A prisão do indígena José Acácio Serere Xavante, cacique da etnia xavante, de 42 anos, decretada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, levou a uma onda de depredações, na noite de ontem, em Brasília. O cacique bolsonarista é pastor, filiado ao Patriotas e foi candidato a prefeito de Campinápolis (MT) em 2020, mas não foi eleito. Ele se apresenta como missionário da Associação Indígena Bruno Ômore Dumhiwê. As informações são do portal Poder360.
Serere teria praticado condutas ilícitas em atos contra a vitória de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em Brasília. O pedido de prisão temporária atende a uma determinação da Procuradoria Geral da República. O processo está sob sigilo na Suprema Corte. O indígena é uma das lideranças que participam das manifestações que são contra a vitória de Lula nas eleições. Na última sexta-feira, disse que o petista não tomará posse.
A fala antecedeu o discurso em que o presidente Jair Bolsonaro (PL) fez a apoiadores, na sexta-feira, no Palácio da Alvorada, o primeiro depois de ser derrotado pelo petista na eleição.
“PT é quadrilha. Eles não podem tomar o nosso país. (…) Lula ladrão. Lula não vai subir a rampa, não vai tomar posse”, disse. O indígena teria ainda convocado pessoas armadas a impedir a diplomação de candidatos eleitos. Também teria ameaçado os ministros Luís Roberto Barroso e Alexandre de Moraes de agressão e perseguição.
“O poder emana do povo, não de um ministro corrompido […] Tirou Lula da cadeia para roubar nossos votos. Houve crime eleitoral. Houve violação das urnas, censura, perseguição do nosso povo trabalhador. Perseguição dos caminhoneiros e perseguição aos empresários, prisão a deputado e perseguição ilegalmente de agricultor”, falou. “Nosso querido irmão Bolsonaro, nós confiamos no senhor. Nós acreditamos no senhor. O senhor é a nossa esperança”, concluiu Serere, ovacionado pelos presentes.
Postado por Madalena França com Informação de Magno Martins
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