Campanha Contra Perseguição Política - Demitidxs Fundaj
NOTA DE REPÚDIO
Após visita de Mendonça Filho, ministro da educação, educadores são demitidos do Museu do Homem do Nordeste, no Recife.
Cinquenta e quatro anos separam a instauração do regime militar no Brasil de um caso recente de perseguição política aqui no Recife. Três estagiários e dois trabalhadores terceirizados foram injustamente demitidos porque um deles carregava um copo pessoal com os dizeres “FORA TEMER” durante a visita de Mendonça Filho, Ministro da Educação, ao Museu do Homem do Nordeste. No dia 23 de fevereiro de 2018 foi realizada uma solenidade na qual participavam, junto com o ministro, o presidente da Fundação Joaquim Nabuco Luiz Otávio de Melo Cavalcanti; o reitor da UFPE Anísio Brasileiro; o diretor do Centro Ciências Jurídicas da UFPE Francisco de Queiroz Bezerra Cavalcanti; o juiz de Direito aposentado Adeildo Nunes; e o vereador do Recife Jayme Asfora (do PMDB, mesmo partido do presidente golpista Michel Temer).
Uma pessoa segurava um copo de uso pessoal com dizeres políticos divergentes ao governo federal e por isso foi, junto com mais quatro colegas, forçadamente afastado de seu posto pelo Ministro Mendonça Filho e pela presidência e pessoas responsáveis pela administração da Fundação Joaquim Nabuco! É preciso afirmar com absoluta clareza: o MEC e a Fundaj são responsáveis por essas demissões e estão VIOLANDO O DIREITO À LIBERDADE DE EXPRESSÃO e ordenando PERSEGUIÇÕES POLÍTICAS aos funcionários. Em instituições educacionais de todo o país, não apenas no Recife, cresce o número de comissionados biônicos e as táticas de repressão se tornam cada vez mais agressivas.
É fundamental, portanto, politizar as demissões e os afastamentos da Fundação Joaquim Nabuco. Essas arbitrariedades remontam à ditadura e sua perseguição política. É de assustar qualquer pessoa tamanha perseguição e os precedentes que esta pode abrir. Aqui, não se trata de uma disputa maniqueísta quanto a avaliação sobre a recente conjuntura política do pais: trata-se de uma defesa intransigente da liberdade de expressão política e de um posicionamento firme contra a censura e a perseguição. É preciso denunciar essa arbitrariedade e a lógica do abuso de poder que permite que tal ação aconteça!
A contradição é tamanha que parece uma piada sem qualquer graça: o Ministro da Educação ordena a demissão de estagiários, que deveriam vivenciar na instituição uma experiência de formação rica para a construção profissional e acadêmica. Um Ministro da Educação, oras!
O saudosismo coronelista parece estar batendo forte em algumas figuras da política, é bem verdade. Na televisão, impressos e nos whatsapps notícias parecidas ganham proporção: cinco demitid@s por portarem um copo (!), disciplina da UnB sendo questionada e censurada (pelo mesmo ministro, diga-se), intervenção federal no RJ e a cômica, porém trágica, proibição do uso alusivo da faixa presidencial por uma escola de samba. A irresponsabilidade com a história nefasta do Brasil encontra neste momento político uma oportunidade para que se repitam situações inaceitáveis.
Os entraves a uma Comissão da Verdade efetiva capaz de proporcionar de fato uma reparação histórica e o direito à verdade e justiça cobra seu preço. É preciso estar atent@ e forte para as grandes e pequenas arbitrariedades que vêm ganhando mais e mais força no último período.
No Congresso e aqui, a justiça é tudo, menos cega. As barricadas que abrem caminhos mostrarão o futuro destes que não temem em repetir fatos escusos da história. Toda solidariedade àqueles que continuam sendo demitidos por perseguição política na Fundação Joaquim Nabuco e em qualquer outra instituição pública ou privada no Brasil! Vamos trilhar o caminho das lutas contra esta maré de censura e cerceamento de liberdade de expressão política. Eles passarão...Nós, passarinho!
Após visita de Mendonça Filho, ministro da educação, educadores são demitidos do Museu do Homem do Nordeste, no Recife.
Cinquenta e quatro anos separam a instauração do regime militar no Brasil de um caso recente de perseguição política aqui no Recife. Três estagiários e dois trabalhadores terceirizados foram injustamente demitidos porque um deles carregava um copo pessoal com os dizeres “FORA TEMER” durante a visita de Mendonça Filho, Ministro da Educação, ao Museu do Homem do Nordeste. No dia 23 de fevereiro de 2018 foi realizada uma solenidade na qual participavam, junto com o ministro, o presidente da Fundação Joaquim Nabuco Luiz Otávio de Melo Cavalcanti; o reitor da UFPE Anísio Brasileiro; o diretor do Centro Ciências Jurídicas da UFPE Francisco de Queiroz Bezerra Cavalcanti; o juiz de Direito aposentado Adeildo Nunes; e o vereador do Recife Jayme Asfora (do PMDB, mesmo partido do presidente golpista Michel Temer).
Uma pessoa segurava um copo de uso pessoal com dizeres políticos divergentes ao governo federal e por isso foi, junto com mais quatro colegas, forçadamente afastado de seu posto pelo Ministro Mendonça Filho e pela presidência e pessoas responsáveis pela administração da Fundação Joaquim Nabuco! É preciso afirmar com absoluta clareza: o MEC e a Fundaj são responsáveis por essas demissões e estão VIOLANDO O DIREITO À LIBERDADE DE EXPRESSÃO e ordenando PERSEGUIÇÕES POLÍTICAS aos funcionários. Em instituições educacionais de todo o país, não apenas no Recife, cresce o número de comissionados biônicos e as táticas de repressão se tornam cada vez mais agressivas.
É fundamental, portanto, politizar as demissões e os afastamentos da Fundação Joaquim Nabuco. Essas arbitrariedades remontam à ditadura e sua perseguição política. É de assustar qualquer pessoa tamanha perseguição e os precedentes que esta pode abrir. Aqui, não se trata de uma disputa maniqueísta quanto a avaliação sobre a recente conjuntura política do pais: trata-se de uma defesa intransigente da liberdade de expressão política e de um posicionamento firme contra a censura e a perseguição. É preciso denunciar essa arbitrariedade e a lógica do abuso de poder que permite que tal ação aconteça!
A contradição é tamanha que parece uma piada sem qualquer graça: o Ministro da Educação ordena a demissão de estagiários, que deveriam vivenciar na instituição uma experiência de formação rica para a construção profissional e acadêmica. Um Ministro da Educação, oras!
O saudosismo coronelista parece estar batendo forte em algumas figuras da política, é bem verdade. Na televisão, impressos e nos whatsapps notícias parecidas ganham proporção: cinco demitid@s por portarem um copo (!), disciplina da UnB sendo questionada e censurada (pelo mesmo ministro, diga-se), intervenção federal no RJ e a cômica, porém trágica, proibição do uso alusivo da faixa presidencial por uma escola de samba. A irresponsabilidade com a história nefasta do Brasil encontra neste momento político uma oportunidade para que se repitam situações inaceitáveis.
Os entraves a uma Comissão da Verdade efetiva capaz de proporcionar de fato uma reparação histórica e o direito à verdade e justiça cobra seu preço. É preciso estar atent@ e forte para as grandes e pequenas arbitrariedades que vêm ganhando mais e mais força no último período.
No Congresso e aqui, a justiça é tudo, menos cega. As barricadas que abrem caminhos mostrarão o futuro destes que não temem em repetir fatos escusos da história. Toda solidariedade àqueles que continuam sendo demitidos por perseguição política na Fundação Joaquim Nabuco e em qualquer outra instituição pública ou privada no Brasil! Vamos trilhar o caminho das lutas contra esta maré de censura e cerceamento de liberdade de expressão política. Eles passarão...Nós, passarinho!
MAIS DO QUE NUNCA: FORA TEMER!
FORA MENDONÇA!
POR UMA EDUCAÇÃO COM LIBERDADE DE EXPRESSÃO!
DEMISSÕES NÃO!
CAMPANHA CONTRA CENSURA – DEMITID@S DA FUNDAJ
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