Durante depoimento do auditor do TCU Alexandre Marques à CPI da Covid, o senador
Randolfe Rodrigues exibiu trecho de live de Bolsonaro nas redes sociais do dia 1 de julho.
“Errei quando falei do TCU. A tabela foi feita por mim”, disse Bolsonaro
Da RBA - O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), vice-presidente da CPI da Covid, exibiu
vídeo do dia 1 de julho deste ano em que Jair Bolsonaro admite ter feito a tabela que foi
apresentada por ele mesmo como um suposto relatório do Tribunal de Contas da União (TCU)
para reduzir o total de vítimas da pandemia.
“Errei quando falei do TCU. A tabela foi feita por mim”, disse o presidente em uma das suas
lives semanais. O material foi exibido durante o depoimento do auditor do TCU Alexandre
Marques nesta terça-feira (17). Ele negou que tivesse apresentado estudo que concluía a
superestimação dos dados de
mortes pelo vírus. E disse que o documento foi “editado”, após ter sido enviado por seu pai a
Bolsonaro.
De acordo com Randolfe, o presidente incorreu em crime contra a fé pública, por adulterar
documento público. O Código Penal prevê pena de 2 a 6 anos de prisão, mais multa, com
punição agravada quando
cometida por agente público. Além disso, Bolsonaro também poderia ser enquadrado no crime
de “vilipêndio a
cadáver”, por tentar negar a existência dos mortos.e da CPI chegou a sugerir que o auditor
utilize as falas de Bolsonaro
no processo interno do TCU que investiga o vazamento do documento. “De fato não houve
edição feita pelo senhor.
O próprio Presidente da República, nessa live e, depois, em declarações públicas, admite
publicamente
que foi feito por ele, que ele que fez a edição do número de mortos”, destacou o senador.
Obsessão macabra
Para Randolfe, a adulteração demonstra uma “obsessão macabra” de Bolsonaro para tentar
esconder o número de mortos pela pandemia. “O presidente, em vez dessa obsessão
macabra de ficar tentando
diminuir o número de mortos, deveria ter empatia e compaixão pelos brasileiros, amor pelos
brasileiros, ter
reconhecido desde o começo a gravidade da pandemia, ter se solidarizado. Não, ele ficou
dizendo que ele não era coveiro.”
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