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segunda-feira, 13 de março de 2023

Casal na disputa: João, no Recife, Tabata, em São Paulo

 

Por Magno Martins – exclusivo para a Folha de Pernambuco

Quando o prefeito do Recife, João Campos (PSB), preferiu cerrar fileiras em apoio ao ex-governador de São Paulo, Márcio França, na discussão e montagem do Ministério de Lula, em detrimento do ex-governador Paulo Câmara, que acabou se desfiliando da legenda socialista, seu olho estava em São Paulo. Sua noiva, a deputada Tabata Amaral, que deixou o PSB e ingressou no PSB, é candidatíssima à prefeita da capital paulista.

Tabata já está em plena campanha e quer o apoio do vice-presidente da República, Geraldo Alckmin, recentemente filiado ao PSB. Aliados dele afirmam que nada o impede de auxiliá-la, ainda que este cenário o coloque em oposição a Lula, comprometido com Guilherme Boulos (Psol-SP). Dependendo da equação que venha a ser montada por João, em seu projeto de reeleição, quem sabe Lula não estará no palanque de Tabata em São Paulo, ao invés de se aliar a Boulos.

É por essas e outras que está nascendo a federação PSB e PDT, ainda com possibilidade de incluir o Solidariedade, que está se complicando nas negociações em razão de fatores estritamente regionais ou paroquiais. É o caso, por exemplo, de Pernambuco, onde o partido elegeu quatro deputados estaduais que não têm interesse na federação e já disseram que deixam a legenda.

A federação que está sendo costurada por PSB e PDT não deve afetar os planos da deputada federal Tabata Amaral (PSB-SP) de se candidatar à Prefeitura de São Paulo em 2024. Embora ela tenha saído do PDT em 2019 trocando farpas com dirigentes do partido, o presidente do diretório paulistano, Antonio Neto, afirma que o desentendimento da cúpula com a parlamentar não seria um motivo de oposição à candidatura dela.

“Nós temos divergências, mas ela é uma grande deputada. Não fazemos política olhando pelo retrovisor”, disse Neto, em entrevista, ontem, ao Estadão. Ele admite que a parlamentar é o nome mais forte para o cargo dentre os quadros das duas legendas. No PSB, porém, o clima ainda é de desconfiança sobre a real vontade do PDT em apoiá-la. Tabata já assumiu a presidência do diretório municipal do PSB, em São Paulo.

Tão logo foi reeleita deputada federal, Tabata se engajou na campanha de Haddad e de Lula, no segundo para o Governo de São Paulo e a Presidência da República, respectivamente. De acordo com aliados da deputada, não houve mal-estar com Haddad pela sinalização a Boulos depois de todo o trabalho da pessebista na campanha petista, já que o apoio do PT ao PSOL já era público desde antes do pleito.

Enquanto aliados de Boulos falam em tentar atrair o PSB, o entorno de Tabata elenca razões para que ela seja candidata em 2024. Para eles, não há problema que os progressistas se dividam em duas candidaturas na eleição de dois turnos –repetir a união seria desejável, mas não é regra geral. A disputa na esquerda em São Paulo se dará entre dois campeões de votos.

Boulos foi o deputado federal eleito mais bem votado em São Paulo, com pouco mais de 1 milhão de eleitores. Tabata ocupa o sexto lugar, com 338 mil. Em 2018, ela também foi a sexta mais votada do estado, com 264 mil votos. Integrantes da cúpula do PSB dizem que a decisão de concorrer cabe a Tabata, mas a veem preparada e credenciada pelo aumento de sua votação.

Além disso, acreditam que sua rejeição é menor do que a de Boulos. A leitura no PSB é a de que Tabata teria uma candidatura mais ampla, de centro-esquerda, podendo atrair siglas como PDT e PSDB-Cidadania e Podemos.

Postado por Madalena França

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