Bolsonaro representa um risco à qualidade da democracia brasileira e pode estar mais inclinado a uma dinastia que a uma ditadura, afirma revista britânica
Na reportagem desta semana, intitulada "O autoritário do Brasil sem um exército", a The Economist traça paralelos entre a situação atual do Brasil e a época do regime militar, que durou 21 anos (1964-1985).
Bolsonaro é um "defensor fervoroso da ditadura militar", diz a revista, tendo afirmado, por exemplo, que o erro do regime foi "torturar e não matar". Ele disse que indicaria militares para postos de ministros e seu vice é o general reformado Hamilton Mourão, que no mês passado falou na possibilidade de um "autogolpe" em caso de anarquia no país, destaca a publicação britânica.
Apesar de admitir algumas semelhanças entre a situação atual do Brasil e a da ditadura, como a polarização entre esquerda e direita, a The Economist afirma que isso não significa que Bolsonaro "iria ou poderia tentar replicar a ditadura".
"A mídia e uma sociedade civil vibrante apoiam a democracia", afirma a revista, acrescentando não haver razão para acreditar que as Forças Armadas queiram tomar o poder. "Elas têm orgulho de ser a instituição mais respeitada do Brasil."
Como evidência disso, a revista cita declarações de 2016 do comandante do Exército, general Eduardo Villas Bôas, em que afirmou que aqueles que pedem intervenção militar são "tresloucados" ou "malucos".
Para a The Economist, mais do que um movimento de direita organizado, Bolsonaro comanda uma corrente de opiniões autoritárias, e "pode estar mais inclinado a uma dinastia que a uma ditadura". No primeiro turno, dois filhos do ex-capitão pegaram carona na sua popularidade: Flávio Bolsonaro, eleito senador pelo Rio de Janeiro, e Eduardo Bolsonaro, eleito deputado federal. Um terceiro filho assessora o pai em elação à política externa, aponta a revista.
A publicação termina o artigo em tom de alerta, citando algumas das visões extremas de Bolsonaro, como a convicção de que a polícia deve matar mais criminosos e seu apoio à liberalização do porte de armas.
Na reportagem desta semana, intitulada "O autoritário do Brasil sem um exército", a The Economist traça paralelos entre a situação atual do Brasil e a época do regime militar, que durou 21 anos (1964-1985).
Bolsonaro é um "defensor fervoroso da ditadura militar", diz a revista, tendo afirmado, por exemplo, que o erro do regime foi "torturar e não matar". Ele disse que indicaria militares para postos de ministros e seu vice é o general reformado Hamilton Mourão, que no mês passado falou na possibilidade de um "autogolpe" em caso de anarquia no país, destaca a publicação britânica.
Apesar de admitir algumas semelhanças entre a situação atual do Brasil e a da ditadura, como a polarização entre esquerda e direita, a The Economist afirma que isso não significa que Bolsonaro "iria ou poderia tentar replicar a ditadura".
"A mídia e uma sociedade civil vibrante apoiam a democracia", afirma a revista, acrescentando não haver razão para acreditar que as Forças Armadas queiram tomar o poder. "Elas têm orgulho de ser a instituição mais respeitada do Brasil."
Como evidência disso, a revista cita declarações de 2016 do comandante do Exército, general Eduardo Villas Bôas, em que afirmou que aqueles que pedem intervenção militar são "tresloucados" ou "malucos".
Para a The Economist, mais do que um movimento de direita organizado, Bolsonaro comanda uma corrente de opiniões autoritárias, e "pode estar mais inclinado a uma dinastia que a uma ditadura". No primeiro turno, dois filhos do ex-capitão pegaram carona na sua popularidade: Flávio Bolsonaro, eleito senador pelo Rio de Janeiro, e Eduardo Bolsonaro, eleito deputado federal. Um terceiro filho assessora o pai em elação à política externa, aponta a revista.
A publicação termina o artigo em tom de alerta, citando algumas das visões extremas de Bolsonaro, como a convicção de que a polícia deve matar mais criminosos e seu apoio à liberalização do porte de armas.