terça-feira, 8 de março de 2016
O Instituto Lula foi aberto para jornalistas na segunda-feira (7) para mostrar os estragos realizados por agentes da Polícia Federal na última sexta-feira 4.
"Não tinha absolutamente nenhuma necessidade de fazer uma operação com 200 homens, usar toda essa violência, truculência, essa demonstração de força", comentou Celso Marcondes, diretor do Instituto Lula. Segundo ele, a equipe do instituto ficou "absolutamente indignada" com o caráter da ação na sede da entidade, que fica localizada no bairro do Ipiranga, zona sul de São Paulo.
Dentro da casa da Rua Pouso Alegre, o diretor mostrou documentos revirados, caixas rasgadas e até uma porta arrombada. "Aquela porta arrombada foi um absurdo, é a sala do administrativo e do financeiro e a única sala daqui que fica trancada, mas a chave fica com uma das moças, então ninguém pediu a chave, arrombaram, foi completamente desnecessário aquilo", afirmou.
Para Marcondes, o juiz Sérgio Moro, responsável pelos processos da Lava Jato em primeira instância, fez um "mal" ao País ao autorizar a condução coercitiva conta Lula. "O Moro fez um mal para o País, porque acho que os ânimos hoje estão muito mais acirrados. Se havia um clima de divisão, de acirramento, de ódio, acho que depois de sexta-feira jogaram gasolina na fogueira", analisou.