Humberto Costa poderia realizar um ato “pró aliança” para se contrapor a Marília Arraes
O senador Humberto Costa achou “normal” as vaias de que foi alvo, domingo passado, no Clube Internacional do Recife, ao ter seu nome citado por um membro da direção nacional do PT num ato político em que se defendia a candidatura da vereadora Marília Arraes ao governo estadual e a liberdade para o ex-presidente Lula, ora encarcerado em Curitiba. Evidente que não foi “normal” a mais importante liderança regional do PT ser vaiada por seus próprios correligionários, num ambiente predominantemente petista, por estar insistindo numa tese que é reprovada pela maioria esmagadora do partido: aliança com o PSB para apoiar a reeleição do governador Paulo Câmara. Essa reprovação se dá, e o senador disto tem conhecimento, por razões eminentemente políticas. A maioria do PT se nega a fazer aliança com o PSB, que os próprios petistas chamam de “golpista”, por ele ter apoiado o impeachment da presidente Dilma Rousseff. Se o senador tem dúvidas sobre o que deseja o seu partido, poderia promover um ato “pró aliança”, no mesmo local, pois só assim saberíamos todos em que direção o PT deseja caminhar. Pelos atos realizados até agora, está clara a supremacia da corrente “pró chapa própria”, sem que isto signifique que a candidatura de Marília já está consolidada, porque as alianças nos estados serão definidas pela direção nacional. Significa que a base social petista não apoiará a reeleição do governador Paulo Câmara “nem com reza braba”, parodiando o que disse a senadora Gleisi Hoffmmann sobre o ex-ministro Ciro Gomes. Coluna Fogo Cruzado – 22 de maio
Por Madalena França via Manoel Mariano.
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