Madalena França Via tijolaço.
A Folha noticia que seus advogados e os do SBT e do UOL ingressaram com um pedido na Justiça para “sabatinar” o ex-presidente Lula, de dentro da sua cela na Superintendência da Polícia Federal, dentro da série de entrevistas que fazem com os presidenciáveis.
É claro que a juíza Carolina Lebbos, extensão carcerária de Sérgio Moro, vai negar, até porque já negou até mesmo pedidos de visita da Câmara de Deputados.
Claro também que os três veículos sabem que isso acontecerá, mas – embora a intenção possa ser apenas a de “ficarem limpos” nesta história, depois que o PT pediu para que Lula fosse representado na tal sabatina – fizeram o que era seu dever.
Lula é tão pré-candidato à Presidência quanto qualquer outro.
No site do ex-presidente, sua equipe reproduz declaração de Gleisi Hoffmann, presidente do PT:
“O Lula está com seus direitos políticos intactos. Ele pode ser inscrito como candidato em agosto porque a Constituição só suspende os direitos políticos de uma pessoa se o julgamento em que foi condenada for reafirmado na última instância, que é o Supremo Tribunal Federal. E isso não aconteceu com ele. Só o TRF4 que julgou”.
Ela tem razão e isso só evidencia o absurdo que é a antecipação política do cumprimento da pena antes do trânsito em julgado de uma sentença para lá de torta: quando alguém pode votar e ser votado e não pode ir à esquina há uma evidente contradição jurídica.
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