Então, na surdina, fica-se sabendo que o Superior Tribunal de Justiça colheu em sigilo o depoimento de Geraldo Alckmin no “caso da Lava Jato que não é da Lava Jato” em que está envolvido o ex-governador de São Paulo.
Em reportagem de Thais Bilenky e Reynaldo Turollo Jr., na Folha, aprende-se que o “Santo” da lista da Odebrecht opera “milagres”.
A velocidade com que, de repente, o caso andou chamou a atenção de pessoas envolvidas na investigação. Apesar da relativa lentidão com que tramitou nos tribunais superiores, bastou Alckmin deixar o governo para que três decisões importantes fossem tomadas.
Ao renunciar, na sexta-feira (6), o tucano perdeu o foro especial. Dois dias depois, o braço paulista da Lava Jato pediu acesso às investigações. O vice-procurador-geral, Luciano Mariz Maia, disse que a decisão caberia à Justiça. E o STJ, na quarta (11), decidiu encaminhar o inquérito à Justiça Eleitoral.
Nem condução coercitiva, como com Lula, nem mesmo a divulgação do questionário, como com Michel Temer.
Tratamento “vip”, discretíssimo, talvez em homenagem ao ditame de que os processos judiciais são públicos, dependendo de quem se trate, é claro.
Apesar das proezas do Partido do Moro, digo, do Poder Judiciário, para preservá-lo, Alckmin não se salvará do “fogo brando” em que se está colocado, abrindo mais espaço para Jair Bolsonaro ao mesmo tempo em que se mantém “ocupada” a vaga de “centro-direita” com um candidato cheio de dinheiro e tempo de televisão, mas vazio de votos.
Chuchu, sabe quem é dar artes da panela, é cozido, não é frito.
Sem comentários:
Enviar um comentário