Com a demissão do ministro da Defesa, general Fernando Azevedo e Silva, os três comandantes das Forças Armadas sinalizaram que vão colocar o cargo à disposição do novo titular da pasta, o general Braga Netto.
Em qualquer situação de mudança no comando da Defesa, essa já seria uma atitude esperada. Mas, diante da saída surpreendente do general Azevedo e Silva, esse gesto foi visto como uma necessidade por integrantes das três Forças.
Edson Pujol (Exército), Ilques Barbosa (Marinha) e Antônio Carlos Moretti Bermudez (Aeronáutica) debateram essa posição ontem. E devem apresentar a decisão em reunião com Braga Netto ainda hoje.
“O comportamento ético esperado nessas situações é o de se colocar os cargos à disposição”, disse ao blog do Camarotti um general da ativa. Não está descartada a possibilidade de Braga Netto fazer um gesto pelo menos para manter os comandantes da Aeronáutica e da Marinha.
A situação considerada insustentável é do comandante Pujol, que neste período de um ano da pandemia passou a contrariar o presidente Jair Bolsonaro ao frear a tentativa de politização dos quartéis.
Segundo fontes da Defesa, Bolsonaro sinalizou claramente para a mudança no comando do Exército. Mas o ministro Fernando Azevedo e Silva manteve Pujol.
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