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terça-feira, 24 de julho de 2018

Haddad veste traje de batalha e diz verdades


Madalena França via Manuel Mariano.


Coordenador do programa de governo do PT e apontado como potencial alternativa ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva na corrida presidencial, o ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad afirma que o empresariado brasileiro precisa se educar para a democracia.
“Eles [os empresários] têm dificuldade com a modernidade”. Nesta entrevista, Haddad também diz que o candidato Geraldo Alckmin (PSDB) é o governo Temer sem Temer.
O PT propõe fixação de mandato nos tribunais. Isso não pode ser considerado revanchismo contra o Judiciário? De maneira nenhuma. É comum nos países desenvolvidos fixar mandato para as cortes constitucionais. Uma pessoa que é indicada aos 40 para permanecer num tribunal até os 75 anos talvez não dê a agilidade necessária para que os tribunais atualizem jurisprudência. Não tem nada nesse programa que não tenha amparo nas mais ricas experiências. Na questão da concessão dos meios de comunicação, as duas principais influências foram EUA e Inglaterra. Tanto é verdade que esse tipo de regulação liberal tem o apoio de um veículo como a Folha de S.Paulo. Acho que a Folha não pode ser considerada exatamente um órgão de esquerda.
Será uma regulação econômica, como diz a presidente do partido, Gleisi Hoffmann? No Brasil, temos a política se imiscuindo demais na comunicação. Queremos isolar mais o mundo político-partidário do mundo da comunicação. Para garantir mais pluralismo, contraditório e liberdade de expressão. Existe uma agenda que é impedir a propriedade cruzada, a concentração vertical e a concentração horizontal.
Como vai ser feito o controle? Não é um controle de conteúdo. A direita patrimonialista vai tentar vender como censura. Mas contamos com órgãos mais isentos como a Folha para defender o nosso ponto de vista, que é liberal. Temos muita maturidade. Governamos o Brasil 12 anos em clima de total liberdade.
Não existe um clima de inconformismo na elaboração do programa dado o ambiente político? Procuramos fazer um programa moderno, aderente ao que tem de mais avançado na literatura internacional.
O programa do PT é mais avançado que o país? Mais avançado que o status quo, com certeza. Estamos dialogando com uma modernidade da base para o topo. Não com o ápice da pirâmide.

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