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terça-feira, 17 de outubro de 2017

Moro vai para a Globonews. Estão ficando sem nomes…


moroglobonews
Depois de um período em que só aparecia em seus ferozes interrogatórios, ou como popstar em eventos promocionais, Sérgio Moro ensaia os primeiros espetáculos de televisão que, talvez, sejam seu media training para o ano que vem, numa entrevista ao cândido Gerson Camarotti, que sabe muito bem para onde quer levar o show, hoje à noite.
Claro que Moro não falará do processo de Lula, alegando que não pode falar sobre casos sob seu julgamento, embora não faça outra coisa “em tese”.
Também é previsível que assumirá a cantilena de que estão querendo atacar a Lava Jato, que os políticos isso, aqui outro e que o Supremo tem de manter o encarceramento imediato após a sentença de segunda instância e a algumas das falecidas “10 medidas contra a corrupção”.
No script também, está sair pela tangente no caso da corrupção do Governo Federal, porque ainda não se sabe o quanto se vai precisar de Temer no ano que vem.
É possível, se o tempo permitir, que se inclua o momento do homem de vida simples, modesta  – nada de falar das férias em Miami – e dedicado à mulher e aos filhos.
No treiler, “sem querer querendo”, fala que temos um certo “sebastianismo”, a esperança de um “salvador da pátria”, condição da qual, modestamente, declina desta condição.
Tem cara de ensaio, cheiro de ensaio, tom de ensaio…

Temer chama Doria para jantar, por votos. Terá ração?


dogshow
Irresistível a gozação.
Andreia Sadia, no G1, anuncia que Michel Temer, “De olho em votos do PSDB, Temer chama Doria para jantar“.
Como jantar é à noite, Aécio não pode ir, por causa do “recolhimento domiciliar noturno”.
Mas Dória pode levar um pote de seus biscoitos caninos para pobre, digo, o seu suplemento alimentar, para Temer experimentar.
Come-lo-ia, Sua Excelência?
Claro, e ainda teria a companhia de Moreira Franco e Eliseu Padilha, perguntando:
Posso roubar um?
E já pegariam logo um punhado.
-Tudo isso?
-Não é só pra mim, vou levar para o Geddel.
E Temer, com a sua genialidade, tem uma ideia:
-Doria, e se a gente pusesse nuns pacotinhos com rótulos onde estivesse escrito: “verbas”, “vantagens” e “cargos” e levasse aos deputados?
-Boa ideia, presidente, posso mandar mandar tingir de verde.
Pano rápido.

Redação Pragmatismo Redação Pragmatismo Editor(a) MICHEL TEMER17/OCT/2017 ÀS 12:50COMENTÁRIOS Celular de Temer é divulgado e vice-líder do governo protesta: “é esculhambação”



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Depois de vir à tona o número do telefone celular do presidente Michel Temer também na internet pra quem quiser ver, a Câmara dos Deputados disse que não vai retirar o material do ar, a menos que o Supremo Tribunal Federal (STF) ordene

Basília Rodrigues, Congresso em Foco
Depois de vir à tona o número do telefone celular do presidente Michel Temer também na internet pra quem quiser ver, a Câmara disse que não vai retirar o material do ar, a menos que o Supremo Tribunal Federal (STF) ordene. Não só o telefone do peemedebista, até o próprio contato do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), de senadores como Aécio Neves (PSDB-MG), de ministros do Executivo e do Judiciário, e até de um tal Joesley, este sem o sobrenome identificado, estão expostos lá – trata-se de Joesley Batista, dono da JBS.
O jornal O Globo divulgou a informação depois de localizar no material a agenda de telefone do ex-ministro Geddel Vieira Lima que foi apreendida pela Polícia Federal.
A Câmara informou em seguida que cumpre o que foi determinado pelo ministro Edson Fachin, relator da Lava Jato. Ele entregou as informações aos deputados que analisam a denúncia contra Temer. Apesar dos dados serem sigilosos, a Casa diz que não recebeu nenhuma proibição explícita do STF. “A Câmara perguntou para o Fachin como lidar com aqueles dados”, afirmou um técnico da casa que lidou diretamente com os dados. “E o ministro só informou que um único documento estava sob sigilo. O restante não. E foi o que fizemos, o que está previsto em lei: demos publicidade às informações”, afirmou um técnico da casa que lidou diretamente com os dados.
Nesta segunda-feira, na tentativa de justificar a situação, o vice-líder do governoDarcísio Perondi (PMDB-RS), deu uma versão esvaziada. Afirmou “foi um jornalista que colocou as informações no site da Câmara”. Um funcionário da Comissão de Constituição e Justiça, ao saber disso, falou: “Eu não sei se existem jornalistas lá”. “Tem muitas pessoas com formação em Direito. Ainda que tenha sido um jornalista, um advogado, um administrador, ou alguém de qualquer outra área, isso só poderia ser possível sendo um funcionário da própria Câmara e claro sob orientação da Mesa Diretora. A Secretaria Geral da Mesa divulgou os dados lá, legalmente.”
Outro vice-líder do governo, Carlos Marun (PMDB-MS) reagiu: “Está tendo uma esculhambação”. “Onde já se viu divulgar o telefone do presidente da República? Mas dizer que publicaram porque quiseram, não vou dizer isso, não faz sentido. Ninguém vai ser punido por isso claro. Mas se a informação é sigilosa, por que publicar a informação sigilosa!? Ou respeita ou tira o sigilo de tudo.”
As informações somam quase 2 terabytes e estão lá no site da Câmara desde 29 de setembro. “Está na cara que está havendo um movimento pra prejudicar o presidente às vésperas da votação”, reclamou Lelo Coimbra (PMDB-ES), líder da maioria.
O caminho pra ter acesso às informações não é tão simples assim. Na página da Comissão de Constituição e Justiça, um link dá acesso a inúmeras pastas e subpastas. Uma se chama Sepsis, nome dado a uma das operações da Polícia Federal que pegou Geddel de jeito. Lá está, por exemplo, a extensa agenda de contatos do ex-ministro com mais de 1.700 números.
Claro que depois do presidente receber a ligação do jornalista Vinícius Sassine, o Planalto desligou os números de telefone. O Gabinete de Segurança Institucional não comentou o assunto. E muita gente está querendo mudar de número também.
Acompanhe Pragmatismo Político 

Protejamos a memória dos mortos : Um dia todos responderão ao chamado de Deus...

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Sabe porque a vida é um milagre? porque os que viveram no Pai, terão vida eterna.

Nascemos e morremos falhos. Não há humanos perfeitos. Contudo o respeito aos mortos é uma atitude  de amor, solidariedade e perdão. Todo aquele que pra terra morreu, a ninguém mais deve nada. Suas contas já foram acertadas com o dono de tudo e todos.
Somente o julgo de Deus, poderá tocar os mortos. Eles agora desfrutam do convívio e das ordens do criador.Justamente por isso que a vida é um milagre. Porque os que viveram no Pai, terão vida eterna.
Insensato, desumano e amoral é o desrespeito aqueles que só a Deus pertencem.
Não devemos ter piedade dos mortos. Estes já se resolveram com o Pai. Tenhamos misericórdia e piedade dos que vivem sem AMOR.
Creio que essas almas sombrias já estão mortas, desde que deixaram de ser úteis e que só conseguem observar no outro a escuridão da sua alma. Amemos mais, perdoemos mais. Algumas palavras para mim são intocáveis: "Deus, Mãe, Pai, Filhos, Crianças e os Mortos". Respeite-as!
Para Denis Diterot; "Uma palavra grosseira, uma expressão bizarra, ensina por vezes, mais do que dez belas frases". Aprendamos a não ser atingidos por palavras que matam, forças demoníacas que dominam criaturas frágeis e distantes de Deus. O demônio tem força ,mas Deus tem poder!
Afaste-se dos que você considera seus inimigos. Todavia não carregue Lixo na Alma. Não odeie seu inimigo. Reze por eles.
E seja Feliz.
Que sobre o Manto Sagrado de Maria coloquemos nossos amigos e parentes mortos e sobre as Chagas de Cristo coloquemos nossos inimigos vivos, para que Deus o cure dos males do ódio e do desamor. Amém!

Descanse em Paz!

Escrito por Madalena França



Nanda Costa sobre 'cura gay': 'Me sinto livre para amar quem eu quiser'


'Minha religião é o amor', declarou atriz de 'Pega Pega'

Nanda Costa sobre 'cura gay': 'Me sinto livre para amar quem eu quiser'
Notícias ao Minuto Brasil
HÁ 3 HORAS POR NOTÍCIAS AO MINUTO
FAMA POLÊMICA
Nanda Costa, que interpreta Sandra Helena na novela "Pega Pega", afirmou que "sua religião é o amor" ao ser questionada sobre a recente polêmica em relação à "cura gay" pela revista "Joyce Pascowitch".

"Como eu poderia não me manifestar? Minha religião é o amor. Eu realmente acredito que arte e amor podem curar muita coisa. Me sinto livre, na vida e na arte, para amar quem eu quiser, assim como dar vida a qualquer personagem que exija coragem e despudor. O preconceito e a homofobia, sim, são doenças, e gravíssimas por sinal!", disse Nanda.
Nanda Costa também contou à revista que demorou muito tempo para se sentir bonita e aceitar posar nua para uma revista masculina. Com o cachê do ensaio, a atriz disse que comprou um apartamento.

Violenta colisão entre estrelas é observada pela 1ª vez por cientistas


Estrelas de nêutrons se chocaram, produzindo um flash mais brilhante do que milhares de sóis e ondas gravitacionais

Violenta colisão entre estrelas é observada pela 1ª vez por cientistas

O Observatório a Laser de Ondas Gravitacionais (Ligo), que tem sua base nos Estados Unidos, foi o primeiro a capturar o momento em que duas estrelas ultradensas colidiram violentamente e se fundiram, formando um buraco negro.
"O que é incrível nesta descoberta é que é a primeira vez que temos uma imagem completa de um dos eventos mais violentos e cataclísmicos do universo. Esta é a campanha de observação mais intensa que já existiu ", disse Dave Reitze, diretor executivo do Ligo.
As duas estrelas foram notadas por centros de estudos em 17 de agosto e vinham sendo acompanhadas desde então.

Benoit Mours, do Centro Nacional de Pesquisa Científica francês, contou à agência de notícias "AFP" que foi possível observar o fenômeno desde o início. "O que é maravilhoso é que assistimos toda a história do início ao fim: vimos as estrelas de nêutrons se aproximarem, girar cada vez mais rápido uma ao redor da outra, vimos a colisão, a matéria e os resíduos enviados em todas as direções", explicou.
A colisão criou o que se chama uma "quilonova", algo nunca visto antes pelos cientistas. Essa foi o primeiro evento cósmico da história a ser testemunhado através de telescópios óticos tradicionais, que podem observar radiações eletromagnéticas como raios gama, e detectores de ondas gravitacionais, que detectam as "rugas" no espaço-tempo produzidas por grandes explosões no espaço distante.
As estrelas de nêutrons são os objetos mais densos do cosmos, com massa que varia de 1,1 a 1,6 vezes a massa do Sol. Trata-se de núcleos comprimidos de grandes estrelas que explodiram como supernovas há milhões de anos.
Estima-se que os corpos observados tinham massas entre 10% e 60% maiores do que a do nosso Sol, mas eram bem menores. Eles giravam um em torno do outro na constelação de Hydra, no Hemisfério Sul, a 130 milhões de anos-luz de distância.
Os corpos "alcançam temperaturas extremamente altas, de até um milhão de graus. São muito radioativos, seus campos magnéticos são incrivelmente intensos e seriam fatais para qualquer corpo que se aproximasse", explicou Patrick Sutton, chefe da equipe de física gravitacional da Universidade de Cardiff, do Reino Unido.

É FATO: Violência em Pernambuco é maior e homicídios crescem mais que no Rio


Foto: Google Imagens/Reprodução
Do VALOR ECONÔMICO e G1
charlesnasci@yahoo.com.br

Com um média de 16 homicídios por dia, a violência no Estado de Pernambuco vem crescendo a um ritmo três vezes superior ao do Rio de Janeiro este ano. De janeiro a julho, o número de assassinatos no Estado, que desde 2014 vêm subindo ininterruptamente, avançou alarmantes 37,8% em relação ao mesmo período do ano passado. No Rio, o crescimento foi de 12,6%.

Segundo informações da Secretaria de Defesa Social de Pernambuco e pelo Instituto de Segurança Público do Rio de Janeiro (ISP), foram 3.322 crimes intencionais letais (inclui homicídio doloso, lesão corporal seguida de morte, latrocínio e morte em confronto com policiais) de janeiro a agosto em Pernambuco contra 3.911 no Rio. Em termos relativos, a comparação entre os Estados mostra que a violência em Pernambuco é mais crítica - já que a população é 44% menor -, algo que foi reconhecido pelo próprio ministro da Justiça, Raul Jungman, em recente entrevista a uma rádio local.

A Organização das Nações Unidas (ONU) considera como "aceitável" uma taxa de até 10 homicídios a cada 100 mil habitantes. No Brasil, o índice gira em torno de 29 mortes a cada 100 mil habitantes, um patamar de países que estão em guerra. No Rio, a taxa é de 40 e, em Pernambuco, de quase 57, considerando os últimos 12 meses. Como resposta aos números, o governador Paulo Câmara (PSB) tem direcionado esforços para fortalecer o efetivo policial e já anunciou até a criação de um Batalhão de Operações Especiais (Bope), a exemplo do que existe no Rio. Em paralelo, o governo está aumentando o número de policiais em 4.300 homens - o efetivo total no momento conta com 25 mil homens das polícias militar e civil - e investindo R$ 290 milhões na renovação de toda a frota das polícias e compra de equipamentos.

Mas os resultados ainda não estão aparecendo. Em agosto, Pernambuco somou 413 assassinatos, o pior número para o mês nos últimos sete anos, embora tenha havido recuo em relação a julho. Mesmo faltando quatro meses parra encerramento do ano, o numero de homicídios no Estado até agosto - 3.735 mortes - já superou o total registrado em todos os anos do período 2010 a 2014.

MAIS NÚMEROS - Ao longo de todo o ano de 2016, foram registrados 4.479 homicídios. Março e abril foram os meses mais violentes deste ano. Foram 551 homicídios em março e 514 mortes em abril. Com 411 crimes contra a vida, setembro foi o sexto mês com mais homicídios, um a menos que agosto. O levantamento mostra as dificuldades enfrentadas pelo "Pacto Pela Vida", política pública lançada em 2007 para cumprir uma meta de redução de 12% das mortes a cada ano e que não vem sendo cumprida nos últimos meses. Só em setembro, 2.111 pessoas foram autuadas em flagrante e 421 por ato infracional. Foram cumpridos, ainda, 541 de prisão. Ao todo, a polícia apreendeu 507 armas e realizou 391 ações de combate ao tráfico de drogas.

BRITO: NÃO CHORE PELA ESCRAVIDÃO, MÍRIAM. VOCÊS PUSERAM TEMER LÁ



Por Fernando Brito, do Tijolaço - A revelação feita hoje cedo pelo blog do Leonardo Sakamoto de que uma portaria do Ministério do Trabalho dificulta a autuação e a punição das empresas que praticam o trabalho escravo está provocando reações na mídia, cheias da hipocrisia de quem sempre soube que o golpe foi, entre outros, apoiados pelos que querem fazer retroceder os direitos do trabalhador.
Ou não vimos os jornais, em coro, dizer que a proteção das leis trabalhistas eram um entrave ao nosso crescimento econômico? Será que passou despercebido o dilema francamente exposto por Jair Bolsonaro, que, entre uma continência à bandeira americana e gritos de “USA, USA!” disse que o trabalhador deveria escolher entre ter direitos ou ter emprego?
Mas nada é mais risível que a revolta de Miriam Leitão, que virou manchete no site de O Globo, afirmando que a “portaria do trabalho escravo é vitória das forças do atraso‘.
Essa é mais uma medida de retrocesso social do país. Nos últimos anos já vinha sendo dificultada a divulgação da lista dos que foram flagrados em prática de trabalho escravo. Agora, por portaria do Ministro do Trabalho fica decidido que só ele pode divulgar a lista, e que só pode haver flagrante com a polícia, e que trabalho degradante e jornada excessiva não entram na mesma lista. Foi mais um pedido da bancada ruralista que o presidente aceita dentro do seu esforço para barrar a segunda denúncia.
A dúvida é: é essa é mesmo a agenda do agronegócio, no fim da segunda década do século XXI? O setor tem um lado eficiente, moderno, globalizado. Vai continuar se deixando representar pelo atraso? Pelos que acham normal esse nível de maus tratos aos trabalhadores que são flagradas em alguns poucos empreendimentos rurais?

Peraí, Miriam: “mais uma medida de retrocesso social no país”? Quais foram as outras? A antirreforma trabalhista, que entra em vigor agora, substituindo a relação de emprego por contratos de “PJ”, sem direitos? A retirada, felizmente empacada, da aposentadoria ou seu adiamento para o “dia de São Nunca”? O aumento dos anos de contribuição exigidos para o trabalhador rural pensar em ter um benefício?
Ora, Miriam, mas vocês não puseram no poder as “forças do atraso”? Agora reclama que elas se comportem como sempre foram?
E como reclamar que Michel Temer está comprando com medidas como essa a recusa ao processo que o MP quer que se mova contra ele? A ilustre colunista nada sabia sobre as práticas do PMDB e o que ele exigia em troca de uma “governabilidade” que negou, desde quando Dilma Rousseff – aquela mesmo que a senhora odeia – foi apertando os cordéis para tirar os indicados da politicalha dos cargos de direção que ela sempre exigiu?
A questão do trabalho escravo, há muito tempo, é um paradoxo. Os fiscais do Trabalho tinham completa autonomia para agir e a tal “lista” nem sequer é assinada pelo Ministro do Trabalho, mas por quem ocupa a Secretaria de Inspeção do Trabalho. Se alguma falha tinha – e foi largamente explorada no Judiciário – é que a lista e suas sanções eram reguladas por portaria, não por lei.
E sabe porque, Miriam, não o eram por lei? Porque os valorosos parlamentares que derrubaram Dilma Rousseff jamais a aprovariam na forma em que era formulada, de acordo com as regras da Organização  do Trabalho, o que Dilma penou para conseguir, só em 2014, aprovar a desapropriação de propriedades onde ocorresse trabalho escravo (que tramitava como Emenda Constitucional desde 1979) e que os ruralistas só engoliram acrescendo um processo “definido em lei”. Lei, claro, que não saiu.
Quem bota o lobo no poder, Míriam, não pode chorar pelas ovelhinhas. Para continuar no reino animal, serão lágrimas de crocodilo.

A demissão de Paulo Nogueira do Banco dos Brics, por ele mesmo


pnbjr
Abstive-me de comentar a demissão de Paulo Nogueira Batista Jr do cargo de diretor brasileiro do Banco dos Brics antes que ele próprio o fizesse. Não acho ético falar sobre o rompimento de um contrato de trabalho se o personagem ainda não disse como e porque ela aconteceu, ainda que, desde o golpe, se tivesse a certeza de que o governo ilegítimo brasileiro não o queria lá.
E não o queria porque Batista é um desenvolvimentista, um homem que alimenta a crença num crescimento harmônico e distributivista de nosso país e que tem coragem de dizer que a “turma da bufunfa” – expressão genial que criou para os donos do dinheiro que, ao contrário, pensam em políticas predatórias e de ganho rápido.
No fundo, afinal, é este o sumo do embate político-econômico do Brasil: crescimento estrutural e com justiça social progressiva (e não apenas prometida) ou predação colonial, financeira inclusive.
Por suas convicções, Batista vai acumulando “saídas” dos lugares onde foi parar pela capacidade como economista e pela sinceridade como cronista: a Folha, o FMI e agora o Banco dos Brics.
Hoje, na Folha, ele conta a história de sua saída, obra de homens que querem um Brasil miúdo, atrasado, capacho. Registro, abaixo, na esperança que , agora, livre das peias que o cargo impunha, ele possa dividir mais conosco suas ideias políticas e econômicas.

Minha demissão do banco dos Brics foi 
politicagem, diz Paulo Nogueira

Demitido na semana passada do NBD (Novo Banco de Desenvolvimento), o banco dos Brics, Paulo Nogueira Batista Jr., 62, se diz vítima de “politicagem”.
Em entrevista por e-mail à Folha, como solicitado pelo entrevistado, o economista afirma que limitou-se “a comentar o processo de impeachment”, sem fazer críticas ou elogios à ex-presidente Dilma Rousseff (que foi quem o indicou ao cargo) ou ao sucessor, Michel Temer.
Batista Jr. foi desligado da vice-presidência do banco após um processo interno concluir que ele quebrou as normas ao escrever artigos críticos à política interna do Brasil. Além disso, ele foi acusado de assédio moral por um funcionário brasileiro.
Em artigo de abril do ano passado, o economista escreveu que “impeachment sem configuração de crime de responsabilidade ou de crime comum é golpe”.
“Os defensores do impeachment não estão invocando crime comum. É preciso verificar, então, se têm base as alegações de crime de responsabilidade”, afirmou.
Em julho deste ano criticou a condenação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva pelo juiz Sérgio Moro. “O juiz bateu recordes de desfaçatez”, escreveu.
Segundo Batista Jr., as investigações foram “enviesadas e viciadas, atropelando procedimentos”.
“Por trás de toda história, estava a tentativa de encontrar meios de me acusar de quebra do código de conduta para permitir meu afastamento. Politicagem.”
Procurado, o Ministério da Fazenda informou que não iria comentar. Já o Banco Central afirmou, em nota, que se “trata de assunto interno” do banco dos Brics.
“A demissão foi aprovada pela diretoria da instituição, que é autônoma, e referendada por unanimidade pelos membros do conselho.”
Folha – Acha que foi injustiçado?
Paulo Nogueira Batista Jr – A demissão foi injusta e irregular. Por motivos não inteiramente claros —não quero fazer conjeturas—, alguns integrantes do governo brasileiro, especificamente o presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn, e um assessor do ministro [Henrique] Meirelles, Marcello Estevão, decidiram encontrar formas de me afastar e pressionaram o presidente do NBD, KV Kamath, que não se destaca pela firmeza ou coragem, a iniciar investigações contra mim. Eu tinha mandato e contrato. Só poderia ser afastado, se rompesse o meu contrato.
Como não havia base ou motivo para argumentar que eu havia desrespeitado o contrato ou o código de conduta, o banco acabou dando um mergulho na arbitrariedade. As investigações foram conduzidas de forma enviesada e viciada, atropelando procedimentos e desrespeitando o vice-presidente brasileiro.
O argumento do NBD é que o sr. desrespeitou normas de conduta do banco ao fazer críticas à política do Brasil.
Não fiz críticas à política interna do Brasil. Nos artigos que publiquei jamais fiz qualquer crítica ao governo Temer ou ao governo Dilma, tampouco fiz elogios. Isso porque uma das obrigações estabelecidas pelo código de conduta do NBD é manter a neutralidade política.
Escrevi poucos artigos sobre a situação política e econômica do Brasil nesses dois anos em que estive na China.
Em um dos artigos que foram considerados impróprios comentei o processo de impeachment então em curso, limitando-me a discorrer sobre os requisitos constitucionais para o impeachment.
O sr. foi indicado pelo Brasil ao NBD. Mesmo sem a missão de ser o representante brasileiro no banco, não excedeu seu mandato ao criticar o chefe do Estado que representa?
Desafiei o advogado que havia sido contratado pelo NBD para investigar os meus artigos —e que me acusava de parcialidade política— a mostrar um exemplo de crítica ao governo Temer ou elogio ao governo anterior. Ele ficou sem resposta.
Cogitou entregar o cargo após o impeachment?
Não. Eu estava muito empenhado no projeto do banco, trabalhando de 9h às 21h todo os dias.
O NBD é uma instituição potencialmente muito importante, pois poderá ser em quatro ou cinco anos um dos maiores bancos multilaterais do mundo, com capital que pode chegar a US$ 13 bilhões se entrarem novos
membros. O Banco Mundial tem US$ 16 bilhões em capital.
Não se deve perder de vista que o NBD é a primeira instituição financeira multilateral, de alcance global, desde Bretton Woods, quando foram criados o FMI e o Banco Mundial. As que foram criadas depois são de âmbito regional ou sub-regional.
Meu envolvimento com o projeto é anterior à criação da instituição, já na fase de negociação do banco e do fundo monetário dos Brics. Participei do processo de cooperação dos Brics desde o início, em 2008. Era um investimento pessoal grande, não tinha por que renunciar.
Quando esteve no FMI, sua opinião provocou controvérsia quando criticou o pacote de austeridade grego.
Eu não tenho receio de ficar isolado. Em certos momentos, eu fui o único dos 24 diretores-executivos do FMI que discordou do programa de austeridade grego —que era um massacre para a Grécia. Acredito que o tempo deu razão aos que, como eu, criticaram desde o começo.
Chegou a tecer opiniões críticas aos demais membros do NBD? A política econômica chinesa desagrada o setor produtivo brasileiro.
Não fiz críticas a outros países-membros. Nos meus dois anos e pouco na China, a minha admiração pelo país só fez crescer. É um país que tem coesão e rumo —coisas que fazem falta ao Brasil. A China é a grande âncora do NBD. Se o banco fracassar, não será por falta de apoio do país hospedeiro.
O sr. é acusado de assédio moral por funcionários.
Eu recomendei a demissão de um funcionário brasileiro que tinha desempenho muito fraco. Ele foi instado a prestar uma queixa de assédio moral e retaliação. A queixa não tinha base, mas serviu para sustar a demissão dele.
A acusação decorre de divergências na indicação de um funcionário. A equipe técnica discordou de seu parecer.
Havia um painel de entrevista para selecionar um profissional para a área de estratégia. O funcionário brasileiro cuja demissão recomendei discordou da minha preferência para a escolha.
Passaram a alegar que eu havia recomendado a sua demissão por mera retaliação. Mas o problema real era o desempenho pífio daquele funcionário.
Por trás de toda essa história, estava a tentativa de encontrar meios de me acusar de quebra do código de conduta para permitir o meu afastamento. Politicagem, em resumo.
O sr. também acusa o presidente do NBD de assédio, poderia relatar o que ocorreu?
Não foi acusação por assédio, foi por quebra da neutralidade política. Estavam me acusando de quebrar a neutralidade política em alguns artigos. Ao me defender dessa acusação, eu mostrei que o presidente do banco, que é indiano, tinha claramente quebrado o código de conduta em entrevistas à imprensa da Índia. Chegou a declarar-se um devoto seguidor do primeiro-ministro. Eu perguntei, com ironia, isso é manter neutralidade política?
Vai tentar algum tipo de recurso para receber uma indenização do banco devido ao seu desligamento antecipado?
Não sei se tenho essa possibilidade. Voltarei ao Brasil
Volte, Paulo. A partir de 2018 precisaremos de gente como você para reerguer este gigante ajoelhado.
http://oglobo.globo.com/videos/v/temer-atende-ao-telefone/6222026

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