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segunda-feira, 17 de abril de 2023

Em Orobó acostumados a migalhas, o Povo se assusta com as palavras: Direito e Deveres do Cidadão...

 


Eu amo Orobó e nesta terra nasci. Na sabedoria dos mais de 50 anos de vida , eu não me acostumo:
Orobó se acostumou a migalhas que caem  da sacola ou do bolso dos políticos inescrupulosos nas vésperas das eleições. Alinhada ao barulho da verdade e do inconformismo com a indecência, eu não me acostumo, com os que sentam-se às cadeiras de poder . Ultimamente tem sido sempre os piores, os mais injustos, os que tem mais dinheiro e fazem da prefeitura, da Câmara, das secretárias, os quintais de suas casas, se não  muitos , os cofrinhos de seus armários.
Não me acostumo com o povo que lota as igrejas e templos, seja católico, evangélico ou espírita, mas não acumula nada de Deus. O mesmo povo que reza, é o mesmo que serve os banquetes aqueles que causam o mal ao outro. Apoiam a negação do Direito à saúde e a Educação com dignidade. Eu não me acostumo com o egoísmo de quem pensa: não é comigo, os outros que se danem! Eu não me acostumo, com os senhores e senhoras ditas do bem, que se abraçam com o mal; Eu não me acostumo com os que trocam o voto por cimento, piçarra , tijolos, ou cem reais enquanto, nos postos de saúde, não tem remédios, nem exames, pacientes pobres, não tem um carro na comunidade para socorre-los numa emergência. Menos ainda, nunca me acostumarei com o SILÊNCIO DOS DITOS BONS. Neste caso eu , prefiro a maldade dos que já são maus, porque deles podem se esperar tudo.
Eu não me acostumo com pessoas que colocam o seu nome para representar o povo, e se torna cumplices ou co- participantes das sucessivas derrotas do povo que o elegeu. Eu também não me acostumo com aqueles que podem fazer algo, mas não fazem NADA. Não vejo muita diferença entre os que fazem a maldade e os que podendo, não reagem a ela.
Talvez muitos estejam estranhando o fato de que eu tenha me polpado nos últimos tempos, de dar nó em pingo d'água. Mas eu quero deixar claro, que EU NÃO ME ACOSTUMO! Apenas dei um tempo para sentirem falta do meu grito.
Talvez seja essa uma defesa em favor de mim mesma, seja porque eu não me acostumo com uma classe que passou mais de uma década estudando para ser um professor(a) e se assusta com as palavras, DIREITOS E DEVERES do cidadão. Para se ter Direito, é preciso cumprir deveres. Não há dever maior de um cidadão, do que defender a si mesmo. Estou cansada de alertar professores a ter consciência de mundo. A ter uma visão holística de transformação. Ninguém muda nada sem sair do lugar. EU NÃO ME ACOSTUMO COM O COVARDE SILÊNCIO DOS MEUS COLEGAS PROFESSORES, A PONTO DO DEPUTADO DIZER, QUE NÃO VAI PAGAR O PISO, PORQUE NINGUÈM RECLAMOU DE NADA.
EU não me acostumo, eu não me conformo, grito e digo: EU NÃO SOU TODO MUNDO! POR ISSO FAÇO A DIFERENÇA.
Eu não me acostumo...
Por Madalena França


1 comentário:

Parabéns a os educadores disse...

Sim sendo da classe, é presiso passar, como fica o amor e fazer vidas.... 😎😎.

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