Redação PragmatismoEditor(a)
Vaza áudio de voo que conduziu Lula à Curitiba. FAB confirma veracidade do material. Conteúdo revela ódio desmedido de pessoas que, supostamente, são treinadas para manter a serenidade. Em qualquer país sério, responsáveis já teriam sido identificados e punidos
O ódio político que castiga o Brasil e subtrai ao país qualquer possibilidade de pacificação no médio prazo ganhou mais um capítulo.
A doença do antipetismo manifestou-se de forma exuberante ao longo das 46 horas que precederam a apresentação de Lula à Polícia Federal, saindo a pé de um sindicato cercado por manifestantes que tentaram impedir sua prisão, contrariando sua própria decisão.
Fogos, distribuição de bebida gratuita em cabaré de luxo e finalmente os rojões atirados contra o avião no desembarque em Curitiba, por manifestantes que não foram incomodados, enquanto os apoiadores de Lula eram atacados por policiais.
O antipetismo não começou com o mensalão, o petrolão ou o tríplex do Guarujá. Surgiu antes de tudo isso, no primeiro governo Lula, e brotou numa classe média que se entende vítima, e não beneficiária, da redução da pobreza, e que reagiu fortemente às medidas de inclusão, como o Bolsa-Família.
Áudios vazados (ouça abaixo) do voo que conduziu Lula à Curitiba revelam como esse ódio atinge até pessoas que, supostamente, estariam treinadas para manter a serenidade e o profissionalismo em quaisquer circunstâncias.
Em uma atividade de Segurança Nacional, foi possível ouvir:
— Leva [Lula] e não e traz nunca mais.
— Manda este lixo janela abaixo aí.
— Manda este lixo janela abaixo aí.
Temendo que os áudios vazassem — o que, de fato, aconteceu –, uma voz da cabine do avião pede prudência:
— Vamos tratar só do necessário. Vamos respeitar o nosso trabalho aqui.
— Eu respeito mas manda este lixo janela abaixo… — responde outra voz de homem.
Uma voz feminina entra na conversa e diz:
— Pessoal, a frequência é gravada e pode ser usada contra a gente. Então, mantenham a fraseologia padrão, por gentileza.
Por meio de nota, a FAB (Força Aérea Brasileira) confirmou que a conversa ocorreu instantes antes da decolagem da aeronave, assegurando que a frase não foi dita por um controlador da torre. No entanto, a FAB não soube informar se foi dita por um piloto ou tripulante.
“Podemos assegurar que a observação ao final do áudio em questão não foi feita pelo controlador de tráfego aéreo. Ressalva-se que a frequência utilizada para essas comunicações aeronáuticas é aberta, por isso quem estiver conectado pode ouvir e falar. Porém, as regras de tráfego aéreo orientam que os usuários se identifiquem, o que evidentemente não ocorreu neste caso.”
A FAB não informou se irá investigar e identificar os responsáveis por impropriedades tão graves numa operação de alta responsabilidade. Em qualquer país sério do mundo, os responsáveis já estariam identificados e punidos.
OUÇA OS ÁUDIOS:
com Jornal do Brasil
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