O Vórtice Ciclônico de Altos Níveis, com direito a raios, e provocou chuva de granizo em diversas cidades do Agreste e Sertão pernambucano, se desloca com força no sentido leste-oeste, depois de deixar o Oceano Atlântico. Segundo a Agência Pernambucana de Águas e Clima (Apac), isso deve significar chuvas fortes em cidades sertanejas. Próximo ao final de um mês atípico, o Sertão foi a região mais atingida por fortes chuvas, registrando altas históricas, com precipitações muito acima da média.
Em Afrânio, foi registrada a maior precipitação no mês em todo o estado: 401mm – 463% superior à média de 86,6mm para janeiro. Municípios como Belém de São Francisco registrou quase cinco vezes mais chuvas em relação ao período histórico. Na região como um todo, apenas quatro cidades sertanejas tiveram chuvas abaixo da média mensal histórica: Floresta, Iguaraci, Ipubi e Serrita – o que pode mudar nos boletins relativos.
O período chuvoso do Sertão é justamente entre janeiro e abril. No entanto, as previsões para o primeiro quadrimestre de 2016 eram bem desanimadoras – segundo a Apac, em documento emitido em 2015, a expectativa era de um ano ainda pior que 2015, quando a estiagem excedeu os 300 dias em alguns municípios e foi ampliado o prazo da pior seca em mais de 40 anos. A situação é semelhante em outras áreas do Sertão do Nordeste – na Bahia e no Piauí, pelo menos dez cidades mudaram o estado de emergência pela seca pelo status de emergência por conta das chuvas.
De acordo com o meteorologista da Apac Roberto Pereira, o fenômeno que causou chuvas se aproxima do Sertão de Pernambuco, o que pode significar fortes precipitações. A probabilidade de granizo, no entanto, foi minimizada, uma vez que a formação vertical necessária para que se formem as pedras de gelo começou a se dissipar.
De uma forma ou de outra, o cenário do Sertão começa a mudar (*Foto Acima). As chuvas trouxeram comemorações por parte da população e transtornos para alguns.
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