Brasileiro 'precursor do selfie' mostra autorretratos que faz desde 1966
Há décadas Ari Flach estica os braços para clicar a si mesmo e a família.
Casal do interior do Paraná enviou pelo VC no G1 a série de autorretratos.
Muito antes de o uso de câmeras digitais e smartphones culminar na criação do termo "selfie", estilo de autorretrato que se tornou um dos mais populares na atualidade, um brasileiro já se arriscava a gastar poses de filmes analógicos para esticar o braço e fotografar a si mesmo e a sua família em Marmeleiro, interior do Paraná.
É o que mostram diversas fotos enviadas por Ari Edmundo Flach, de 64 anos, e sua mulher, Anaide, de 54 (VEJA A GALERIA). O primeiro dessa série de autorretratos é de 1966, de quando os dois sequer se conheciam. Na sequência é possível ver a família que se forma e cresce.
O tema desta reportagem foi sugerido pela leitora Anaide Maria Baggio Flach pela ferramenta de jornalismo colaborativo VC no G1. Você também pode participar enviando sua colaboração. Saiba como.
"Esses retratos nem sempre davam certo, mas ele perdia muito poucas. Não dava para tirar muitas, aquilo ali tinha um custo!". lembra Anaide.
Além do custo, o tempo também era um obstáculo até saber se a foto tinha dado certo. Ari conta que levou dois meses para ver seu primeiro selfie, já que não havia laboratório fotográfico na cidade e ele precisou enviar o rolo até Curitiba e esperar o retorno.
O casal teve dois filhos, Rafael e Rafaela, que aparecem nas fotos nos colos dos pais. "Infelizmente a gente não tem nenhuma foto em que nós quatro aparecemos, porque não cabia no selfie", conta Ari.
Mesmo em algumas tentativas de selfie com apenas um dos filhos, o ângulo ou o foco acabou desfavorecendo o quadro, deixando alguém de fora ou prejudicando a visibilidade. Mesmo assim, elas entraram para o álbum da família e acabaram permitindo a coletânea de selfies ao longo dos mais de 38 anos de casados.
"Ele sempre gostou muito de fotografia, mas não conseguiu se profissionalizar. Hoje tira fotos com câmera digital e celular. Apesar de nunca tenha realizado o sonho de ter uma câmera profissional, ele sempre aparece com alguma foto inusitada, com uma visão diferente das coisas. Já são tantas fotos que o nosso notebook não comporta mais nenhuma, por não ter mais espaço disponível", conta Anaide sobre o hobby o marido.
Apesar de os selfies terem acompanhado boa parte da história da família, eles praticamente cessaram a partir da década de 1990, quando o filho Rafael morreu aos 15 anos. No entanto, a pedido do G1, Ari e Anaide fizeram o autorretrato abaixo para complementar a história fotográfica.
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