O Poder
Liderados pelo cantor, apresentador de TV, grande plantador de soja e ex-deputado Sérgio Reis, os principais líderes dos caminhoneiros e dos grandes plantadores de soja estão articulando um movimento que pode dar muita dor de cabeça ao país.Em áudio enviado a um amigo ao qual O PODER teve acesso, Sérgio Reis não tem meias palavras. Vão parar o país em setembro.
Como se tratou de uma conversa privada, certas expressões verbais podem representar exageros típicos de conversa entre amigos, sem intenção de ir a público. Seja o sentido literal ou não, o conteúdo não muda. Pode ser bronca pesada.
GOVERNO NÃO TINHA IDEIA
Sérgio Reis informa ao amigo que fez reunião com os 40 grandes plantadores de soja do País. Deu conta que o presidente Bolsonaro o convidou para almoçar com ele, junto com o também cantor Eduardo Araújo. Segundo Reis, com o presidente, estavam varios ministros, inclusive o da defesa." Estavam o ministro da defesa, estavam os generais do exército, Marinha e Aeronáutica, todos os fortes, né". Reis disse que " eles não tinham ideia do que estava sendo preparado pelos caminhoneiros, pela sociedade".
PLANO ARTICULADO
Sérgio Reis é ex-dono de transportadora e durante anos manteve programa de sucesso dirigido à categoria. "Fiz reunião com os chefes de sindicato, os presidentes, fiz uma reunião com eles, e com esses empresários e chegamos a uma conclusão que dia 7 de setembro nós não vamos fazer nenhuma manifestação pela data, pelo desfile, pra não atrapalhar o presidente. É uma data importante, mas vamos parar em volta de Brasília e eu passei pra você alguma coisa que está acontecendo", assinalou.
AMEAÇA PERIGOSA
Sérgio Reis explicou que já foi solicitada audiência com o presidente do Senado no dia 8 de setembro. "Vamos eu e dois líderes dos caminhoneiros, e dois líderes do sindicato da soja. vamos em cinco pra entregar pro presidente do Senado uma intimação, não é um pedido, é uma intimação" falou em linguagem coloquial.
E prosseguiu: "Nós resolvemos o seguinte: vamos manter dia 7 na calma. Dia 8 vamos ao senado. Nós já marcamos e já aceitaram receber. Vou entregar o documento pra eles. Eu, os caminhoneiros, os plantadores de soja, os fortes, os que carregam navios".
A AMEAÇA PLANEJADA
A intenção dos manifestantes é dar um inédito e desafiador ultimato ao Senado da República. " Vocês têm 72 horas para aprovar o voto impresso e para tirar todos os ministros do Supremo Tribunal Federal. Não é um pedido, é uma ordem. É assim que eu vou falar com o presidente do Senado: isso é uma ordem. Se vocês não cumprirem em 72 horas, nós vamos dar mais 72 horas. Só que nós vamos parar o país, já está tudo armado, o país vai parar, tudo, norte a sul, leste a oeste".
COMO PARAR
Além da greve geral dos caminhoneiros, com barreiras e piquetes nas estradas, o movimento pretende contar com a ação objetiva dos plantadores de soja. Segundo Sérgio Reis, eles vão por as colheitadeiras deles na estrada. "Ninguém vai poder andar, nem carro particular, nem ônibus, todos estão sendo avisados. O ônibus que vier com passageiro vai ter que voltar, não vai trafegar ninguém nas estradas, só vai ter ambulância, polícia, bombeiro, uma emergência, ambulância com emergência, somente isso".
DISPOSIÇÃO PARA RADICALIZAR
Reis diz que enquanto o senado "não tomar essa posição que nós vamos mandar fazer" nós vamos ficar em Brasília e não saímos de lá até isso acontecer. Uma semana, 10 dias, um mês, e os caras bancando tudo, hotel e tudo, não gasto um tostão".
AMEAÇA DE GUERRA CIVIL
Ameaça ainda Reis: "Se em 30 dias eles não tirarem esses caras, nós vamos invadir, quebrar tudo e tirar os caras na marra, pronto, é isso que vc quer saber, é assim que vai ser, pronto. E a coisa está séria, não estamos para brincadeira".
SEM COMENTÁRIOS
Essa é a notícia. Por enquanto, cada qual forma o seu próprio juízo.
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