Da Folha de S. Paulo
Em depoimento hoje à CPI da Covid, o diretor do laboratório Vitamedic, Jailton Barbosa, afirmou que a empresa destinou R$ 717 mil para anúncios na mídia que defendem o tratamento precoce contra a Covid-19.
Por outro lado, Barbosa também reconheceu que a empresa não realizou estudos para verificar a eficácia da ivermectina para tratar a doença. O medicamento é considerado carro-chefe do laboratório, que multiplicou a venda durante a pandemia do novo coronavírus.
Segundo Barbosa informou em seu depoimento, a empresa faturou R$ 15,7 milhões em 2019, quantia que passou para R$ 470 milhões no ano passado.
Mesmo sem eficácia comprovada para o tratamento da Covid-19, a Ivermectina integrou o chamado "kit Covid" e muitos negacionistas passaram a indicar o vermífugo para tratar a doença. Um dos principais defensores da ivermectina foi o presidente Jair Bolsonaro.
No entanto, Barbosa afirmou não ser possível medir o impacto das falas de Bolsonaro na venda de comprimidos de ivermectina.
A Vitamedic entrou no radar da CPI por causa de seus ganhos durante a pandemia. O colegiado já quebrou os sigilos do proprietário da empresa, José Alves. O empresário era quem compareceria para o depoimento na comissão. No entanto, a defesa da empresa pediu a substituição por Barbosa, alegando que ele é o diretor-geral.
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