Uma volta pelas redes
Deu vontade de rimar
Já tá chegando o folclore
Pra brincar de adivinhar.
Vá descobrindo quem é
Mas não precisa falar
Pode ficar pra você
É só pra gente brincar
Fazer rima e dá risada
Para o humor vigorar
A mocinha esqueceu
O amor pelos animais
Não resistiu a um au, au
Desse amor nem lembra mais
Foi a cachorrada se soltar
Ela abanou o rabo atrás
A verdadeira barauna
De uma certa Fazenda morreu
Se ficou uma raiz
Com o tempo apodreceu
Botaram a cabra pra berrar
O jumento pra relinchar
E a vergonha se perdeu.
Outro andava orgulhoso
Com a mala preta que contava
Os nomes das falcatruas
Onde o diabo assoviava
E o esgoto onde escorria
Na rádio denunciava
Nadou , nadou e chegou
Na lama pra se afogar
É triste morrer na praia
Depois de tanto lutar
Dá vergonha vê e ouvir
Tanta moral definhar.
O boiadeiro valente
Que enfrentava a Dona má
Desafiava os colegas
Eu estou aqui pelo povo
Até 31 de dezembro
Vocês tem de me aguentar.
Se juntou com a boiada
O que era errado tá certo
Ele é quem brigou errado
Que apareceu a cana verde
E o trabalhador quem tá lascado.
Quem chupou a cana primeiro
Quem deu o gole depois
Bebeu foi do mesmo caldo
Sentiu o mesmo sabor
Não pense que é melhor
É do bagaço o mesmo horror.
Falo pouco ,sou quietinho
Nunca gostei de brigar
Se tá bom para o povo lá de casa
Eu não posso reclamar
Que irmão defende irmão
Oh glória! Bom é orar.
Me dispesso dessa rima
Nesses versos que declamo
Estou no mato e sem cachorro
Com essa selva eu não me engano.
Mas tenho medo de cobras
Que muitas matam abraçando.
Por Madalena França
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