As declarações de Gilmar Mendes a Monica Bergamo, na Folha de S. Paulo, sugerem que o clima vai ficar muito quente na sessão de reabertura dos trabalhos do Supremo Tribunal Federal.
Mendes disse que Deltan Dallagnol praticou “pistolagem” contra o Supremo, ao mandar a receita devassar o sigilo fiscal de dois ministros – ele e Dias Toffoli – e de suas mulheres.
“As revelações da Folha explicitam os abusos perpetrados pela denominada força-tarefa. E reclamam as providências cabíveis por parte de órgãos de supervisão e correição. Como eu já havia apontado antes, não se trata apenas de um grupo de investigação, mas de um projeto de poder que também pensava na obtenção de vantagens pessoais”
Daqui a duas horas, Gilmar estará sentado a menos de três metros de distância da procuradora geral da República, Raquel Dodge e é difícil imaginar “saia justa” mais constrangedora.
Se Gilmar se manifestar sobre o assunto, tornará quase que obrigatório que os demais ministros se manifestem também e será interessante ver o que farão Luís Roberto Barroso e Luís Fux, os dois falastrões lavajatistas da corte.
Os dois não tem a vantagem de Edson Fachin e Carmem Lúcia que, por mais contidos ainda que não menos cúmplices, podem sair ilesos pela economia e a contenção verbal.
Madalena França via Tijolaço.
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