Confederação Israelita do Brasil (Conib) afirmou que a comparação sobre terrorismo feita pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em relação a Israel e ao grupo extremista Hamas é “equivocada e perigosa”. Segundo a organização, falas assim “estimulam entre seus muitos seguidores uma visão distorcida e radicalizada do conflito”.
Na chegada dos 32 brasileiros e familiares resgatados da Faixa de Gaza, o petista destacou os atos de terrorismo praticados por ambos os lados. As informações são do Metrópoles.
Na nota divulgada pelo Conib, a instituição afirma que desde o começo da guerra entre Israel e Hamas, “provocada pelo mais terrível massacre contra judeus desde o Holocausto”, o país faz “esforços visíveis e comprovados para poupar civis palestinos”.
Entre exemplos desses esforços, estão o pedido de deslocamento da população da Faixa de Gaza para áreas mais seguras, com a criação de corredores humanitários, e os avisos aos civis sobre os ataques.
“O Hamas, por outro lado, se esconde cínica e covardemente atrás das mulheres e crianças de Gaza”, aponta o documento.
Segundo a nota, “a morte desses civis palestinos é uma arma importante da estratégia do Hamas, uma estratégia que o próprio grupo terrorista reconhece que pratica”.
Falas de Lula
Para o Conib, as falas de Lula são “equivocadas, injustas e perigosas”.
“Estimulam entre seus muitos seguidores uma visão distorcida e radicalizada do conflito, no momento em que os próprios órgãos de segurança do governo brasileiro atuam com competência para prender rede terrorista que planejava atentados contra judeus no Brasil”, diz.
Por fim, o Conib pede moderação do Brasil: “A comunidade judaica brasileira espera equilíbrio das nossas autoridades e uma atuação serena que não importe ao Brasil o terrível conflito no Oriente Médio”.
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