A Confederação Nacional do Comércio de Bens e Serviços (CNC) divulgou, nesta terça-feira (5), mais uma edição da Pesquisa Nacional de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic). De acordo com o levantamento, ao menos 12,7% da população não têm condições de pagar dívidas de meses anteriores - o que representa um recorde na série histórica do índice, iniciada em janeiro de 2010.
Mesmo com a inadimplência em alta, o número de endividados no Brasil recuou pelo segundo mês seguido. De julho para agosto, o percentual de brasileiros com dívidas a pagar caiu de 78,1% para 77,4%. Na comparação com o mesmo mês em 2022, a queda foi maior, visto que, em agosto do ano passado, o mesmo índice estava em 79%.
Outro dado que registrou crescimento no último mês foi o de dívidas em atraso. Segundo a pesquisa, esse percentual avançou de 29,6% para 30% em agosto. Para o presidente da CNC, José Roberto Tadros, a queda no número de brasileiros endividados representa um avanço da mentalidade de controlar mais os gastos entre as famílias.
“A queda do endividamento é um sinal positivo de que mais famílias estão conseguindo controlar melhor suas dívidas e ajustar seus orçamentos”, destaca. “No entanto, a taxa de juros elevada e o crédito caro ainda são empecilhos à melhoria da situação financeira dos brasileiros”, completa o presidente.
Por: Correio Braziliense | Pacífico/CB/D.A.Press
Postado por Madalena França
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