento em plenário três ações que questionam a legalidade das prisões de condenados em segunda instância.
Os dois partidos cobram em abstrato a revogação da Súmula 122, do TRF4, que permite ilegalmente a antecipação da pena antes mesmo de esgotados os recursos nas instâncias superiores. Em concreto, petistas e comunistas querem libertar Lula já para as eleições de outubro.
Havia expectativa de que “Carminha”, como a chamam na Globo, pautasse o “Caso Lula” para a última sessão do STF, nesta sexta (29), antes do recesso de julho na Corte.
“Inobstante a questão tratada dizer respeito, diretamente, à liberdade de milhares de indivíduos, a presidente desta Corte, ministra Carmen Lúcia, como já dito, insiste em deixar de colocar na pauta do plenário a Medida Cautelar na ADC nº 54 para cessar execuções penais em desacordo com o atual entendimento do tribunal”, frisam na ação PCdoB e PT.
Na terça (26), o PCdoB havia entrado com outra ação pedindo para que o ministro Marco Aurélio Mello, relator das ADC’s 53 e 54, que decidisse monocraticamente contra as prisões de condenados em segunda instância.
A manobra de Cármen Lúcia atende aos interesses da Globo e do PSDB, que querem, a todo custo, evitar a inevitável candidatura de Luiz Inácio Lula da Silva à Presidência da República.
Madalena França 

“Queremos mais”: ninguém desmoraliza tanto a Justiça quanto os juízes


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AROEIRAMAGRITTE
Na coluna Painel, da Folha, o que preocupa suas excelências, enquanto se dedicam esforçadamente para deixar o país numa barafunda:
A cúpula do Judiciário começou a se mobilizar para tentar convencer o Planalto a –em meio a cortes de verbas até da saúde e da educação-– conceder um aumento de 12% para o seu funcionalismo. Segundo dados preliminares, o reajuste teria um impacto de cerca de R$ 12 bilhões nas contas do Tesouro. O movimento ocorre em meio à pressão para a criação de compensações à eventual suspensão de verbas indenizatórias pagas a todos os juízes, como o polêmico auxílio-moradia.
O famoso placar de 6 a 5 do Supremo também se repete, ma mesma forma que para manter Lula preso, no “tira daqui, mas bota de lá”:
 Integrantes de entidades que defendem os interesses da magistratura dizem que, hoje, ao menos  6 dos 11 ministros do Supremo são favoráveis à tese de que o auxílio-moradia só deve ser extinto se houver a aprovação de uma compensação que recomponha os salários.
Como os salários são “em cascata”, para “recompor” os vencimentos dos magistrados, necessário aumentar os dos ministros do Supremo, porque este é o teto constitucional mais furado que o do barracão de zinco de Orestes Barbosa. E vão, de batelada, deputados, senadores, juízes e desembargadores estaduais, e o “valoroso” (as aspas são uma literalidade)  Ministério Público.
A questão do auxílio-moradia abusivo, burlando a lei e os impostos, ilustra à perfeição o sentido ético da magistratura brasileira: o de entender-se uma casta, que tudo pode e que nada deve em solidariedade aos sofrimentos da população.
É a “meritocracia” em estado puro: “somos os melhores entre todos e, por isso, tudo nos é permitido”.
Se alguém ganha, alguém paga e, diante do que se soube esta semana sobre o salário dos executivos dass grandes empresas, ganhado milhões de reais por mês, dá para entender que tipo de modelo essa gente  tem do que é “mérito”.
 Madalena França Via Tijolaço.

Em artigo, Lula confirma candidatura à Presidência da República


 
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O ex-presidente Lula, por meio de carta, enviou artigo ao Jornal do Brasil garantindo que será candidato à Presidência da República na eleição de outubro.
No artigo, o petista anuncia que está voltando ao governo para “reverter tudo que estão fazendo contra nossa gente, contra os trabalhadores e contra o país”.
Lula não poupa Michel Temer, a quem ele chama de “golpista” e mostra-se preocupado com a soberania energética do Brasil à luz das privatizações do pré-sal. “Para as petroleiras, é como comprar um bilhete premiado da loteria. Para o Brasil, é como vender a galinha da fábula, que botava ovos de ouro”.
Leia a íntegra do artigo de Lula, originalmente publicado no Jornal do Brasil:
‘O Brasil voltará a ser dos brasileiros’
Enquanto o país prestava atenção à Copa do Mundo, a Câmara dos Deputados aprovou, em regime de urgência, uma das leis mais vergonhosas de sua história. Por maioria simples de 217 votos, decidiram vender aos estrangeiros 70% dos imensos campos do pré-sal que a Petrobras recebeu diretamente do governo em 2010. Foi mais um passo do governo golpista e de seus aliados para entregar nossas riquezas e destruir a maior empresa do povo brasileiro.
O projeto de lei aprovado semana passada é um crime contra a pátria, que exige reação firme da sociedade para ser detido no Senado, antes que seja tarde demais. É uma decisão que entrega de mão beijada campos do pré-sal com potencial de conter cerca de 20 bilhões de barris de petróleo e gás, burlando a lei que garante o pré-sal para os brasileiros.
Para entender a gravidade desse crime, é preciso voltar ao ano de 2009, quando a Petrobras precisava investir para explorar o recém-descoberto pré-sal. Apresentamos então um projeto de lei em que a União (a quem pertencem as reservas de petróleo, não se esqueçam) vendeu à estatal, em troca de títulos, o direito de explorar até 5 bilhões de barris de petróleo em campos do pré-sal. Foi a chamada Cessão Onerosa.
Assim, a empresa se valorizou, fez a maior operação de capitalização da história e tornou-se capaz de investir. O resultado é que, em tempo recorde, o pré-sal já produz 1,7 milhão de barris/dia, mais da metade da produção nacional. Como era uma operação especial, para defender interesses estratégicos do país, definimos na Lei 12.276/10, que a Cessão Onerosa “é intransferível”.
Fora dessa área, o pré-sal só pode ser explorado pelo regime de partilha, por meio de uma legislação que garante a soberania do país e direciona essa riqueza para investimentos em educação, saúde, ciência e tecnologia, o nosso passaporte para o futuro.
Já circulam estudos indicando que o petróleo dos campos de Cessão Onerosa será vendido a preços entre US$ 6 e US$ 8 o barril, que é o custo de exploração, quando o preço internacional do barril oscila entre U$ 70 e US$ 80. As chances de achar petróleo nesses campos são praticamente totais, porque nós, brasileiros, já mapeamos as áreas. Para as petroleiras, é como comprar um bilhete premiado da loteria. Para o Brasil, é como vender a galinha da fábula, que botava ovos de ouro.
De posse desses campos, os estrangeiros vão comprar sondas e plataformas lá fora, sem gerar um só emprego na indústria brasileira. Vão contratar engenheiros e técnicos lá fora; vão controlar diretamente toda a inteligência de pesquisa e exploração em nosso pré-sal, o que também é um ataque à nossa soberania.
Esse ataque vem acontecendo desde o início do governo golpista, quando aprovaram a chamada Lei Serra, que excluiu a participação obrigatória da Petrobras em todos os campos do pré-sal. Foi mais um golpe na indústria naval brasileira, que se somou à decisão de reduzir para 50% a obrigação de a Petrobras de comprar máquinas e equipamentos no Brasil, o chamado conteúdo local.
Na presidência da Petrobras, Pedro Parente, representante do PSDB, iniciou a privatização de atividades estratégicas, como a produção de biocombustíveis, distribuição de gás de cozinha, produção de fertilizantes e participações na petroquímica. Pôs à venda a Liquigás, a BR Distribuidora, a fábrica de nitrogenados de Três Lagoas e o gasoduto do Sudeste (NTS).
Em outra manobra criminosa, reduziu em até 30% a produção de combustíveis nas refinarias brasileiras. Deixamos de produzir aqui, em reais, para importar em dólares. Fez reajustes quase diários dos combustíveis, acima dos preços internacionais, o que aumentou os lucros dos estrangeiros. A importação de óleo diesel dos Estados Unidos mais que dobrou.
Não podemos esquecer que os primeiros a sofrer com a nova política de preços da Petrobras foram os mais pobres, que passaram a usar lenha e o perigosíssimo álcool para cozinhar, por causa do brutal aumento do botijão de gás.
Essa desastrosa política provocou, em maio, a paralisação dos transportes terrestres que tantos prejuízos provocou ao país. O Ipea acaba de informar que a produção industrial caiu 13,4% naquele mês. Não houve queda igual nem mesmo no primeiro mês da crise financeira global de 2008, quando o recuo foi de 11,2% (e cabe lembrar que superamos rapidamente aquela crise).
Em dois anos foram mais de 200 mil demissões de trabalhadores da Petrobras e de empresas contratadas por ela, além de mais de 60 mil demissões na indústria naval. A indústria de máquinas e equipamentos calcula uma perda de 1 milhão de empregos na cadeia de petróleo e gás, em decorrência dessa operação suicida.
A desvalorização do patrimônio da Petrobras, com a venda de empresas controladas, a perda de mercado no Brasil, a opção por se tornar mera exportadora de óleo cru, entre outras ações danosas de Parente, é dezenas de vezes maior que os alegados R$ 6 bilhões que teriam sido desviados nos casos investigados pela Lava Jato.
A votação da semana passada na Câmara, em regime de urgência, sem nenhum debate com a sociedade, mostrou que o governo golpista tem uma pressa desesperada para entregar o patrimônio nacional e destruir nossa maior empresa.
A verdade é que o tempo deles está acabando. Correm para entregar o que prometeram aos patrocinadores do golpe do impeachment em 2016: nosso petróleo, nossas riquezas, as empresas do povo, a Petrobras, a Eletrobras e os bancos públicos. Foi para isso, e para revogar direitos dos trabalhadores, que eles derrubaram a honesta presidenta Dilma Rousseff.
Ao longo de dois anos, os golpistas e os entreguistas do PSDB submeteram o Brasil aos interesses geopolíticos dos Estados Unidos e não apenas na Petrobras. A política externa dos chanceleres tucanos voltou a ser ditada pelo Departamento de Estado dos EUA, num retorno vergonhoso ao complexo de vira-latas que tínhamos superado em nosso governo.
Mas o tempo deles acaba em outubro, quando o Brasil vai eleger um governo democrático, com legitimidade para reverter a agenda do entreguismo, do ultraliberalismo, que só interessa ao mercado e não ao país ou ao nosso povo. Quando o Brasil eleger um governo que vai acabar com a farra das privatizações e da entrega do patrimônio nacional.
Podem ter certeza: voltando ao governo com a força do povo e a legitimidade do voto democrático, vamos reverter tudo que estão fazendo contra nossa gente, contra os trabalhadores e contra o país. E o Brasil vai voltar a ser dos brasileiros.
Luiz Inácio Lula da Silva
Ex-presidente e pré-candidato do PT à Presidência da República
Madalena França Via Esmael

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