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segunda-feira, 5 de junho de 2017

'Le Figaro': Mais um aliado de Temer é preso pela Lava Jato







Matéria publicada neste domingo (4) pelo jornal Le Figaro conta que um ex-deputado e conselheiro próximo ao presidente brasileiro Michel Temer, filmado recebendo uma mala repleta de dinheiro foi preso no sábado em Brasília.

Segundo a reportagem Rodrigo Rocha Loures está em prisão preventiva por ordem do juiz do Supremo Tribunal Federal Edson Fachin, responsável pela operação Lava Jato. E

O diário acrescenta que o ex-assessor de Temer foi filmado em março recebendo uma mala com cerca de US$ 150.000, que de acordo com testemunhas, seria para subornos.

O noticiário analisa que o governo do presidente Temer está em crise desde o áudio revelado em 17 de maio, no qual ele parece concordar com os subornos para comprar o silêncio de Eduardo Cunha, ex-presidente da Câmara.

'Le Monde': Destino de Temer deve ser selado nesta semana
Jornal destaca pesquisa com parlamentares onde 62% acredita na saída do presidente

Matéria publicada pelo jornal Le Monde nesta segunda-feira (5) conta que Michel Temer enfrenta a partir de terça-feira (6)  mais uma ameaça a seu frágil governo, quando se iniciará o julgamento no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) da chapa que o elegeu como vice de Dilma Rousseff.

Monde diz que o impopular e isolado presidente finge governar, mas na verdade sua agenda é essencialmente dedicada à sua sobrevivência política. O escândalo causada pela revelação, em meados de maio, de uma conversa que manteve com um empreiteiro corrupto, mergulhou o Brasil, um ano após a demissão de sua antecessor, Dilma Rousseff, em uma nova crise política.

O diário francês acrescenta que Temer está sob investigação do Supremo Tribunal por "corrupção passiva", "obstrução da justiça" e "participação em organização criminosa", é considerado agora indefensável pelo seu próprio partido. Mas o homem, combativo, resiste e insiste que não vai renunciar, a fim de cumprir o seu dever de reformar o país, acrescenta
"Michel Temer argumenta que quer o bem do Brasil. Na realidade, ele teme a prisão e sua resistência aumenta conforme a crise ", disse Paulo Baia, professor de ciência política da Universidade Federal do Rio de Janeiro.

O noticiário destaca que além de um possível indiciamento pelo Supremo Tribunal Federal, o que poderia levar à suspensão do seu mandato, mais de uma dúzia de pedidos de "impeachment" (acusações) foram apresentadas na Câmara dos Deputados.

"O cenário é imprevisível"

Mas a ameaça mais tangível é, até à data, o julgamento Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que será iniciado na terça - feira 6 de junho. De acordo com uma pesquisa realizada pelo Congresso local de monitoramento de notícias parlamentar, 62% dos líderes partidários acreditam que Michel Temer não vai ficar mais de quatro meses no comandos do país. A maioria acha que o TSE vai selar seu destino.

Desde que o escândalo dos grampos, Michel Temer aparece como um político "vilão". Os sete juízes do TSE tem três dias para analisar a regularidade das contas da campanha presidencial, conclui Le Monde.

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