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sexta-feira, 30 de março de 2018

Malafaia vai apoiar Bolsonaro e diz que vai “arrastar 80% do voto evangélico”


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Candidato do nanico PSL à Presidência da República, o deputado federal Jair Bolsonaro aposta todas as fichas nas redes sociais para propagar sua campanha pelo país. O parlamentar está prestes a acertar o reforço de um exército na estratégia para compensar o pouco tempo que terá na televisão a partir de agosto. O pastor Silas Malafaia, uma espécie de “influencer” evangélico, decidiu usar sua teia digital em prol da candidatura de Bolsonaro. Há duas semanas, um encontro na sede da Associação Vitória em Cristo começou a pavimentar o caminho para o apoio nas eleições. Participou da conversa o senador Magno Malta (PR-ES), cotado para ser vice do deputado.

— Bolsonaro é o único que defende diretamente a ideologia da direita. Ele encarna os valores mais caros ao nosso povo na questão dos costumes. Pode anotar, 80% do voto evangélico irá para Bolsonaro nestas eleições — afirma Malafaia, de olho na provável saída de Lula do jogo eleitoral. — Se ele (Lula) fosse candidato, não haveria esta proporção porque parte do voto popular evangélico iria para o petista graças ao Bolsa Família.
O pastor pretende repetir um método utilizado nas eleições municipais de 2016, quando priorizou atacar adversários em vez de pedir votos para os candidatos que apoiava. Marqueteiros consideram que este tipo de campanha negativa é muito mais útil, na medida em que Malafaia e outras lideranças evangélicas enfrentam forte rejeição em determinados segmentos da sociedade. Sua imagem sofreu arranhão ainda maior desde a condução coercitiva feita pela Polícia Federal em dezembro de 2016. Ele perdeu milhares de doações durante o ano passado por ter que explicar os motivos de receber R$ 100 mil em sua própria conta bancária de um acusado de corrupção. Malafaia afirma que não faz sentido qualquer tipo de insinuação, pois declarou os valores no Imposto de Renda.

Em mãos para impulsionar Bolsonaro, um canhão digital nas principais redes sociais (Facebook, Twitter e Instagram). O pastor mantém ainda um canal no YouTube com mais de 30 milhões de visualizações e uma base de dados de telefones para disparar os vídeos via WhatsApp. Foi por meio dessas ferramentas que Malafaia ajudou a desconstruir candidaturas de esquerda em Cuiabá, Nova Friburgo, Belém e Sorocaba (SP). No Rio de Janeiro, o pastor atacou posições de Marcelo Freixo (PSOL) em cerca de 40 vídeos no segundo turno das últimas eleições municipais para beneficiar Marcelo Crivella (PRB). As falas para seu público são sempre bélicas. Malafaia já acusou candidatos psolistas de defender a “erotização de crianças” e de “envolvimento com os black blocs”.
— Vou continuar jogando pesado nas redes sociais. O (Geraldo) Alckmin “deu mole” para a gente ao fazer sinalizações para o movimento gay. A Marina (Silva) também vai “apanhar” muito de mim. Em 2010, já tinha deixado de apoiá-la quando ela disse que faria um plebiscito sobre aborto, caso eleita — diz Malafaia, que no ano passado sinalizou que o prefeito de São Paulo, João Doria, seria o seu preferido para o Planalto. — Ele só precisava ser menos almofadinha, disse isso a ele.
Não é pequena a influência de Malafaia, que admite já ter feito investidas erradas em candidaturas vitoriosas à Presidência e ao governo do Rio, onde reside. Apesar da justificativa ideológica, há sempre muito pragmatismo nas escolhas do pastor. Malafaia apoiou o PT na eleição de Lula em 2002 e manteve-se neutro quatro anos depois. Com o fim da era petista, buscou apoiar Marina, então no PV, em 2010, mas faltando duas semanas para a eleição descambou para a candidatura de José Serra (PSDB). Quatro anos depois, apoiou outro tucano, o hoje senador Aécio Neves. No Rio, deu suporte às campanhas de Sérgio Cabral, Eduardo Paes e Luiz Fernando Pezão — todos concorreram pelo PMDB. Paes, aliás, é um dos políticos que mais admira mesmo tendo desenvolvido várias políticas voltadas para o público LGBT em duas administrações. O pastor diz que se arrepende de ter apoiado Lula e Sérgio Cabral.
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