O número de pessoas que vive com depressão está aumentando – 18% entre 2005 e 2015, segundo dados divulgados na quinta-feira dia(23) pela Organização Mundial da Saúde (OMS). A estimativa é que, atualmente, mais de 300 milhões de pess oas de todas as idades sofram com a doença no
mundo, ou seja, mais de 4,4% da população global. No Brasil, mais de 11 milhões de pessoas sofrem de depressão, e os casos que podem levar ao suicídio são de 5,8%, bem acima da média mundial e no topo da lista entre os países da América Latina.
O órgão alertou que a depressão é a principal causa de incapacidade laboral no planeta e, nos piores casos, pode levar ao suicídio. A informação é da ‘Agência Brasil’.
A depressão será o tema de maior destaque a ser tratado no Dia Mundial da Saúde, coordenado pela OMS e lembrado no próximo dia 7 de abril.
Dados mostram que quase 800 mil pessoas morrem em razão de suicídios todos os anos, a segunda principal causa de morte entre jovens de 15 a 29 anos.
A organização também alertou que, apesar da existência de tratamentos efetivos para a doença, menos da metade das pessoas afetadas pela condição no mundo – e, em alguns países, menos de 10% dos casos – recebe ajuda médica. As barreiras incluem falta de recursos, falta de profissionais capacitados e o estigma social associado a transtornos mentais, além de falhas no diagnóstico.
“O fardo da depressão e de outras condições envolvendo a saúde mental está em ascensão em todo o mundo”, concluiu a OMS, ao cobrar uma resposta compreensiva e coordenada para as desordens mentais por parte de todos os países-membros.
Brasil
Segundo matéria do ‘O Globo’, são 11.548.577 brasileiros que sofrem de depressão. Em números absolutos, o país fica atrás apenas da China e da Índia — ambos com população superior a 1 bilhão de habitantes — entre os países presentes no relatório. Em termos relativos, o Brasil fica atrás apenas da Ucrânia (6,3%), que convive com conflitos armados desde 2014, Estados Unidos (5,9%), Austrália (5,9%) e Estônia (5,9%).
Em números globais, as mulheres são mais afetadas pelo distúrbio, com prevalência de 5,1%, contra apenas 3,6% entre os homens. De acordo com a OMS, o problema afeta principalmente países pobres e em desenvolvimento. As taxas de prevalência variam com a idade, com pico entre os mais idosos, entre 55 e 74 anos. Mas o distúrbio também afeta crianças e adolescentes com menos de 15 anos, mas em taxas menores.
Outro grupo alvo são as mulheres que estão grávidas ou acabaram de dar à luz. Depressão neste período é extremamente comum. Cerca de 15% das mulheres vai sofrer não apenas da tristeza, mas de caso diagnosticado de depressão.
Os aposentados também são mais suscetíveis.
Ansiedade: brasileiros são os que mais sofrem
O relatório também traz números sobre distúrbio de ansiedade, que afeta 264 milhões de pessoas no mundo, alta de 14,9% entre 2005 e 2015. Segundo a OMS, esse aumento é resultado do crescimento e envelhecimento da população. Com 18.657.943 brasileiros afetados pela doença, o país lidera a lista de prevalência da doença, com taxa de 9,3%, bem acima da média mundial, de 3,6%.
Logo atrás do Brasil estão Paraguai, com taxa de 7,6%; Noruega, com 7,4%; e Nova Zelândia, com 7,3%. Assim como a depressão, o distúrbio de ansiedade afeta mais as mulheres, com taxa de 4,6%, que os homens, com apenas 2,6%.
Fonte: Agência Brasil e O Globo