Postado por Madalena França
Fonte: Esmael Morais
Em setembro do ano passado, o presidente Jair Bolsonaro e o titular do MEC editaram uma medida provisória (895) criando a carteirinha de estudante digital –a “ID Estudantil”.
“Essa lei de hoje, apesar de ser uma bomba, é muito bem vinda, vem do coração. E vai evitar que certas pessoas, em nossas universidades, promovam o socialismo. Socialismo esse que não deu certo em lugar nenhum do mundo, e devemos nos afastar deles”, discursou na época o presidente.
Uma lei de 2013 prevê que a carteirinha seja emitida por entidades como a União Nacional dos Estudantes (UNE) e a União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (Ubes).
Até agora, o governo emitiu 285 mil carteirinhas digitais por meio de aplicativo de celular. Elas perderão validade a partir de segunda-feira (17) juntamente com a MP 895.
A UNE e a Ubes contaram com a articulação do deputado Orlando Silva (PCdoB-SP), ex-presidente da UNE nos anos 90, um dos principais conselheiros políticos do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ). Pelo amigo comunista, Maia até pediu a cabeça do ministro da Educação.
A “ID Estudantil” é um documento que permite que estudantes paguem meia entrada em shows, teatro, cinema e outros eventos culturais.
A UNE acusa o MEC de usar o banco de dados dos estudantes para fazer guerra ideológica contra a entidade, promover a escola sem partido e a direita no ambiente escolar.
De acordo com o INEP (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais), órgão vinculado ao MEC, são 8 milhões de alunos matriculados no ensino superior e 60 milhões na educação básica e fundamental em todo o País.
Depois de quase perder o monopólio da emissão da “ID Estudantil”, a UNE e a Ubes estudam lançar sua carteirinha de estudante digital também por meio de aplicativo no celular.
Quanto à MP 895 de Weintraub e Bolsonaro, que caduca no domingo (16), ela só poderá ser reeditada em 2021.
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