Pesquisar neste blogue comdeuseaverdadedeorobo

sábado, 28 de setembro de 2019

Que Ministério Público é esse?


Blog de Roberto Almeida
Deltan Dallagnol foi tão desmascarado, foram reveladas tantas atitudes antiéticas e desonestas dele, que parte da imprensa nacional criou outro nome para o procurador e chefe da força tarefa da “Lava Jato”.
Ele agora é mais conhecido entre jornalistas e mesmo alguns colegas do MP e do Poder Judiciário como “Deltan Dinheirol”. Digno de participar do programa Silvio Santos.  E o procurador Carlos Fernando, os outros, os que debocharam da morte de Marisa Letícia e do pequeno Artur?
Se faltava mais alguma coisa nesse pesadelo que vive o Brasil, envolvendo o Executivo, o Legislativo, o Judiciário e o Ministério Público, além da Globo venal, apareceu esta semana,  com as revelações estarrecedoras de Rodrigo Janot, que foi procurador geral da República e “comandante chefe” dos demais procuradores federais e da Lava Jato.
Um homem que exerceu função tão importante na República, simplesmente confessou ter se armando para matar um ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), no caso o polêmico Gilmar Mendes.
Estamos no século XXI ou voltamos no tempo, quando tínhamos cangaceiros e pistolagem por todo lugar e até Garanhuns sofreu com uma chacina horrível que ficou conhecida como a Hecatombe de 1917?
O que anda acontecendo dá para fazer Tropa de Elite 3, 4, 5, 10. No Rio o próprio estado usa helicóptero com homens armados de metralhadora e disparando de cima a esmo, não importa que lá embaixo morram inocentes.
Hoje está circulando um vídeo nas redes sociais com um policial fardado, armado, apontando o fuzil para pessoas comuns, chutando um pobre coitado numa bicicleta, encostando cidadãos contra a parede, ameaçando "deus e o mundo" sem nenhum motivo justificável.
O crime dos moradores do bairro em que acontece a atitude louca e destemperada aparentemente é morar em lugar de pobre, com maioria de pele escura.
Ora, se um procurador geral da República se armou para matar um juiz do Supremo, um capitão da reserva do exército disse para todo mundo ouvir que no Brasil tem de se matar uns 30 mil e se elegeu presidente, então aqui tudo é possível.
Em Garanhuns existem promotores corretos, decentes, como o Dr. Domingos Sávio, Dr. Alexandre Bezerra, atualmente no Recife, num cargo da cúpula do Ministério Público, Dra. Marinalva, Dra. Maura.
Na região do Agreste, por todo o Brasil existem promotores e juízes honestos, que fazem seu trabalho para garantir os direitos e construir um país melhor.
Fico a me perguntar: o que os juízes corretos de cidades menores, o que os promotores locais ou de municípios próximos pensam de tudo isso: das traquinagens de Dallagnol, da parcialidade escandalosa de Moro - que virou político - do gesto tresloucado de Janot?
Vereadores, deputados, prefeitos, governadores, senadores, presidentes, têm de prestar contas ao povo por seus atos e se não correspondem às expectativas são mandados de volta para casa.
Juízes e promotores não são eleitos. Por isso podem fazer o que lhes dá na telha? Dallagnol, Moro e Janot serão simplesmente perdoados, desculpados, como se suas traquinagens tivessem sido brincadeiras de adolescentes?
O Brasil está com muita coisa para consertar. E precisa começar a reconstrução pelos “podres poderes”, para usar aqui a expressão de Caetano Veloso.
Ou se faz alguma coisa ou seremos rebaixados, rebaixados, rebaixados. Até ficarmos menores (politicamente) do que a Bolívia, a Venezuela, o Uruguai, a Argentina e o Paraguai.
E o melhor representante desse Brasil sem rumo será o Neymar, que podia ser o maior craque de futebol do mundo, mas prefere continuar, aos 27 anos, com atitudes de moleque.
Que Ministério Público é esse? Que Brasil é esse que estamos vivendo e vamos deixar de herança para nossos filhos e netos?
*Fotos reproduzidas da Revista Exame.
Madalena França via Magno Martins

Sem comentários:

Orobó: Um encontro para celebrar a dignidade política e a vitória de ser cidadão pleno...

  No último domingo, 17 de Outubro, houve um encntro de amigos, que celebraram juntos o direito de ser livre, de ter dignidade cidadã, de di...