247 - Jornalista de TV aberta no Brasil vive sob a lei da mordaça. Se for a Globo, então, piorou. Não pode se manifestar em redes sociais, senão é demitido. Isso está registrado em um comunicado interno da gloriosa emissora que se tornou público há pouco mais de um ano.
Seria um caso de o Ministério Público processar a emissora, óbvio, sob o argumento meridiano de violação da liberdade de expressão.
Nos EUA, apresentadores de televisão têm vida própria e podem se manifestar no Twitter como qualquer profissional não subserviente.
Enfim, estar empregado em uma TV aberta como a Rede Globo é mais ou menos como vender a alma ao diabo (que o Edir Macedo não me escute): ostenta-se uma vida artificial, sob o vazio intelectual comum a todas as sub celebridades de televisão.
Penso, evidentemente, em Pedro Bial.
Alguém que não tem o menor cacoete para encarar o debate público das redes sociais, acaba involuntariamente exposto na vertigem dos tuítes, amargando toda a identidade real que lhe atravessa a alma.
Machismo, misoginia, intolerância, vulgaridade e a boa e velha 'falsa espontaneidade' depois de anos a fio sendo usado como vetor de propagação do 'ódio de classe', o mais eloquente parâmetro técnico do jornalismo da Globo.
Saudades do Jô Soares que, com todos os seus defeitos, era - e é - uma potência intelectual plena de humor e de capacidade de rir de si mesmo.
A frase de Pedro Bial sobre Petra Costa é para não ser esquecida: "é uma menina querendo dizer para a mamãe dela que ela fez tudo direitinho."
É a típica frase de gente desqualificada, despeitada e de quinta categoria, tudo junto.
O problema é que Bial não tem a menor condição de participar do debate que se avoluma em torno de sua frase infeliz. Ele está atrofiado, interrompido, bloqueado, inclusive, contratualmente.
Ele terá de se calar, mas provavelmente pedirá desculpas para não ver sua imagem pública ao lado da imagem da colega Regina Duarte.
Rede social (a opinião pública digital) não é para os fracos. Quem rebaixa as redes dizendo que ali "tudo é um lixo" (e ainda faz isso pelas redes), É, efetivamente, um lixo.
O jogo pesado da opinião pública digital, encara quem tem estômago, coração e cérebro.
Não é para apresentador domesticado das claques luxuosas e compradas das tevês abertas, um fosso profundo distante da opinião pública real.
Pedro Bial não vai entender nada, coitado. Vai fazer cara de 'ué' e se queixar do "ódio digital".
É melhor deixá-lo esquecido naquele túmulo da comunicação que é a Rede Globo.
Eu até me desculpo por comentar esse tema - que é importante em função de Petra, não de Bial.
O apresentador já teve os seus 15 minutos de fama na internet. Basta. Volte para a sua bolha platinada, Bial. Você não tem lastro pra encarar um Twitter.
Postado por: Madalena França
Sem comentários:
Enviar um comentário