A briga pelo poder
Em meio a tantas declarações que fez, ontem, no anúncio da penúltima leva de ministros – 16 ao todo – o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse que montar uma equipe dá mais trabalho do que uma campanha eleitoral. São interesses conflitantes em jogo por parte de partidos políticos, atritos regionais e até pessoais entre aliados.
Nunca vi tamanha sinceridade. A escolha de ministros, secretários estaduais ou municipais nunca chega a um final feliz. José Nivaldo Júnior trouxe bastidores, ontem, em postagem no jornal O Poder, da briga travada pelo senador eleito Wellington Dias (PT-PI) com a senadora Simone Tebet (MDB-MS) pelo Ministério do Desenvolvimento Social, pasta do Bolsa-Família.
No PSB, Paulo Câmara perdeu o duelo para o ex-governador de São Paulo, Márcio França, que não conseguiu emplacar o Ministério das Cidades, como queria, mas uma nova pasta para administrar portos e aeroportos. O terceiro gabinete na Esplanada dos Ministérios caiu no colo do vice-presidente eleito Geraldo Alckmin, o de Indústria e Comércio, que por pouco não foi entregue de volta ao ex-senador Armando Monteiro Neto.
Os socialistas acabaram sendo contemplados com três ministérios, ao invés de dois, porque Flávio Dino, senador eleito pelo Maranhão, já havia sido anunciado para a Justiça e Segurança Pública. Conflitos maiores, entretanto, Lula vai enfrentar até a próxima terça-feira, quando anuncia os 13 ministros restantes. Passa o fim de semana administrando a fominha de poder entre os partidos do Centrão, que querem pastas com orçamentos robustos.( Do Blog do Magno Martins)
Postado por Madalena França
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