06/11/2014 06:49
Mesmo com a inflação, gasto será maior no Natal
Pesquisa ouviu consumidores das 27 capitais do país para traçar o perfil das compras de fim de ano
Por: Larissa Quintino
larissaq@diariosp.com.br
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As vitrines da cidade já estão cheias de luzes, enfeites e Papais Noéis. O entusiasmo do comércio reflete a vontade dos brasileiros de presentear os entes queridos nesta época do ano. De acordo com uma pesquisa do SPC (Serviço de Proteção ao Crédito) e CNDL (Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas), 87% da população deve ir às lojas para presentear alguém neste Natal. O gasto médio do presente é de R$ 122 e cada pessoa compra, em média, quatro lembranças.
No entanto, o consumidor está um pouco receoso. A maioria dos entrevistados diz que o preço está maior por culpa da inflação, mas, mesmo assim, irá às compras pelo costume de presentear familiares.
Esse é o caso da comerciante Silvana Costa, 39 anos, que costuma comprar presentes para a família toda. “Está tudo mais caro, mas vou apertar um pouco para não esquecer de ninguém”, afirma.
De acordo com a economista chefe do SPC, Marcela Kawauti, a percepção da inflação mais alta pelo consumidor não impede que ele vá às compras, o que pode favorecer o endividamento futuro. “Há uma contradição nos consumidores. Apesar de querer gastar menos, o preço médio citado pelos consumidores cresceu. Com isso, muita gente irá recorrer ao cartão de crédito para pagar e cumprir uma tradição de fim de ano”, explicou.
A amostragem foi realizada em outubro nas 27 capitais, com maiores de 18 anos.
Para não cair em tentação, a empresária Rose Márcio, 48, afirma que só vai às compras com o dinheiro na mão. Ela está no grupo de 50% dos brasileiros que preferem o papel na hora das compras de Natal, para controlar melhor os gastos. “Assim, não perco o controle”, avalia.
PESQUISAR/ A costureira Eliane da Costa Barreto, 46 anos, foi com o filho e a nora até a região da 25 de Março, no Centro, para comprar enfeites de Natal. Mas, para os presentes, ela deve mudar de ares. “Vou começar a pesquisar, mas normalmente compro no shopping, pela facilidade.” Os centros comerciais são 62% da preferência dos consumidores.
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