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terça-feira, 22 de março de 2016

'É o meu melhor momento', diz o corintiano Fagner

22/03/2016 09:00

'É o meu melhor momento', diz o corintiano Fagner

Lateral-direito comemora evolução pessoal e fala sobre expectativa de seleção brasileira no futuro
Por: Plínio Rocha
Siga no Twitter: @pliniorocha77
Fagner em ação na partida contra o Cerro Porteño, pela Libertadores, na Arena Corinthians (foto: Daniel Augusto Jr./Ag. Corinthians/16-3-2016)

Foi depois da partida contra o Cerro Porteño, pela Libertadores, que Tite desandou a elogiar Fagner. O técnico só parou quando disse não entender por que o lateral-direito ainda não teve uma chance na seleção brasileira de Dunga.
 
Não é à toa. O camisa 2, de fato, vive grande fase no Timão. Assim como já havia acontecido em 2015, é o principal ladrão de bolas do time. O que chama a atenção, já que a equipe do ano passado tinha, por exemplo, Ralf, volante sempre conhecido por liderar essa estatística com a camisa alvinegra.
 
Nesta entrevista ao DIÁRIO, Fagner explica por que isso está acontecendo. Reconhecidamente um ala ofensivo, garante estar mais consciente de que a posição precisa, essencialmente, de um equilíbrio.
 
“Hoje, vejo o jogo de maneira diferente”, analisa o jogador, que também fala sobre o novo Corinthians e, claro, seleção.
 
DIÁRIO_ O Tite disse que você atravessa o melhor momento no Corinthians. Concorda?
FAGNER_ Com certeza. É o meu melhor momento. Não só no Corinthians, mas na carreira como um todo. Eu me sinto mais completo, compreendendo mais o jogo, e isso influencia muito. Também me sinto bem fisicamente, me cuidei durante as férias e consegui fazer uma ótima pré-temporada.
 
O que mudou do Fagner da primeira passagem no Corinthians para este?
A vivência, a experiência e o entendimento do jogo. Você vai ficando mais velho e passa por situações que fazem com que evolua. Hoje, consigo ver o jogo de uma maneira diferente.
 
Desde o começo, inclusive no Vasco, você era elogiado pela qualidade no apoio ao ataque. Hoje, essa característica continua visível, mas, claramente, a responsabilidade na hora de marcar aumentou muito. Por que você melhorou tanto defensivamente?
Foi algo que aconteceu desde quando fui para a Europa (em 2007, para o PSV, da Holanda). Já voltei diferente, para o Vasco, e, no Corinthians, melhorei ainda mais. Desde a comissão técnica do Mano Menezes, em 2014, até agora, com o Tite, tive muitos conselhos de todos e acho que aprendi muito para saber dosar em campo. É algo que também depende de cada jogo e de cada orientação que o Tite passa nas partidas.
 
Isso, claro, explica o fato de você ser o principal ladrão de bolas do time. É uma coisa com a qual você se preocupa?
É sempre bom ter esses números em destaque. Eu procuro trabalhar no dia a dia para que o reflexo seja positivo dentro de campo. No ano passado, já foi assim, conseguindo estar entre os primeiros em desarmes, e fico feliz em saber que estou conseguindo manter isso. Mas também tenho de dividir os méritos com todos, pois é fruto do trabalho de toda a equipe,  nunca individualmente.
 
O ano começou e, depois do desmanche, muita gente tirou o Corinthians da briga por títulos na temporada. Hoje, três meses depois, as coisas mudaram. Como é o sentimento do grupo em relação a isso? Vocês vislumbram títulos em 2016?
Ainda é muito cedo para falar, temos muito a crescer. São competições difíceis e vamos crescer com o tempo, cada vez nos conhecendo mais. Mas já dá para ver alguma evolução e que a tendência é melhorar.
 
Muito se fala no padrão tático quase impecável do Corinthians, mas o que explica um Yago e um Balbuena, por exemplo, terem acabado de entrar no time e parecer que já são titulares há muito tempo?
O grupo é muito bom, sem vaidades, e todos são recebidos da melhor maneira possível. Quem chega fica à vontade para mostrar futebol e já sabe como o clube funciona. Todos chegaram com vontade e trabalhando muito. Daí, a consequência é a rápida adaptação. 
 
Na sua opinião, o que faz da arena uma arma tão poderosa a favor do Corinthians? Além da postura do time e da adaptação ao gramado, tem alguma outra coisa que explica o fato de a equipe raramente perder pontos quando joga lá?
A arena é a nossa casa e, desde sempre, entramos nela com esse pensamento. Se é a nossa casa, temos de estar à vontade nela e impor o nosso ritmo. Claro que, às vezes, pode acontecer de não fazermos um bom jogo, mas, no geral, o pensamento tem de ser de vitória. Temos conseguido tê-la como aliada. A torcida tem ajudado e empurrado muito e esperamos que seja assim o ano todo.
 
Seu nome tem sido frequentemente citado para a seleção. É a principal meta pessoal?
Não vejo como objetivo, mas como consequência do trabalho. Um trabalho não só meu, mas de todo um suporte que sempre recebi no Corinthians, da minha família e das pessoas próximas. Tenho conseguido manter uma regularidade boa, com o Corinthians sempre brigando por títulos, e acaba sendo natural que seja mais observado. Agora, é preciso manter o mesmo desempenho sempre.
 
Você enxerga essa possibilidade num futuro próximo?
Não tem como saber e não posso ficar pensando nisso. Tenho de fazer o meu trabalho no Corinthians e esperar. Meu trabalho sendo bem feito, a seleção passa a ser possibilidade real.
 
Você já disse que deseja voltar à Europa. Quando isso pode acontecer? Senão, pensa em se aposentar no Corinthians, por mais que falte tempo até isso?
Não descarto a hipótese de me aposentar no Corinthians, até por ser o clube no qual fui formado e com o qual tenho grande identificação. Mas tenho o desejo de voltar à Europa, sim. Saí de lá não por desejo meu, mas por outra situação, então, acho que um dia posso voltar. Mas, hoje, a cabeça está no Timão. Tenho três anos de contrato e muito para conquistar.
 
 
 
A capa do DIÁRIO desta terça-feira, com o lateral-direito Fagner em destaque

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