Por Cláudio Soares*
A falta de verbas públicas é uma preocupação comum entre prefeitos, pois pode afetar a capacidade de fornecer serviços essenciais à comunidade. Eles geralmente buscam recursos do governo estadual e federal para ajudar a financiar projetos locais e programas sociais. A gestão adequada das finanças municipais e a busca de parcerias podem ser estratégias importantes para enfrentar esse desafio.
Falta é coragem e coerência para se cortar os cargos comissionados e fantasmas em prefeituras, uma prática corrupta e comum em muitas administrações municipais. Esses cargos são geralmente preenchidos por pessoas que são indicadas pelos vereadores e lideranças políticas ligados ao prefeito ou outros membros da sua própria família que não passam por nenhum processo seletivo público.
A justificativa para a nomeação desses cargos comissionados inclui a necessidade de ter pessoas de confiança para auxiliar na implementação da agenda do prefeito e na administração da cidade, uma mentira deslavada.
O excesso de cargos comissionados pode levantar preocupações sobre nepotismo, corrupção, falta de transparência e desperdício de recursos públicos. É importante que as prefeituras mantenham um equilíbrio entre cargos comissionados e servidores públicos concursados, garantindo que os cargos em comissão sejam preenchidos com base em critérios legítimos e que atendam às necessidades da administração pública.
Outra praga perversa com dinheiro público são os gastos com festas e entretenimento, incluindo a contratação de cantores e bandas musicais pagos com valores expressivos: setecentos, oitocentos mil e até um milhão de reais para Safadão, Gusttavo Lima, João Gomes iguais se viu durante as festas juninas no Nordeste brasileiro. Essa prática é muito controversa quando não está diretamente relacionada à necessidade essencial da comunidade.
Não vejo nenhum prefeito diminuir seu próprio salário nem cortar suas regalias. Os salários e regalias dos prefeitos podem variar significativamente de uma cidade para outra, dependendo do tamanho da cidade, sua localização e a legislação. Regalias também podem incluir benefícios como carros oficiais, abastecimento de combustível para seus parentes e despesas de representação entre outros…
Na verdade, os gestores municipais estão mais preocupados que os cofres estejam cheios de dinheiro público para se perpetuarem no poder, na busca pela reeleição ou eleger seus candidatos no ano eleitoral que se aproxima.
É importante que as prefeituras priorizem o uso responsável dos recursos públicos, concentrando-se em áreas como saúde, educação, segurança e infraestrutura, que têm um impacto direto na qualidade de vida dos cidadãos.
*Advogado e jornalista
Postado por Madalena França via Magno Martins
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