Como é bom legislar em causa própria. E assim, os deputados estaduais votam, hoje, em sessão extraordinária, os polêmicos projetos que criam auxílios-saúde, alimentação e moradia para eles mesmos. Os novos benefícios vão gerar gasto extra que ultrapassa R$ 12 mil por cada um dos 49 parlamentares. Isso representa mais de R$ 600 mil por mês e ultrapassa a casa dos R$ 7 milhões por ano. E sabe quem paga todas essas regalias? Isso mesmo: o cidadão pernambucano.
Para indignar ainda mais a sociedade, as propostas foram apresentadas dez dias depois de terem aumentado os próprios salários em mais de R$ 4 mil, atualizando para R$ 29.469,99 em 2023. Escalonado até 2025, chegará a quase R$ 35 mil. Com remunerações bem acima da média da maioria dos trabalhadores, eles deviam entender que, apesar de não existir ilegalidade, isso é imoral. E o pior: todos silenciam, quando deveriam gritar em defesa da moralidade e do zelo com o dinheiro público.
E tem mais, leitor. A sessão, convocada como extraordinária, tem em vista o período de recesso, será realizado por meio remoto. Mas não haverá transmissão ao vivo pelo canal da TV Alepe, porque a direção da casa legislativa alega problemas técnicos. Coincidência ou não, a mesma justificativa dada para o dia da votação dos projetos que aumentaram os salários deles, da governadora, da vice-governadora e dos secretários estaduais. Transparência zero!(da Coluna do Blog do Agreste)
Postado Por Madalena França
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