Enquanto passa o tempo, Orobó regride a incompetência daqueles que entendem o sistema político, não como uma fonte inesgotável de possibilidades de buscar na união das pessoas do bem, uma saída para transformar o mundo, engrandecendo a Democracia , exaltando a verdade, e consagrando a Justiça como o caminho que Jesus nos ensinou. A lastimável insignificância de curvarem-se todos, aos pés de um homem só, em condições análogas a escravidão dos séculos XVI e XVII, e o Coronelismo do inicio de XX me produz uma sensação de tristeza, até de impotência, mas jamais de fraqueza ou de desistência de fé na humanidade. A ousadia de um homem só está vencendo a sociedade Oroboense, que se curva não por respeito, admiração ou amor. Muito pelo contrário ; 80% dos que se curvam é por medo. Acabam se ajoelhando aos pés de Chaparral, não por amor, mas pela irresistível dor que Ele mesmo os causou.
Pensei muito antes de opinar sobre o fato já confirmado, de que meu grande amigo Lúcio Ramos se deixou desfalecer. Cai mais um guerreiro! Que tristeza!
Ontem ao chegar em Orobó, quase não consegui andar de tantos relatos de amigos outros. Alguns querendo dividir a tristeza, outros se alegrando por ver mais um dos nossos fraquejar, outros apenas curiosos no que eu iria dizer aqui, ou se eu iria desqualificar um grande amigo. Quando se fala mal de um amigo publicamente, diz-se muito mais de si mesmo, do que de quem se reporta. A um amigo se exalta em público e se repreende em silêncio. Ou seja ,amigos não se atiram pedras. E não serei Eu a jogar a primeira pedra em Lúcio Ramos. Apenas lastimo, tanta gente boa não reunir forças para extirpar o mal da submissão porque todos sabiam do aperto financeiro pelo qual Lucio passava. Espero sinceramente que meu amigo Lúcio, se perdoe pela fraqueza de não resistir mais uma vez, depois de ter passado 10 anos de extrema resistência. É triste. Realmente triste! Para mim indescritível. Mas só Ele sabia até onde suas forças suportariam. Nadou, nadou, nadou e morreu exatamente na praia, sufocado na mesma onda a qual o afogou . Resta dizer: vá na paz navegar nessas perigosas ondas que te afogou por tanto tempo e seja feliz se puder. Teimo em dizer, que mordida de tubarão mata!
A mim, compete apenas reafirmar: Eu amo ser EU, porque se denudar as calças de 80% dos políticos de Orobó e tentarem vestir Madalena, não costuram uma única saia digna para o seu figurino, quando se trata de firmeza política.
Por Madalena França
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