Por Madalena França via Manoel Mariano.
Rede Brasil Atual - O Movimento Brasil Metalúrgico, que reúne entidades de todo o país e vinculadas a diversas centrais sindicais, se manifestou a favor da chapa Fernando Haddad/Manuela D´Ávila e contra a candidatura Jair Bolsonaro. Segundo os metalúrgicos, o presidenciável do PSL "quer nos impedir de lutar em defesa dos nossos direitos e ameaça o país com uma ditadura".
As entidades lembram que além das ameaças aos direitos trabalhistas e sociais,como 13º, férias e aposentadoria, Bolsonaro pode "atacar diretamente" os sindicatos, "o direito de organização, o direito de greve, de expressão e de mobilização dos trabalhadores e setores oprimidos da sociedade".
Os sindicalistas afirmam que não se pode aceitar mais retrocessos, violência e ódio, "nem soluções simplistas para os sérios problemas econômicos e sociais" do país. E conclamam todos a ir às urnas no domingo "e a votar em Haddad, 13, contra Bolsonaro". Eles lembram que os ataques vão aumentar depois da eleição, com empresários já pressionando pela reforma da Previdência.
O Movimento reúne sindicalistas do setor ligados a CGTB, CSB, CSP-Conlutas, CTB, CUT, Força Sindical, Intersindical e UGT.
Confira a íntegra do documento.
EM DEFESA DOS DIREITOS DOS TRABALHADORES E DAS LIBERDADES DEMOCRÁTICAS, VOTAMOS CONTRA BOLSONARO NO SEGUNDO TURNO
Lideranças do movimento Brasil Metalúrgico, formado por sindicalistas metalúrgicos de todo o país e de todas as centrais sindicais, sem prejuízo de suas convicções e opiniões políticas acerca da candidatura do PT, declaram seu voto em Haddad e Manuela, 13, no segundo turno, para derrotar o candidato do PSL.
Além das ameaças aos direitos trabalhistas e sociais representados por este candidato – ameaça ao 13º salário, às férias e à aposentadoria dos trabalhadores – Bolsonaro ameaça atacar diretamente os sindicatos, o direito de organização, o direito de greve, de expressão e de mobilização dos trabalhadores e setores oprimidos da sociedade. Quer nos impedir de lutar em defesa dos nossos direitos e ameaça o país com uma ditadura.
Não podemos aceitar mais retrocessos, violência e o ódio, nem soluções simplistas para os sérios problemas econômicos e sociais que afetam o nosso país. Por isto, além de continuarmos na luta de resistência contra a terceirização, a “reforma” trabalhista e a “reforma” da Previdência, convocamos todos os companheiros e companheiras a comparecerem às urnas no domingo, 28 de outubro de 2018 e a votar em Haddad, 13, contra Bolsonaro.
Por outro lado, sabemos que as pressões para o ataque aos nossos direitos – por parte do sistema financeiro, das multinacionais e dos grandes empresários – vão aumentar depois da eleição, ganhe quem ganhe. Empresários já anunciam exigência de aprovação da “reforma” da Previdência no primeiro semestre do próximo ano.
Por esta razão, independentemente das diferentes opiniões existentes no interior das organizações sindicais e da própria classe trabalhadora, é fundamental que nos dediquemos todos ao esforço para construir uma frente única de todas as organizações dos trabalhadores em nosso país, a unidade de toda a nossa classe para a luta em defesa de seus direitos e interesses.
É na luta que a classe trabalhadora brasileira construirá o futuro que queremos para nossas famílias e nosso país.
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