"O pobre ajudou a salvar o Brasil. Eu sempre digo que, antes de eu chegar à presidência, os pobres eram tratados como se fossem problema. E hoje eu digo que é a solução", disse Lula. A defesa de Lula dos investimentos em políticas sociais foram feitas em um momento em que a presidenta Dilma Rousseff fala em "remédio amargo" para conter a crise. Para o ex-presidente, os gastos com programas sociais são mais relevantes para a economia de um país do que investimentos em obras, como pontes ou estradas. Isso porque, segundo Lula, têm a capacidade de produzir um dinamismo econômico que incentiva as indústrias a produzirem mais e a contratar mais gente.
"Eu, portanto, acho, que nós estamos em um momento muito importante de voltar a acreditar nos pobres outra vez", afirmou Lula. Segundo ele, porém, essas políticas enfrentam resistência de parte da sociedade e dentro do próprio governo.
"Vai ter gente que vai ser contra, que vai dizer que isso é criar uma sociedade de preguiçosos, de pessoas que não querem trabalhar", disse Lula. "É muito difícil encontrar alguém dos setores da Fazenda e do Tesouro disposto a dar essa contribuição para ajudar aos que vêm de baixo". É uma questão de opção, de definição política e social", defendeu Lula.
"Ninguém vai cuidar do pobre a não ser o Estado. Nós temos empresários muito bons, muito humanistas, de todas as qualidades. Mas eu não conheço nenhum empresário que irá fazer um investimento que não lhe garanta retorno", disse Lula.
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