Da Coluna do Magno Martins
Postado por Madalena França
Os R$ 1,7 bilhão que a governadora Raquel Lyra (PSDB) emplacou como empréstimo da CEF não é obra de nenhum tipo de equilíbrio fiscal que a tucana possa ter feito em apenas seis meses de gestão. Na verdade, a Caixa só emprestou porque lá atrás, apesar da governadora afirmar ter recebido uma massa falida, o ex-governador Paulo Câmara (PSB) ajustou as contas do tesouro estadual.
Levou o Estado a alcançar a Capacidade de Pagamento (Capag) B, pelas qual as operações de crédito de quase R$ 3 bilhões para investimentos já começaram a ser feitas. Primeiro, os R$ 900 milhões, tomados ao Banco do Brasil, e agora os R$ 1,7 bi, da CEF. “Entregamos o Estado com equilíbrio fiscal, cumprindo todas as exigências do Tesouro Nacional”, disse o ex-secretário da Fazenda, Décio Padilha.
Segundo ele, Raquel está em céu de brigadeiro no que tange às condições financeiras do tesouro estadual. “Entregamos o menor endividamento do Estado dos últimos anos”, acrescentou Padilha. Para o exercício financeiro deste ano, Pernambuco terá capacidade para empréstimos da ordem de R$ 3,4 bilhões. “Para isso, foi preciso fazer um plano robusto”, destacou.
“O Tesouro Nacional e a Procuradoria Geral da Fazenda Nacional assinaram um relatório de que as receitas correntes estão equilibradas. Não vi governo que deixasse uma situação financeira tão equilibrada para sua sucessora”, desabafou Décio.
Mas o que não deixa de ser estranho, para não dizer cômico, é que a governadora, em nenhum momento, falou a verdade. Nunca disse que só conseguiu assinar o empréstimo da CEF e do BB porque encontrou o tesouro estadual nesse ponto de equilíbrio fiscal.
O blefe de Priscila – Tamanha realidade foi ignorada também pela vice-governadora Priscila Krause (Cidadania). Escolhida para coordenar a transição, logo após as eleições de outubro de 2022, a herdeira do ex-governador Gustavo Krause pintou um cenário de inferno nas finanças estaduais. “Estamos desdizendo, através de números, que Pernambuco não é um Estado arrumado do ponto de vista fiscal e financeiro. A gente vai ter que arrumar essa casa”, disse a vice, antes de Raquel tomar posse.
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